O Credit Suisse cortou o preço-alvo das ações do Burger King Brasil (BOV:BKBR3) de R$ 13 para R$ 12, mantendo a recomendação de compra, após incorporar as novas estimativas de ganhos para 2021 e 2022, já contando com os efeitos da segunda onda da covid-19.

“Olhando para além dos obstáculos de curto prazo, vemos o Burger King bem posicionado para melhorar ainda mais sua competitividade com as iniciativas digitais pioneiras, hiper-segmentação de clientes e expansão de lojas em um ambiente provável de consolidação da indústria”, diz o relatório.

O Credit projeta também que as perdas de 2020 e 2021 sejam recuperadas nos próximos anos. As estimativas de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e margem permanecerão praticamente inalteradas.

“Entendemos que os obstáculos provocados pelo aumento dos casos de covid-19 e o ritmo lento de vacinação no Brasil têm sido os principais motivos para o baixo desempenho. No entanto, esperamos que esses aspectos desapareçam à medida que o ritmo das vacinações aumente nas próximas semanas”, diz o relatório.

Prejuízo líquido de R$ 445,6 milhões em 2020

O Burger King registra prejuízo líquido de R$ 445,6 milhões em 2020, com receita operacional líquida de R$ 2,2 bilhões, queda de 22%.

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4T20

O BK Brasil encerrou o quarto trimestre com prejuízo de R$ 97,3 milhões, revertendo o lucro de R$ 41,3 milhões registrado um ano antes. A companhia administra as redes de lanchonetes Burger King e Popeyes.

O desempenho foi afetado por vários fatores, como a queda da receita, o aumento dos custos, o crescimento das despesas com vendas, gerais e administrativas e a baixa de ativos relacionada ao fechamento de restaurantes que totalizou R$ 12 milhões.