Minerva anunciou a compra de certificados de energia renovável para cobrir a demanda de 100% de suas operações no Brasil e na região.

Com o negócio, a Minerva (BOV:BEEF3) torna-se a primeira empresa do setor a ter emissões líquidas zero no escopo 2, disse a empresa em comunicado nesta segunda-feira.

O anúncio vem em momento de forte procura de grupos locais e multinacionais com operações no Brasil pela compra de certificados de energia limpa, que garantem a origem renovável da eletricidade usada em suas atividades.

O Instituto Totum, responsável no Brasil pelas emissão das certificações, conhecidas como I-RECs, disse à Reuters no mês passado que elas devem mais que dobrar no país neste ano na comparação com 2020.

A Minerva disse que sua operação envolveu a compra de mais de 369 mil I-RECs.

“Para o Brasil, a companhia adquiriu certificados de energia eólica, já para os países da América do Sul, foram comprados os de energia mista, eólica e hidrelétrica, garantindo uma matriz energética renovável em todas as operações”, explicou.

Em meio a metas ligadas a sustentabilidade, a Minerva se comprometeu a reduzir em 30% a intensidade das emissões de gases de efeito estufa (GEE) nos escopos 1 e 2 até 2030; e a manter sua matriz energética carbono neutro, com 100% da energia advinda de fontes renováveis.

A empresa disse que deverá investir até 1,5 bilhão de reais “nos próximos anos” em ações para reduzir emissões em toda sua cadeia produtiva.

Minerva (BEEF3): lucro líquido de R$ 259,5 milhões no primeiro trimestre, contornando o impacto negativo da disparada do boi gordo no Brasil

Minerva Foods registrou lucro líquido de R$ 259,5 milhões no primeiro trimestre do ano, uma redução de 4,3% ante o mesmo período de 2020, contornando o impacto negativo da disparada do boi gordo no Brasil.

A receita líquida somou R$ 5,8 bilhões, uma expansão de 39,3% sobre o mesmo período do ano passado e de 1,8% na comparação com o quarto trimestre de 2020.

Na exportação, a receita cresceu 42%, para R$ 4,1 bilhões. A demanda aquecida, especialmente no Sudeste Asiático, beneficia os frigoríficos exportadores. Conforme o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, a queda da produção na Austrália ajudou – os abates no país, um importante concorrente no mercado internacional, estão no menor patamar em 36 anos, afirmou o empresário.

Operacionalmente, a Minerva mostrou a redução do peso relativo do Brasil para o negócio. Pela primeira vez, a Athena Foods – subsidiária que reúne os frigoríficos na Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia – foi a principal divisão, respondendo por 50% da receita. A operação brasileira ficou com 44% e o restante vem da área de trading.

Já o Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – foi de R$ 484,9 milhões, o que representa um crescimento de 27,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve um recuo de 21,4% na comparação trimestral. A expectativa dos analistas para o Ebitda do frigorífico era que o indicador ficasse em R$ 409 milhões.

Informações Reuters

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