Petrobras informa que momento para follow-on da BR Distribuidora ainda não está definida
23 Maio 2021 - 11:24AM
ADVFN News
Petrobras informa que já obteve aprovação do seu conselho de
administração para a venda, por meio de uma oferta pública
secundária de ações (follow-on), de sua participação remanescente
de 37,5% no capital social da BR Distribuidora, como já informado
em agosto do ano passado.
Segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters, a
estatal estaria em discussões para venda de sua participação na BR
Distribuidora (BOV:BRDT3) ainda este ano por mais de R$ 8
bilhões.
“Entretanto, ainda não foi definido o momento de lançamento da
oferta, que está sujeita às condições de mercado, à aprovação dos
órgãos internos da Petrobras, notadamente quanto ao preço, e à
análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e demais órgãos
reguladores e autorreguladores, nos termos da legislação
aplicável”, acrescenta a empresa.
A Petrobras é negociada na B3 através dos papéis (BOV:PETR3)
(BOV:PETR4).
VISÃO DO MERCADO
Ágora
Vicente Falanga e Ricardo França, afirmam que a Petrobras não
deve ter dificuldades de cumprir o objetivo de captar, pelo menos,
R$ 8 bilhões com a venda da fatia de 37,5% que ainda possui da BR
Distribuidora.
A Ágora calcula que as ações pertencentes à Petrobras valham R$
11,2 bilhões, bem acima da meta buscada pela estatal. Isto porque,
atualmente, a cotação da ação da rede de postos de combustíveis, na
Bolsa, gira em torno de R$ 25,60.
“Portanto, acreditamos que a empresa deve ter poucas restrições
para realizar uma oferta pública secundária no curto prazo”,
afirmam os analistas.
A BR Distribuidora também sairia ganhando. Segundo a dupla, “a
oferta deve ser amplamente positiva, pois removeria o risco de
excesso de ações e tornaria a empresa uma ‘verdadeira
corporation’”. Isso significa que seu capital será pulverizado no
mercado, sem um controle definido.
Lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no 1T21, revertendo
prejuízo
O lucro líquido aos
acionistas da Petrobras somou R$ 1,17 bilhão no primeiro
trimestre, após prejuízo um ano antes. O resultado foi R$ 58,7
bilhões inferior ao quarto trimestre do ano passado, refletindo o
impacto da variação cambial no resultado financeiro devido à
desvalorização do real frente ao dólar e às reversões de impairment
e dos gastos passados com o plano de saúde, ambos ocorridos no
trimestre anterior.
A receita líquida cresceu 14,2%, para
R$ 86,17 bilhões, em base de comparação anual e foi 4,9% superior
ao quarto trimestre, devido, principalmente, à valorização de 38%
nos preços do Brent.
O lucro recorrente, que desconta dos resultados eventos que
melhoraram ou pioraram o resultado da empresa e não devem se
repetir em outros períodos, somou R$ 1,45 bilhão, impactado pelo
efeito da depreciação do real sobre a dívida.
O ebitda – lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 49,53
bilhões, após resultado negativo de R$ 29,682 bilhões no primeiro
trimestre de 2020. Em termos ajustados – que excluem da conta
participações em investimentos, reavaliações nos preços de ativos,
resultados com desinvestimentos e realização dos resultados por
venda de participação societária -, o ebitda aumentou 30,5%, para
R$ 48,949 bilhões.
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