Petrobras confirma eleição de Luna como diretor presidente
16 Abril 2021 - 3:07PM
ADVFN News
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou Joaquim Silva e
Luna para o cargo de presidente da companhia, além de quatro nomes
dos quadros internos da empresa que vão liderar quatro diretorias
executivas, segundo fato relevante publicado nesta sexta-feira.
Além dele, o conselho elegeu quatro novos diretores, enquanto
outros três foram reconduzidos aos seus cargos:
1- Rodrigo Araujo Alves como Diretor Executivo Financeiro e de
Relacionamento com Investidores;
2- Cláudio Rogério Linassi Mastella como Diretor Executivo de
Comercialização e Logística;
3- Fernando Assumpção Borges como Diretor Executivo de Exploração e
Produção;
4- João Henrique Rittershaussen como Diretor Executivode
Desenvolvimento da Produção;
5- Nicolás Simone se mantém Diretor Executivo de Transformação
Digital e Inovação;
6- Roberto Furian Ardenghy segue como Diretor Executivo de
Relacionamento Institucional e Sustentabilidade;
7- Rodrigo Costa Lima e Silva se mantém Diretor Executivode Refino
e Gás Natural
As negociações de (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) e seus
respectivos derivativos chegaram a ser interrompidas por 20
minutos, depois da divulgação do fato relevante sobre a escolha do
general Joaquim Silva e Luna para o comando da estatal.
Há pouco, em leilão, os papéis seguiam em queda: PN, -0,65%, a
R$ 22,94, e ON, -1,48%, a R$ 22,58. Apesar de não contar com a blue
chip como fator de estímulo, o Ibovespa (+0,45%) renovou, há pouco,
a máxima do dia, acima dos 121 mil pontos (121.243).
Para a escolha dessa nova equipe de diretores, a Silva e Luna
disse que sua intenção foi valorizar as “pratas da casa sem
indicações políticas” de forma a fazer uma transição tranquila.
Esses diretores colocaram os cargos à disposição em meio ao
processo de demissão de Roberto Castello Branco.
A indicação de Silva e Luna para a presidência da Petrobras não
foi bem recebida pelo mercado, que apesar da frustração com a saída
de Roberto Castello Branco nutria alguma expectativa de que um
executivo experiente pudesse substituir o ex-CEO.
A interpretação feita por economistas e analistas é que o último
cargo de Luna, à frente da usina hidrelétrica de Itaipu, na
fronteira com o Paraguai, está distante da presidência de uma das
maiores empresas do Hemisfério Sul. Mesmo assim, Luna e pessoas
próximas a ele dizem que o nervosismo do mercado não se
justifica.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, José Carlos
Aleluia, conselheiro de Itaipu, disse que Luna é conhecido por seus
modos “espartanos” e que as atitudes ascéticas de Luna também se
refletem em um desdém pelo excesso e pela redundância.
Entre as decisões mais aguardadas, está a forma como o novo CEO
lidará com os preços dos combustíveis. Com as últimas declarações
do presidente Jair Bolsonaro sobre os preços do gás natural cresceu
no mercado a aposta de que Luna pode, sim, alterar a política de
preços da estatal.
Especialistas defenderam que o presidente não teria trocado o
comando da Petrobras e feito diversas críticas à gestão de Castello
Brando e a política de preços da empresa para depois deixar a
estratégia da petroleira intacta.
Quem é Joaquim Silva e Luna
Natural de Barreiros (PE), Silva e Luna nasceu em 29 de dezembro
de 1949 e tem 71 anos de idade. Atuava até agora como presidente da
usina binacional de Itaipu, cargo que ocupava desde 2019, ele é
general da reserva do Exército.
Silva e Luna foi o primeiro militar a comandar o ministério da
Defesa, durante o governo Michel Temer, assumindo o cargo em
fevereiro de 2018 e ficando até o fim do mandato do
ex-presidente.
Nos bastidores, é visto como uma pessoa da confiança do
presidente Jair Bolsonaro.
No Exército, Silva e Luna comandou o 6º Batalhão de Engenharia
de Construção (1996-1998) em Boa Vista (RR), e a 16ª Brigada de
Infantaria de Selva (2002-2004), em Tefé (AM).
Atuando em Brasília, foi diretor de patrimônio (2004-2006), foi
chefe do gabinete do comandante do Exército (2007-2011) e chefe do
Estado-Maior do Exército (2011-2014). Ele também atuou na Missão
Militar Brasileira de Instrução no Paraguai e também foi adido em
Israel de 1999 a 2001.
Indicado para presidir uma das maiores petroleiras do mundo, o
general não tem no seu currículo oficial experiência ou formação na
área, mas a sua experiência no comando de Itaipu teria sido levada
em conta na escolha de Bolsonaro, segundo informações do jornal O
Globo. O militar é considerado “moderado”, “discreto” e que não se
envolve em questões políticas.
PETROBRAS ON (BOV:PETR3)
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