A varejista Lojas Americanas registrou lucro líquido em 2020 de
R$ 394 milhões, queda de 22,1% em comparação com os R$ 505,5
milhões de 2019.
Os resultados da Lojas
Americanas (BOV:LAME3)
(BOV:LAME4) referentes suas operações do quarto trimestre
de 2020 foram divulgados no dia 04/03/2021. Confira o Press Release completo!
⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos
resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a
cobertura completa de
todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas
negociadas na B3.
No acumulado do ano, o GMV (venda bruta de mercadorias)
teve crescimento de 22,5%, para R$ 39,673 bilhões.
A receita líquida também cresceu 14,1% em 2020, registrando R$
21,291 bilhões..
Já o Ebtida ajustado – lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização – anual, foi de R$ 3,3 bilhões, queda de
3,9% em comparação com 2019.
4T20
A Lojas Americanas registrou lucro líquido de R$ 400,4 milhões
no quarto trimestre de 2020, valor muito próximo aos R$ 398 milhões
apurados no mesmo período de 2019.
O Ebitda consolidado – lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização – entre outubro e dezembro ficou em R$
1,106 bilhão, queda anual de 8,8%. Já no critério da Controladora,
o indicador somou R$ 841,7 milhões, recuo de 11%.
Já o Ebitda ajustado da Controladora ficou em R$ 993,5 milhões
no quarto trimestre do ano passado, recuo de 5,8% na relação anual.
No critério consolidado, o indicador ajustado somou R$ 1,235 bilhão
no período, recuo de 5,4%.
Nos três últimos meses de 2020, receita líquida da Controladora
chegou a R$ 4,112 bilhões, recuo de 4,8%. No Consolidado, as
receitas foram a R$ 7,433 bilhões, avanço de 15%.
A última linha do balanço só não veio melhor por causa das
despesas operacionais, que avançaram 27,5%, para R$ 1,71 bilhão. O
maior aumento no período, em termos percentuais, foi das despesas
gerais e administrativas, que cresceram 108%. As despesas com
vendas aumentaram 25,5%. Depreciação e amortização teve alta de
15,6%.
A venda bruta de mercadorias (GMV) foi de R$ 13,499 bilhões,
avanço de 18,4%.
Segundo a companhia, houve aumento dos gastos com vendas e
marketing na plataforma digital, relacionadas ao crescimento do
on-line, que foi parcialmente compensado pela economia na
plataforma física com renegociações de aluguéis e outras
otimizações de despesas.
O resultado financeiro líquido da Lojas Americanas, para a
Controladora, no trimestre foi negativo em R$ 139,2 milhões,
melhora de 47,4% em relação ao mesmo período de 2019. No
consolidado, o resultado foi negativo em R$ 245,6 milhões, melhora
de 38,3%.
A companhia fechou o ano com caixa líquido consolidado de R$
6,314 bilhões, e a controladora com caixa de R$ 609,2 milhões. Isso
por conta da oferta subsequente de ações (follow on) da Americanas
com aumento de capital da B2W.
VISÃO DO MERCADO
Bradesco BBI
O Bradesco BBI comentou os resultados divulgados pelas Lojas
Americanas e pela controlada B2W para o quarto trimestre,
destacando que as empresas ensaiam uma fusão. O valor bruto de
mercadorias vendidas cresceu 18,4%, abaixo da estimativa do banco
de alta de 26,2%. O Ebitda ajustado caiu 11,6%, devido a queda de
11% na receita de lojas físicas, fechadas devido a medidas de
lockdown, e a desaceleração do “marketplace” da B2W, com alta de
31% na comparação anual, abaixo da estimativa de 52% do
Bradesco.
A B2W adicionou apenas R$ 2,5 bilhões em valor bruto de vendas
on-line no quarto trimestre de 2020, levemente acima dos R$ 2,4
bilhões da Via Varejo, que o banco define como a plataforma menos
avançada atualmente. Assim, o banco diz esperar que investidores
foquem no fato de que o crescimento do valor de vendas brutas do
e-commerce alcançou 83% em janeiro e 90% em fevereiro.
O Bradesco diz que espera que tanto as ações de B2W quanto Lojas
Americanas tenham desempenho acima da média do mercado no curto
prazo. Mas mantém avaliação neutra e não altera o preço alvo das
empresas no curto prazo, por avaliar que a concorrência no setor de
e-commerce continue elevada.
O banco mantém preferência por atores menores como Enjoei, que
está menos exposto aos setores de eletroeletrônicos, e por operar
em uma categoria com menor concorrência.
Bradesco BBI mantém recomendação neutra, com preço-alvo de
R$ 22,79.
