Previ aprova a indicação do contador Daniel André Stieler como novo presidente da entidade
09 Junho 2021 - 8:27PM
ADVFN News
O Conselho deliberativo da Previ aprovou a indicação do contador
Daniel André Stieler como novo presidente da entidade. Indicado
pelo Banco do Brasil, Stieler aguarda agora atestado de habilitação
de dirigente da Previc, que regula o setor de previdência
complementar fechada, para assumir o cargo.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:BBAS3), nesta
quarta-feira (09).
O executivo, de 56 anos, vai suceder o até então presidente da
Previ, José Maurício Coelho, que apresentou carta de renúncia no
fim de maio e deixará a função nesta sexta-feira, 11. Stieler
estava, até então, no comando da Economus (fundação da antiga Nossa
Caixa). Também foi diretor de controladoria do BB, além de ter
atuado como conselheiro fiscal da Previ.
Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de
Santa Maria (RS), Stieler possui pós-graduações em Administração
Financeira e Auditoria, ambas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
além de MBA em Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP).
Participou de cursos de Governança no Brasil e no exterior e possui
certificações no ICSS, com ênfase em Administração, e no IBGC, para
conselheiro fiscal.
A troca ocorre após a mudança de comando no BB em abril, com a
chegada de Fausto de Andrade Ribeiro no lugar de André Brandão. A
substituição do presidente da Previ tem sido comum em movimentos de
mudança no comando do banco patrocinador. Desta forma, a saída de
Brandão foi um dos motivos para a carta de renúncia antecipada de
Coelho, cujo mandato se encerraria em maio de 2022.
Uma outra versão sobre a saída de Coelho, que não exclui a
versão anterior, tem relação com a repercussão da venda de ações
que a Previ detinha na BRF, operação que teria permitido à
concorrente Marfrig elevar sua participação na companhia para
24%.
O nome de Stieler tem sido bem recebido por funcionários do
Banco do Brasil, sobretudo por seu histórico dentro da instituição.
Preocupações com a troca de comando na entidade, porém, são comuns.
Nesta quarta-feira, durante live de apresentação dos resultados do
fundo de pensão referente a abril, um associado questionou a Previ
sobre os motivos de o BB ter “forçado a saída” do atual
presidente.
Diretor de Administração da Previ, Márcio de Souza afirmou que
não caberia comentar “o que ocorre no âmbito do patrocinador e do
que ocorre no governo”. Ele acrescentou que a Previ construiu,
desde a década de 90, um modelo de governança que prevê decisões
colegiadas em diferentes níveis. “A governança da Previ não depende
somente de uma pessoa. Ela está vinculada a todo um sistema de
gestão colegiado que protege a entidade e seus associados”, disse
Souza.
Desempenho
Durante a apresentação de resultados nesta quarta-feira, a Previ
fez um balanço sobre o processo de rebalanceamento de sua carteira,
com a troca de investimentos em renda variável por títulos de renda
fixa de longo prazo. Desde 2018, o Plano 1 da entidade vendeu ações
de 28 empresas e reduziu em mais de R$ 35 bilhões sua exposição à
renda variável. Os ativos totais do Plano 1 somavam R$ 222 bilhões
até 30 de abril.
“O objetivo é aumentar a segurança do plano sem comprometer a
liquidez do pagamento de benefícios”, disse Marcelo Wagner, diretor
de Investimentos.
Além disso, o Plano 1 alcançou um superávit acumulado de R$
21,65 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano. A rentabilidade
até abril era de 7,29%, quase o dobro da meta atuarial no período
(3,94%). O Previ Futuro, que tinha sido mais afetado pela
volatilidade do mercado no primeiro trimestre, também teve
desempenho positivo em abril, com a reversão do resultado negativo.
A rentabilidade acumulada do plano é de 1,07%.
Lucro líquido de R$ 4,9 bilhões no 1T21, alta de 44,7%
O Banco do Brasil registrou lucro líquido
ajustado de R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre
deste ano, 44,7% maior que os R$ 3,4 bilhões reportados em
igual período de 2020 e 32,9% superior ao resultado obtido nos
últimos três meses do ano passado.
“O lucro recorde para um trimestre é resultado de uma estratégia
corporativa que buscou o aumento da eficiência, o controle rigoroso
das despesas e o crescimento sustentado do crédito, com foco em
linhas de maior retorno”, disse o recém-empossado presidente do BB,
Fausto de Andrade Ribeiro, em mensagem transmitida com material de
divulgação do balanço.
O resultado veio mesmo em um cenário turbulento para a
instituição financeira do ponto de vista de gestão. Depois de o BB
anunciar uma forte reestruturação de seu quadro, com demissões, o
presidente Jair Bolsonaro reagiu e forçou a demissão do executivo
André Brandão, ex-HSBC, que havia sido selecionado para o cargo
pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
(informação Broadcast)
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