EDP Brasil: dez empresas estão interessadas nas usinas hidrelétricas da companhia
15 Junho 2021 - 9:33AM
ADVFN News
Chega a dez o total de empresas interessadas nas usinas
hidrelétricas Santo Antônio do Jari, Cachoeira Caldeirão e
Mascarenhas, da EDP Brasil, que colocou todo seu portfólio de
geração hídrica à venda para dar prioridade à geração solar.
Segundo analistas, faz sentido a EDP Brasil (BOV:ENBR3) vender
suas hidrelétricas, uma vez que sua prioridade no País será a
geração distribuída e a transmissão de energia.
“É muito difícil construir hidrelétricas no Estado de São
Paulo”, afirma o analista da Mirae Asset Fernando Bresciani. “A AES
está investindo em energia alternativa no Nordeste, em eólica
principalmente. Comprar uma hidrelétrica pronta faz todo sentido
para ela e para a Cesp.”
Bresciani diz que a venda das hidrelétricas da EDP deverá ter
ágio, pois a disputa será grande, já que os empreendimentos estão
instalados em regiões estratégicas. As usinas, localizadas no Pará
e no Espírito Santo, têm capacidade instalada somada de 800
megawatts (MW).
Analista de elétricas na Genial Investimentos, Vitor Sousa
afirma que a Cesp (BOV:CESP6) é uma boa candidata a se tornar a
compradora, por ter dívida baixa e ser geradora de caixa líquido.
Segundo ele, a AES Brasil não tem tanto espaço no balanço para
fazer esse tipo de compra.
Para Sousa, quando se olha para esse tipo de investimento, o
capital estrangeiro sai na frente em detrimento do nacional. “Os
chineses, por exemplo, compram infraestrutura – e caro – no
Brasil.”
Eneva, AES Brasil e Votorantim Energia teriam feito proposta
pelos ativos, segundo o jornal Valor Econômico. A AES Brasil
(BOV:AESB3) afirmou que não fez oferta pela EDP. Já Eneva
(BOV:ENEV3) e Votorantim Energia não confirmam nem negam interesse.
Em nota, a Eneva afirmou que “está sempre atenta às oportunidades
de mercado que façam sentido à sua estratégia”. A Votorantim
Energia disse que “não irá se pronunciar sobre a negociação”.
EDP Brasil (ENBR3): lucro líquido cresceu 82,9% no 1T21, para
R$ 495,7 milhões
O lucro
líquido da Energias do
Brasil (EDP Brasil), do grupo
europeu EDP Energias de Portugal, cresceu 82,9% no primeiro
trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior,
para R$ 495,7 milhões, com maiores volumes de consumo de
energia que ajudaram os negócios de distribuição e melhor
desempenho também em transmissão e geração hídrica.
O lucro líquido ajustado, por sua vez, foi de R$ 337 milhões no
período, alta de 58,6% na base anual.
A receita operacional líquida da
empresa subiu 7% no período e totalizou R$ 3,505 bilhões.
O ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – alcançou R$ 1,048 bilhão no
trimestre, alta de 50,1%, em base anual. O ebitda ajustado, que
exclui os efeitos não recorrentes, subiu 34,3% no período, para R$
807,4 milhões.
Informações Broadcast