No ano de 2020, a C&A registrou prejuízo líquido pro forma
foi de R$ 131,0 milhões com margem líquida pro forma negativa de
3,2%.
Os resultados da C&A Modas (BOV:CEAB3)
referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram
divulgados no dia 18/03/2021. Confira o Press Release completo!
⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos
resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a
cobertura completa de
todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas
negociadas na B3.
Em 2020, a receita líquida totalizou R$ 509,1 milhões, um
aumento de 297% em relação ao ano anterior.
No ano de 2020, o EBITDA ajustado foi negativo em R$ 58,5
milhões com uma margem EBITDA ajustada pro forma negativa de
1,4%.
A C&A abriu 10 lojas no país em 2020, retomando o plano
de expansão, e fechando o ano com 295 unidades em operação.
A C&A consumiu um caixa livre de R$ 47,4 milhões em 2020, um
aumento em relação a 2019 de R$ 223,9 milhões, ainda fortemente
impactado pelo 2T20 com o fechamento de todas as lojas.
O saldo de caixa no fechamento do ano de 2020 foi de R$ 1,5
bilhão, com geração de R$409,5 milhões no operacional e consumo de
R$ 131,6 em investimentos e de R$ 90,4 em financiamento.
4T20
A varejista de moda C&A teve queda de 38% do lucro no quarto
trimestre, indo para R$ 109,3 milhões, enquanto a receita ficou
praticamente estável a R$ 1,74 bilhão.
A C&A apresentou lucro líquido pro forma de R$ 116,3 milhões
no quarto trimestre, redução de 41,9% em relação ao 4T19. A margem
líquida pro forma foi 6,7% reduzindo 4,8 p.p. inferior. O lucro
líquido pro forma excluindo o efeito não recorrente de créditos
fiscais referente ao ganho de causa em ação de PIS / COFINS nas
operações internas da Zona Franca de Manaus teria sido de R$ 28,6
milhões.
O Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização – foi de R$ 306,6 milhões, 24% menor que o apurado um
ano antes. Em termos ajustados, a variação foi de 31%, para R$ 257
milhões.
A companhia teve queda de 2,4% nas vendas na categoria de
vestuário, a R$ 1,39 bilhão, enquanto as dos “Fashiontronics”
(celulares, acessórios eletrônicos) tiveram alta de 13,3%, para R$
301,2 milhões. A receita com serviços financeiros avançou 3,1%,
para R$ 49,1 milhões.
A empresa destacou no release de resultados que houve uma
“recuperação gradual e consistente” das vendas até o fim de
novembro, mas que, com o aumento do número de casos da covid-19, o
mês de dezembro foi negativamente impactado.
Em relatório, a administração da C&A diz que observou uma
“recuperação gradual e consistente” das vendas até o fim de
novembro, mas que, com o aumento do número de casos da covid-19, o
mês de dezembro foi negativamente impactado.
As despesas operacionais da C&A aumentaram 15%, para R$
652,6 milhões.
A empresa registrou a recuperação de créditos tributários, de R$
94,9 milhões, relacionados ao ganho de causa em ação do PIS/Cofins
nas operações da Zona Franca de Manaus.
No quarto trimestre de 2020, a C&A abriu 6 lojas no país,
fechando o ano com 295 unidades em operação.
Teleconferência
Se as medidas de isolamento social para conter o avanço da
covid-19 durarem até maio, o varejo de moda vai enfrentar problemas
com estoques de produtos, na avaliação do presidente da C&A,
Paulo Correa.
“Há chance de reabertura do comércio ao longo de abril. Se isso
acontecer teremos tempo para trabalhar o estoque das lojas sem
muita pressão na margem. Mas se perdurar até maio, vai ser algo
parecido com o ano passado, quando houve pressão para a venda dos
produtos sazonais”, afirmou o executivo, fazendo menção às vendas
das coleções de inverno, que costumam chegar às lojas após o
Carnaval.
Correa acrescentou que a C&A tem feito uma gestão de
estoques conservadora, como adaptação ao cenário mais incerto da
pandemia. A empresa redobrou esforços no ano passado para
fortalecer as vendas digitais e multicanais. Atualmente, todas as
lojas da rede são integradas ao comércio eletrônico.