BTG Pactual
O BTG Pactual afirmou que a receita das Lojas Americanas ficou
um pouco abaixo do esperado no quarto trimestre, consequência dos
impactos da pandemia, principalmente no mês de dezembro, com 11% de
sua área de lojas fechada, o que desacelerou a recuperação gradual
de receita observada nos meses anteriores.
As vendas no segmento mesmas lojas sofreu uma queda de 5,2% na
comparação com o quarto trimestre de 2019, enquanto o BTG projetava
que esse número ficaria em -1,2%. A receita líquida somou R$ 4,7
bilhões, queda de 4% ano a ano, 5% abaixo da expectativa do
banco.
Segundo os analistas do BTG Pactual, embora a Lojas Americanas
tenha reportado resultados mais fracos no quarto trimestre, ainda
atingida por alguns efeitos da pandemia, a expectativa é que a
empresa registre uma recuperação gradual nos próximos meses.
“Com os recentes anúncios da parceria com a BR Distribuidora e o
início dos estudos para uma fusão com a B2W, criando uma plataforma
totalmente multicanal, juntamente com uma avaliação relativamente
atrativa de sua divisão de lojas físicas, de 22 vezes o preço pelo
lucro (P/L) em 2021 ante 31 vezes a mediana do setor de varejo, o
BTG projeta um melhor momento à frente, abrindo caminho para uma
reavaliação das ações da empresa”, diz.
BTG Pactual recomenda compra com preço-alvo de R$ 38,00
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conveniência, no varejo e no atacado, através de Lojas e
Depósitos
Lojas Americanas possui valor de mercado de
R$54 bilhões. Confira a Análise completa da empresa com informações
exclusivas.
Governança Corporativa
A Lojas Americanas S.A. é listada na Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA) desde 1940. A Companhia
possui uma base acionária composta por ações ordinárias (LAME3) e
ações preferenciais (LAME4).
O valor a ser distribuído a título de participação dos
empregados, é limitado a 6% do lucro líquido e os critérios da
distribuição são aprovados anualmente pelo Conselho de
Administração.
Desde 2006, Lojas Americanas mantém em seu Estatuto Social o
compromisso de conceder tag along integral (100%) às ações
ordinárias e preferenciais da Companhia. Isso garante que todos os
acionistas de Lojas Americanas terão tratamento igualitário no caso
de troca de controle da Companhia, sendo assegurado o direito de
vender suas ações nas mesmas condições negociadas pelos
controladores.
Composição Acionária
Acionistas/Ações |
Ordinárias
(unidades) |
% |
Preferenciais
(unidades) |
% |
Total de Ações
(unidades) |
% |
Controladores |
397.264.615 |
60,8% |
316.617.254 |
26,1% |
713.881.869 |
38,2% |
Invesco |
– |
– |
126.343.019 |
10,4% |
126.343.019 |
6,8% |
Tesouraria |
– |
– |
2.300.719 |
0,2% |
2.300.719 |
0,1% |
Free Float |
255.890.041 |
39,2% |
768.698.788 |
63,3% |
1.024.588.829 |
54,9% |
Total |
653.154.656 |
100,0% |
1.213.959.780 |
100,0% |
1.867.114.436 |
100,0% |
Desempenho da empresa na Lojas Americanas
No último ano, as ações da Lojas
Americanas oscilaram entre a mínima de R$
14,39 e a máxima de R$ 36,88. No último pregão antes da
divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em alta de
2,72%, negociada a R$ 24,56.
Confira o histórico da Lojas Americanas (LAME4)
Período |
Abertura |
Máxima |
Mínima |
Preço Médio |
Vol Médio |
Variação |
Variação % |
1 Semana |
26,92 |
28,04 |
22,64 |
24,72 |
15.379.440 |
-2,36 |
-8,77% |
1 Mês |
25,27 |
29,26 |
22,64 |
25,91 |
14.338.200 |
-0,71 |
-2,81% |
3 Meses |
24,53 |
29,26 |
22,64 |
25,22 |
11.583.392 |
0,03 |
0,122299% |
6 Meses |
30,95 |
31,49 |
22,64 |
25,81 |
9.873.961 |
-6,39 |
-20,65% |
1 Ano |
28,01 |
36,88 |
14,39 |
27,22 |
10.390.810 |
-3,45 |
-12,32% |
3 Anos |
17,47 |
36,88 |
14,06 |
23,31 |
6.861.143 |
7,09 |
40,58% |
5 Anos |
20,97 |
36,88 |
13,12 |
21,41 |
5.762.643 |
3,59 |
17,12% |
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters