Em abril, o Ibovespa encerrou em alta de 1,93%, enquanto o
Índice de Small Caps (SMLL) da B3 teve valorização de 4,37%. E para
maio as perspectivas dos analistas continuam positivas, uma vez que
a aprovação do Orçamento 2021 deixou um clima mais ameno no mercado
e foi um grande avanço político, já que era um assunto que vinha se
arrastando há um tempo e que ainda gerava desconfiança, apesar de
como sua efetivação se dará daqui para frente ainda ser um assunto
no radar.
Além disso, diferentemente de março, que foi um mês no qual a
pandemia se alastrou ainda mais no país, para abril a perspectiva
já é de uma melhora nesse quadro, com o avanço das vacinações e uma
consequente reabertura gradual dos estabelecimentos. Até agora
foram vacinados 15% da população, sendo que a média diária de
imunização atual da população é de 870 mil/dia, mas analistas
projetam pelo menos 1,5 milhão/dia neste mês.
O que também impulsiona as Small Caps são os dados referentes ao
primeiro trimestre do ano, que trouxeram boas surpresas para os
investidores. Como as empresas que compõem esse índice são muito
atreladas ao ambiente doméstico, vale levantar também os dados
recentes do Caged, que está positivo em mais de 800 mil novas vagas
de emprego no país, além de uma inflação desacelerada com o IGP-M
acompanhando uma menor variação do preço dos combustíveis e o IPCA
caindo no comparativo mês a mês. Apesar disso, os analistas preveem
que a Selic seja elevada em maio, mas reduza o ritmo de novas altas
nos próximos meses.
É nesse contexto que destacamos as Small Caps mais recomendadas
para o mês de maio. Mas, antes de revelar o ranking, é importante
te localizarmos: o levantamento para criar esse ranking se baseia
nas carteiras recomendadas disponíveis no compilado
especial de maio da ADVFN, que traz o portfólio sugerido aos
clientes das principais corretoras, dos bancos e das casas de
análise do mercado. Ou seja, tudo reunido em um único lugar para
facilitar a visualização, o acesso das informações e, claro,
otimizar seu tempo.
E tem mais: conforme novas carteiras são divulgadas, o material
é atualizado ao longo do mês, portanto sempre há novidades. Para o
nosso levantamento a seguir, usamos as carteiras disponíveis até o
dia 05 de maio (Ágora, BB Investimentos, BTG Pactual, Easynvest,
Elite, Genial, Guide, Itaú BBA, Mirae Asset, Terra, XP
Investimentos).
Ranking
O grupo das ações mais recomendadas para maio ficou da seguinte
forma:
- BrasilAgro (BOV:AGRO3)
- CSU Cardsystem (BOV:CARD3)
- Méliuz (BOV:CASH3)
Cada uma dessas empresas ganhou três
recomendações de corretoras diferentes. Já as ações que
ganharam duas recomendações cada foram as
seguintes:
- 3R Petroleum (RRRP3)
- Alupar (ALUP11)
- Aura Minerals (AURA33)
- Energias do Brasil (ENBR3)
- Ferbasa (FESA4)
- Hermes Pardini (PARD3)
- Iguatemi (IGTA3)
- Irani (RANI3)
- Kepler Weber (KEPL3)
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4)
- Movida (MOVI3)
- Oi (OIBR3)
- PetroRio (PRIO3)
- Randon (RAPT4)
- Santos Brasil (STBP3)
- SLC Agrícola (SLCE3)
- Tegma (TGMA3)
As top mais recomendadas de maio
Vamos ver com mais detalhes por que os analistas recomendam
BrasilAgro (AGRO3), CSU Cardsystem (CARD3) e Méliuz (CASH3) para o
portfólio dos investidores neste mês:
BrasilAgro (AGRO3)
A Easynvest manteve essa ação em seu portfólio
para maio, reforçando a recomendação de compra do papel em um valor
de até R$ 37. O analista Murilo Breder afirma que, “após a recente
fusão com a Agrifirma, a empresa agora possui 42% em terras não
desenvolvidas, de onde virão as próximas apreciações imobiliárias.
Por outro lado, 30% são fazendas já prontas para serem vendidas.
Dessa forma, a renovação e maturação das terras segue ocorrendo,
enquanto a distribuição quase que igualitária entre os três
segmentos garante a sustentabilidade do negócio no longo prazo. Em
dezembro de 2020, mais uma notícia positiva para a companhia: após
pelo menos 5 anos sendo discutido, o texto que regulamenta a venda
de terras para estrangeiros foi aprovado no Senado e agora está na
Câmara. Ademais, o valor de mercado da BrasilAgro é de cerca de
R$1,90 bilhão (com ação a R$ 30,70), enquanto, segundo avaliação
interna mais recente, o valor de mercado do portfólio de fazendas
da companhia era em torno de R$ 2,1 bilhão. Ou seja, mesmo com a
forte disparada recente, a empresa estaria negociando com cerca de
10% de desconto sobre o valor das propriedades. Isso sem contar o
potencial de valorização das propriedades, geração de caixa e
distribuição de dividendos. Com alguma proteção contra a alta do
dólar já que exporta seus grãos, a BrasilAgro tem um modelo de
negócio que nenhuma outra empresa da Bolsa brasileira tem. É por
isso que ela encaixa tão bem na composição de um portfólio
diversificado”.
