Aneel limita distribuição de dividendos por empresas de distribuição de energia
17 Março 2021 - 1:11AM
ADVFN News
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu
limitar a distribuição de dividendos por
algumas empresas de distribuição de energia em 2021
devido ao descumprimento de limites estabelecidos para os
indicadores de qualidade do serviço.
A medida, que autoriza proventos apenas no mínimo permitido pela
legislação, já havia sido aplicada em 2020 para o braço de
distribuição de energia da Cemig (BOV:CMIG4), Cemig-D, a
também estatal CEEE e concessionárias da italiana Enel em Goiás e
Rio de Janeiro, além da Cocel, uma empresa de menor porte, que
seguirão com a restrição em 2021, disse a agência em nota.
Além disso, entrou na lista neste ano também a CEB, do Distrito
Federal, que era controlada pelo governo local e acabou adquirida
pela Neoenergia (BOV:NEOE3) em um leilão de privatização
realizado em dezembro passado.
São atingidas pela restrição elétricas cujos índices de duração
e frequência de interrupções no serviço superam os limites
definidos pela agência por dois anos seguidos ou por três ocasiões
ao longo de cinco anos, explicou a Aneel em nota.
Ranking
A Aneel divulgou ainda um ranking das distribuidoras de energia
do Brasil com base nos indicadores sobre a continuidade do
fornecimento.
Os números mostram que o resultado das elétricas em geral foi o
melhor já registrado nesses levantamentos, disse a agência, com
trajetória contínua de melhoria desde ao menos 2011.
A agência apontou que a empresa com melhor avaliação dentre as
de maior porte foi a CPFL Santa Cruz, da CPFL Energia, controlada
pela State Grid, seguida por Equatorial Pará, da Equatorial
Energia, e Cosern, do grupo Neoenergia.
Na última colocação ficou a CEEE-D, do Rio Grande do Sul,
antecedida por empresas da italiana Enel em Rio de Janeiro, Goiás e
Ceará.
Procurada, a CEEE recusou-se a comentar.
A Enel disse que o ranking da Aneel observa a frequência de
duração e frequência das interrupções frente ao limite regulatório,
que é definido para cada distribuidora de acordo com as
características da região atendida.
“Como estes limites variam para cada empresa, os resultados se
tornam mais desafiadores em algumas concessões, não refletindo no
ranking, na mesma proporção, os avanços nos números absolutos dos
índices de qualidade”, afirmou, em nota.
A Enel disse ainda que investiu cerca de 3,8 bilhões de reais
nas áreas de concessão de suas distribuidoras no país em 2020, um
aumento de 24% em relação a 2019, e “segue comprometida em melhorar
cada vez mais a qualidade do serviço prestado aos clientes”.
A Aneel apontou que os consumidores brasileiros ficaram em média
11,50 horas sem energia no ano, redução de cerca de 10% ante 2019,
enquanto a frequência das interrupções caiu para 6,03 por cliente
em 2020, contra cerca de 6,6 no ano anterior.
(Informações Reuters)
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