Magazine Luiza: Cade aprova aquisição de todo capital da Hub Prepaid pela Magalu Pagamentos
14 Abril 2021 - 11:10PM
ADVFN News
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a
aquisição de todo o capital social da Hub Prepaid e subsidiárias
pela Magalu Pagamentos. O Tribunal deu aval à operação, em
definitivo, sem restrições.
A Magalu Pagamentos é uma instituição controlada por Magazine
Luiza (BOV:MGLU3) e presta atividades no segmento de meio de
pagamentos exclusivamente para o próprio grupo ao qual a empresa
pertence, o Grupo Magalu. A Hub, por sua vez, é uma sociedade
holding detentora da totalidade do capital social da Hub
Pagamentos. As Empresas Hub prestam serviços de conta digital e
cartão pré-pago diretamente para seus clientes.
De acordo as empresas, a operação promoverá melhoria da oferta
de serviços da Magalu Pagamentos para seus clientes, que poderão
usufruir de uma plataforma de produtos e serviços financeiros
gratuita e totalmente integrada ao aplicativo da Magalu.
Com isso, os clientes poderão utilizar conta digital para
realizar compras, depósitos, transferências, pagamentos, saques e
serviços como recargas de celular e vale-transporte, além de terem
a opção de um cartão pré-pago que refletirá o saldo da conta
digital, permitindo também transações no mundo físico.
Em março deste ano, a Superintendência-Geral do Cade aprovou a
operação sem restrições e, dias depois, o Mercado Pago, terceiro
interessado no ato de concentração, interpôs recurso contra a
decisão. O caso, então, foi levado à apreciação do Tribunal do
Conselho, sob a relatoria da conselheira Paula Azevedo.
Em seu voto, a conselheira concluiu que a operação não gera
efeitos anticompetitivos, não cria ou reforça posição dominante,
não aumenta barreiras à entrada ou implica redução de rivalidade, e
não incrementa a possibilidade ou probabilidade de fechamento de
mercado. “Não há, portanto, do ponto de vista concorrencial,
quaisquer fundamentos sólidos capazes de obstar o presente ato de
concentração.”, concluiu.
O entendimento foi seguido pelo Tribunal Administrativo do Cade,
que negou provimento ao recurso e manteve a decisão da SG/Cade pela
aprovação sem restrições da operação.
Cade nega recurso proposto pelo Mercado
Pago
O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
negou recurso apresentado pelo Mercado Pago, empresa de pagamentos
do Mercado Livre, e manteve a aprovação da compra da fintech Hub
Prepaid pela Magalu Pagamentos, do Magazine Luiza.
A operação já havia sido aprovada, sem restrições, pela
Superintendência-Geral do Cade, em março, mas foi levada ao
tribunal após apresentação de recurso. A alegação do Mercado Livre
foi que a Hub prestava serviços financeiros para a empresa e detém
informações importantes, que poderiam ser passadas para a
concorrente Magalu – o que não teria sido investigado
suficientemente pelo Cade.
Os conselheiros, no entanto, entenderam que a questão da troca
de informações não cabe ao Cade e que a operação não traz prejuízos
à concorrência. “Não há, do ponto de vista concorrencial, quaisquer
fundamentos sólidos capazes de obstar o presente ato de
concentração”, afirmou a conselheira relatora, Paula Azevedo.
Em dezembro, a Magazine Luiza, por meio de sua subsidiária
Magalu Pagamentos, anunciou a compra de 100% da instituição de
pagamentos Hub Prepaid por R$ 290 milhões. A empresa tem mais de
250 funcionários e cerca de 4 milhões de contas digitais e cartões
pré-pago ativos, que movimentaram R$ 6,6 bilhões em 2020.
Na época, a Magalu disse que, após a integração com a Hub, os
clientes do MagaluPay poderiam contar com a plataforma de produtos
e serviços financeiros, de forma gratuita, integrada ao aplicativo
da varejista. Entre os serviços a ser ofertados pelo Magalu, está a
abertura de conta digital para realizar compras, depósitos,
transferências, pagamentos e saques.
A empresa pretende divulgar os resultados do 1T21 no dia 05
de maio.
Pressão nas margens leva a queda de 57,5% no lucro líquido em
2020; analistas apontam cenário promissor
O Magazine
Luiza encerrou 2020 com lucro líquido de R$ 391,7
milhões, queda de 57,5%. Já o o lucro líquido
ajustado atingiu R$ 377,8 milhões, queda de 25,1% em relação ao ano
anterior.
Na comparação entre os dois exercícios, de 2019 e 2020, o Ebtida
apresentou queda de 14%, para R$ 1,527 bilhão. No ano passado,
o Ebitda ajustado atingiu R$ 1,506 bilhão, queda de 9,3% em relação
a 2019.
No acumulado do ano, houve um salto de 483% na despesa
financeira, de R$ 70,4 milhões em 2019 para R$ 410,5 milhões em
2020. No padrão ajustado, seguindo a norma IFRS, a despesa
financeira de 2019 foi de R$ 531,1 milhões, fazendo portanto que o
indicador de 2020 apresente uma melhora de 22,7%.
Entre janeiro e dezembro do ano passado, a receita líquida somou
R$ 29,177 bilhões, uma alta de 46,7% sobre o ano anterior.
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