Já o analista Luis Sales, da Guide, também
manteve essa ação no portfólio recomendado de maio. Segundo ele, “a
companhia captou cerca de R$ 400 milhões com um follow-on,
pretendendo pagar por terras adquiridas há pouco tempo na Bolívia,
no valor de US$ 30 milhões. A empresa possui hoje uma baixa
alavancagem (1,7x dívida líquida/Ebitda), mas ainda assim a oferta
traz benefícios à companhia, na medida em que aumenta a liquidez de
suas ações. Ainda, deve contribuir para que a BrasilAgro dê
seguimento ao processo de crescimento de sua área plantada, além de
impulsionar o desenvolvimento de suas terras. Nossa visão é
positiva para a companhia, que vem apresentando boa produtividade
em suas terras e eficácia nas vendas realizadas até o momento. Além
disso, o preço da soja e do milho atingem hoje máximas históricas,
como reflexo da forte demanda na China, o que deve se manter até a
safra de 2021/2022, além do câmbio nos patamares atuais,
impulsionando os seus resultados financeiros”.
Por fim, a terceira recomendação de compra de AGRO3 foi feita
pelo BB Investimentos, que indica BrasilAgro com
base em análise gráfica, estabelecendo para a ação um peso de 12,5%
no portfólio completo para maio.
=> Veja as últimas notícias sobre a BrasilAgro
aqui.
=> Veja como está a cotação atual de
AGRO3.
=> Confira uma análise completa da empresa, com
indicadores fundamentalistas, de saúde financeira e governança
corporativa.
CSU Cardsystem (CARD3)
Murilo Breder, da Easynvest, também manteve
essa ação no portfólio recomendado para maio. Ele acredita que,
“apesar do forte aumento de caixa em relação a 2019 (+193,5% vs.
4T19), os R$ 84 milhões disponíveis atualmente não são suficientes
para bancar aquisições de empresas maduras. Sendo assim, o caminho
mais provável é a realização de uma oferta secundária de ações
(follow-on) ou emissão de novas dívidas. Uma oferta de ações deve
inclusive aumentar a liquidez de CARD3, que nos últimos 12 meses
tem negociado R$ 3,3 milhões por dia, na média. Apesar de
representar a menor liquidez entre os ativos da carteira Small Caps
Easynvest, é um volume de negociação que não deve trazer nenhum
problema aos investidores pessoa física. A companhia hoje tem uma
relação de apenas 0,4x dívida líquida/Ebitda sendo que seus
diretores já deixaram claro a intenção de não ultrapassar o patamar
de 1,5x. Portanto, do ponto de vista de alavancagem, o caminho está
livre para novas captações”.
Quem incluiu o papel no portfólio neste mês foi a
Guide, e o analista Luis Sales nos conta melhor
por que essa ação entrou justamente agora para compor a nova
carteira: “A CSU Cardsystem é líder no mercado em prestação de
serviços de tecnologia para soluções de cartões de crédito e meios
de pagamento, principalmente em relação ao processamento de
cartões. Além da operação de cartões, a companhia atua também com
prestação de serviços de marketing e contact center através da
CSU.Contact. A companhia segue em processo de expansão do seu
portfólio de serviços, com foco em soluções de banking as a
service, ampliando a atuação em conta digital, pagamentos,
entre outros. Essa expansão de serviços será realizada através de
aquisições estratégicas e parceiras por meio de participações
minoritárias, como o investimento e parceira recente com a Fitbank.
Negociado a 7,3x EV/Ebitda e com perspectiva de aceleração no seu
crescimento de receita através dos novos serviços e também expansão
das margens através de otimização de custos, vemos a empresa como
um interessante oportunidade nesse momento”.
Os analistas da Elite atribuem um peso de 10%
para CARD3 dentro da carteira recomendada para maio.
=> Veja as últimas notícias sobre a CSU Cardsystem
aqui.
=> Veja como está a cotação atual de
CARD3.
=> Confira uma análise completa da empresa, com
indicadores fundamentalistas, de saúde financeira e governança
corporativa.
Méliuz (CASH3)
De acordo com analistas da Ágora Investimentos,
“a Méliuz é uma empresa de Cashback, e acreditamos que surpreenderá
o mercado positivamente em termos de crescimento de receita
(acreditamos em +67% no comparativo anual), sendo baseado no forte
crescimento de clientes ativos, que atingiu 8,6 milhões em 2021, o
que esperávamos acontecer apenas em 2023. Além disso, a empresa
acaba de captar cerca de R$ 300 milhões por meio de uma oferta
primária em seu IPO, que será usado para aumentar sua equipe junto
com um aumento nas despesas de marketing e aquisições que devem
levar a um maior crescimento. As aberturas de conta também
surpreenderam positivamente (+56% no comparativo anual), assim como
os usuários ativos (+152% no comparativo anual) mesmo com baixos
investimentos na aquisição de novos clientes. A estratégia de
investimentos deve ser totalmente implementada em 2021 e deve
continuar impulsionando o crescimento acima do inicialmente
previsto”.
A Méliuz também aparece na recomendação do analista Filipe
Villegas, da Genial, com um peso de 12,5% no
portfólio. Já o Itaú BBA atribui a CASH3 uma
participação de 10% na carteira recomendada.
=> Veja as últimas notícias sobre a Méliuz
aqui.
=> Veja como está a cotação atual de
CASH3.
=> Confira uma análise completa da empresa, com
indicadores fundamentalistas, de saúde financeira e governança
corporativa.
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mais recomendadas para este mês? Comenta aqui embaixo e aproveite
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