No ano passado, a C&A implantou 14 lojas “hub”, concentradas
nas vendas on-line para retirada em loja, com capacidade para
processar até 1 mil pedidos por dia. A varejista também começou a
testar a opção de comprar on-line e retirar em loja em até 3 horas,
além de vendas por WhatsApp.
No quarto trimestre, as vendas no e-commerce — incluindo
markeplace — cresceram 278%, para R$ 206 milhões. A receita líquida
on-line da C&A no trimestre foi de R$ 157,3 milhões, aumento de
279% em relação ao ano anterior. De acordo com a companhia, 60% das
vendas foram feitas pelo aplicativo da loja. O aplicativo da
C&A teve 12,4 milhões de instalações no ano passado e apresenta
em média acessos de 3,4 milhões de usuários únicos por mês.
A Galeria C&A, marketplace da companhia, está com mais de
300 vendedores neste ano, ante 229 vendedores no fim do quarto
trimestre. “O objetivo com a Galeria C&A foi expandir o nosso
sortimento e aprender sobre a dinâmica do marketplace. Acho que
avançamos bastante. Estou otimista com o aumento do sortimento e
como o marketplace pode mudar o nosso ponteiro de vendas”, afirmou
Correa.
Questionado sobre a possibilidade de incluir a C&A em algum
novo markeplace, depois que a empresa fez parceria com o
Enjoei.com, Correa disse que não está nos planos da companhia
entrar em um novo marketplace no curtíssimo prazo.
A C&A informou também que mantém o plano de
abertura de 20 lojas por ano, mas pode haver mudanças com as
incertezas provocadas pelo agravamento da pandemia de covid-19. O
CEO disse que “o objetivo continua sendo a abertura de 20 lojas,
como foi anunciado no IPO. Mas é óbvio que o andamento da pandemia
vai definir o número exato de lojas que a gente consegue abrir
neste ano”.
O executivo observou que mais de 90% das vendas do varejo no
país ainda são feitas nas lojas físicas. Além disso, a C&A tem
pouca presença em algumas regiões do país, havendo oportunidade de
crescimento com novas unidades.
Correa disse ainda que a C&A negocia “intensamente” com o
Bradescard para identificar novos formatos, condições e produtos
financeiros para os clientes. O Bradescard é parceiro da C&A no
fornecimento de produtos financeiros.
“Estamos discutindo intensamente, tentando encontrar
alternativas. É difícil falar em prazo, mas gostaria que fosse o
mais rápido possível dentro do contexto que a gente tem”, afirmou
Correa.
VISÃO DO MERCADO
BTG Pactual
A C&A reportou resultados “suaves como o esperado” no quarto
trimestre de 2020, segundo o BTG Pactual. O banco destaca o
desempenho do comércio eletrônico, com alta de 279% nas vendas em
relação a 2019, e indica cenário pessimista em relação à
covid-19.
Os analistas Luiz Guanais, Gabriel Savi e Victor Rogatis afirmam
que a pandemia deve continuar a limitar o horário de funcionamento
das lojas e não há gatilhos de curto prazo para a companhia.
“Os números fracos eram esperados devido às vendas mais fracas
em dezembro, em cenário semelhante a outras companhias de
vestuário”, afirmam. Segundo o banco, o desempenho do mês compensou
parte das tendências positivas do trimestre.
A margem bruta do segmento de vestuário caiu 1,4 ponto
percentual em razão do “forte ambiente promocional” no mês. O
índice de vendas mesmas lojas da companhia recuou 0,8%, enquanto os
analistas estimavam queda de 0,4%.
O BTG, porém, aponta que o e-commerce foi “mais uma vez o
destaque positivo”, alcançando 12% de participação nas vendas
totais.
O índice de vendas nas mesmas lojas do segmento fashiontronic
cresceu 12,4%, impulsionado pela maior demanda por fragrâncias,
cosméticos e eletrônicos. Os analistas destacam a alta de vendas do
leitor de e-books da Amazon, Kindle, cujas margens são mais
altas.
BTG Pactual recomenda compra, com preço-alvo de R$
18,00.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
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