O Observatório Social da Petrobras (OSP), organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e Instituto Latino-Americano de Estudos Sócio-Econômicos (Ilaese), lança o “Privatômetro”, para acompanhar os desinvestimentos da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4). Desde 2015 até março deste ano, já foram arrecadados R$ 198 bilhões com a venda de ativos da companhia, segundo a nova ferramenta. O montante equivale ao dobro do lucro que os cinco maiores bancos do país tiveram em 2019, informou a OSP.

“O Privatômetro é um instrumento que funcionará como uma espécie de raio X das privatizações da Petrobras”, explicou a OSP em nota.

A ferramenta foi elaborada pelos economistas Eric Gil Dantas e Tiago da Silva Silveira, do Ibeps. O espaço foi criado para informar a população sobre os ativos da Petrobras que estão sendo privatizados, os valores que essas transações envolvem e as consequências dessas negociações para o País.

“O Privatômetro vai permitir à população visualizar, de forma clara e objetiva, como está se dando esse processo de privatização e os impactos econômicos que gera ao povo brasileiro, além de quais ativos já foram vendidos, quando e por qual valor, sendo atualizado pela inflação e transformado de dólar em real”, afirmou em nota o pesquisador do Ibeps.

Além do valor das vendas, o novo termômetro das vendas da estatal apresentará gráficos com a distribuição porcentual da venda de ativos por segmento e nacionalidade das empresas compradoras e uma planilha completa de desinvestimentos.

Dados do Privatômetro apontam que a concentração das empresas que compraram ativos da Petrobras está na América do Norte e Europa e a maior parte das unidades privatizadas refere-se ao segmento de Exploração e Produção (E&P).

“Mais de 41% das vendas foram de ativos da área de E&P, o que mostra grandes contradições no discurso da empresa de crescer como produtora de petróleo e gás, já que abre mão das suas próprias reservas”, argumentou o economista.

A Petrobras decidiu se concentrar nas reservas do pré-sal, abandonando campos que não considera lucrativos, além de vender refinarias, distribuidoras de gás e outros ativos que não fazem parte do core business da companhia.

Os dados disponibilizados no Privatômetro serão atualizados trimestralmente, na sequência da publicação dos resultados da estatal. Também serão divulgadas, periodicamente, pesquisas relacionadas aos ativos que estão em processo de privatização, informou a OSP.

Lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no 1T21, revertendo prejuízo

lucro líquido aos acionistas da Petrobras somou R$ 1,17 bilhão no primeiro trimestre, após prejuízo um ano antes. O resultado foi R$ 58,7 bilhões inferior ao quarto trimestre do ano passado, refletindo o impacto da variação cambial no resultado financeiro devido à desvalorização do real frente ao dólar e às reversões de impairment e dos gastos passados com o plano de saúde, ambos ocorridos no trimestre anterior.

receita líquida cresceu 14,2%, para R$ 86,17 bilhões, em base de comparação anual e foi 4,9% superior ao quarto trimestre, devido, principalmente, à valorização de 38% nos preços do Brent.

O lucro recorrente, que desconta dos resultados eventos que melhoraram ou pioraram o resultado da empresa e não devem se repetir em outros períodos, somou R$ 1,45 bilhão, impactado pelo efeito da depreciação do real sobre a dívida.

ebitda  – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 49,53 bilhões, após resultado negativo de R$ 29,682 bilhões no primeiro trimestre de 2020. Em termos ajustados – que excluem da conta participações em investimentos, reavaliações nos preços de ativos, resultados com desinvestimentos e realização dos resultados por venda de participação societária -, o ebitda aumentou 30,5%, para R$ 48,949 bilhões.

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