A Embraer está em negociações para a fusão da Eve Urban Air Mobility, sua unidade de veículos elétricos de pouso e decolagem vertical, com a Zanite Acquisition, segundo pessoas com conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:EMBR3) nesta quinta-feira (10).

A empresa de aquisição de propósito específico, ou SPAC na sigla em inglês, busca levantar novo capital para financiar a transação, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. O acordo deve avaliar a empresa combinada em cerca de US$ 2 bilhões, disseram.

Os termos do acordo podem mudar e, como ocorre em todas as transações que não foram finalizadas, as negociações podem não ir em frente. Um representante da Zanite não quis comentar, enquanto um representante da Embraer não fez comentários imediatos.

A Zanite é liderada pelos codiretores-presidentes Kenn Ricci, coproprietário da Directional Aviation Capital, que controla a operadora de voos privados Flexjet, e Steve Rosen, cofundador da empresa de private equity Resilience Capital Partners. A SPAC com sede em Cleveland, Ohio, captou US$ 230 milhões em uma oferta pública inicial em novembro.

VISÃO DO MERCADO 

Bradesco BBI 

A negociação entre a Eve e a Zanite é positiva para a Embraer, controladora da Eve, segundo o Bradesco BBI. Em comentário a clientes, divulgado antes da confirmação das conversas pela Embraer, o banco lembrou que a fabricante brasileira de aeronaves tem um valor de mercado de US$ 2,5 bilhões e que a Eve Urban Air Mobility pode, sozinha, atingir um valor de mercado de US$ 2 bilhões.

Guide Investimentos 

A Embraer vem investindo em novas vertentes de tecnologia, e com a possível fusão, a Eve, da fabricante de aviões, com a Zanite, a empresa irá conseguir gerar maior valor, além de estar entrando em um novo mercado muito específico.

A Eve ainda fechou parceria nesta semana, com a Helisul Aviation, operadora brasileira de helicópteros, que envolve um pedido de até 50 eVTOLs com entregas previstas a partir de 2026.

Prejuízo líquido de R$ 489,8 milhões no primeiro trimestre

Embraer registrou um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 489,8 milhões no primeiro trimestre, contra uma perda de R$ 1,276 bilhão nos 3 primeiros meses de 2020, ainda impactada pela pandemia do novo coronavírus.

Conforme a companhia, descontados eventos extraordinários, o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 522,9 milhões no 1º trimestre de 2021, pior que a perda de R$ 433,6 milhões no mesmo período fiscal do ano passado.

receita líquida atingiu R$ 4,45 bilhões, representando aumento de 55% na comparação anual, impulsionada principalmente pelo crescimento das receitas na Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa &Segurança e Serviços e Suporte (+17%).

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