A indicação do novo presidente do Banco do Brasil (BOV:BBAS3), Fausto de Andrade Ribeiro, foi aprovada em reunião pelo Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade (Corem). Ele foi indicado pela União para substituir André Brandão, que comunicou sua renúncia em março.

Em manifestação em separado de seus votos, os membros do comitê Cibele Castro, Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Roberto Evangelista de Lima alertam que “a atuação deste Comitê, no particular, não deveria ser o de exclusivamente verificar a conformidade do processo, o atendimento aos requisitos legais ‘objetivos’ e a ausência de vedações, mas também o de apreciar ‘requisitos subjetivos’”.

E prosseguem em tom crítico. “Em nossa visão, tendo em conta que o indicado exercerá a função de principal executivo da companhia, cumulativamente à de membro do Conselho de Administração, caberia ao Corem ir além de uma análise burocrática, de forma a realizar juízo crítico acerca da aderência do perfil do candidato aos cargos para os quais foi indicado. Tal prática estaria melhor alinhada ao hígido e já usual processo interno da companhia para avaliação, preparação e seleção de seus futuros executivos, no qual a cultura da meritocracia vem sendo priorizada e valorizada”.

Com isso, acrescentam os membros do Corem, “negligenciar ou relegar a segundo plano o papel do Conselho de Administração na seleção e aprovação do principal executivo da companhia, como no presente caso, equivale a reduzir o Conselho a um mero homologador, o que não se coaduna com as Leis 6.404/1976 e 13.303/2016, tampouco com os manuais e códigos de melhores práticas de governança corporativa globalmente reconhecidos. Para enriquecimento do processo de escolha, por exemplo, poderia o controlador ter se valido de empresa especializada em recrutamento de executivos para a indicação do Presidente, ou mesmo envolvido o Conselho de Administração na proposição ou avaliação de potenciais candidatos”.

Lucro do BB soma R$ 13,8 bilhões em 2020, queda de 22,2%

Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido ajustado de R$ 13,884 bilhões em 2020, queda de 22,2% em relação a 2019 com impacto da pandemia.

Segundo o BB, o lucro foi influenciado, principalmente, pelo aumento da PCLD ampliada em 47,6%, impactada, principalmente, pela antecipação de provisões prudenciais que somaram R$ 8,1 bilhões. Apesar disso, o Resultado Estrutural cresceu 5,9% o que demonstra a resiliência do desempenho operacional no período.

Destaques positivos em 2020 foi o aumento da margem financeira bruta em 5,1%, Despesas Administrativas estáveis com variação de 0,1% e queda do risco legal em 51,1%. O RSPL foi de 12,0%.

4T20

O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,695 bilhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 20,1% ante igual período de 2019. Em relação ao trimestre anterior, contudo, houve expansão de 6,1%.

Segundo o relatório que acompanha o balanço do banco, a piora na comparação anual é explicada principalmente pelo aumento das provisões para créditos de liquidação duvidosa, no conceito ampliado, que cresceram 47,6% no quarto trimestre ante igual período de 2019, influenciadas pela antecipação de provisões prudenciais, que somaram R$ 8,1 bilhões. Já o crescimento verificado em comparação ao terceiro trimestre está relacionado à redução de 6,3% das provisões no conceito ampliado, à expansão de 1,5% nas receitas com prestação de serviços, ao avanço de 1,1% na margem financeira bruta. A carteira de crédito do banco chegou ao fim de 2020 com saldo de R$ 742 bilhões, alta de 1,5% em relação ao que tinha em setembro e de 9% em comparação ao nível de dezembro de 2019.

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