Minerva compra 369 mil certificados I-REC para atestar uso de fontes renováveis em 100% de suas operações
04 Junho 2021 - 10:17AM
ADVFN News
A Minerva Foods (BOV:BEEF3) comprou mais de 369 mil certificados
internacionais de energia renovável (I-REC) para atestar o uso de
fontes renováveis em 100% das suas operações, informou a empresa. A
iniciativa faz parte de um esforço para zerar o saldo de emissão de
carbono das suas operações até 2035, conforme anúncio feito em
meados de abril. Com a aquisição das certificações, a empresa
comprova que é a primeira do setor a ter emissões líquidas zero no
escopo 2, que compreende as emissões indiretas oriundas da compra
de energia de fornecedores.
A companhia já havia atingido essa meta no ano passado, quando
anunciou que toda a sua matriz energética tinha se tornado carbono
neutro. Depois disso, assumiu o compromisso de reduzir em 30% a
intensidade das emissões de gases do efeito estufa também no escopo
1 (emissões diretas de recursos próprios e controlados pela
empresa) até 2030. A perspectiva é investir até R$ 1,5 bilhão em
projetos que reduzirão as emissões em toda a cadeia produtiva nos
próximos anos.
Os certificados são conhecidos como REC’s e são utilizados como
uma forma de comprovar a origem da energia utilizada pela empresa.
Isso ocorre por meio de uma plataforma global chamada International
REC Standard (I-REC), que rastreia os atributos ambientais de
energia e permite a comercialização das certificações, com cada uma
sendo equivalente a um megawatt-hora de eletricidade consumido pela
empresa. É assim que a Minerva pretende garantir o cumprimento
dessa meta de sustentabilidade.
Em nota, o diretor de Sustentabilidade da Minerva Foods, Taciano
Custódio, comenta que o sistema rastreia os megawatts-hora
consumidos e garante que eles são provenientes de uma fonte
renovável. “Com isso, viabilizamos uma nova forma de comprovar a
rastreabilidade da energia que estamos consumindo”, afirma.
Minerva (BEEF3): lucro líquido de R$ 259,5 milhões no primeiro
trimestre, contornando o impacto negativo da disparada do boi gordo
no Brasil
A Minerva
Foods registrou lucro
líquido de R$ 259,5 milhões no primeiro trimestre do
ano, uma redução de 4,3% ante o mesmo período de 2020,
contornando o impacto negativo da disparada do boi gordo no
Brasil.
A receita líquida somou R$ 5,8
bilhões, uma expansão de 39,3% sobre o mesmo período do ano passado
e de 1,8% na comparação com o quarto trimestre de 2020.
Na exportação, a receita cresceu 42%, para R$ 4,1 bilhões. A
demanda aquecida, especialmente no Sudeste Asiático, beneficia os
frigoríficos exportadores. Conforme o presidente da Minerva,
Fernando Galletti de Queiroz, a queda da produção na Austrália
ajudou – os abates no país, um importante concorrente no mercado
internacional, estão no menor patamar em 36 anos, afirmou o
empresário.
Operacionalmente, a Minerva mostrou a redução do peso relativo
do Brasil para o negócio. Pela primeira vez, a Athena Foods –
subsidiária que reúne os frigoríficos na Argentina, Uruguai,
Paraguai e Colômbia – foi a principal divisão, respondendo por 50%
da receita. A operação brasileira ficou com 44% e o restante vem da
área de trading.
Já o Ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciações e amortizações – foi de R$ 484,9 milhões, o
que representa um crescimento de 27,1% em relação ao mesmo período
do ano passado. Houve um recuo de 21,4% na comparação trimestral. A
expectativa dos analistas para o Ebitda do frigorífico era que o
indicador ficasse em R$ 409 milhões.
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