Lojas Renner fecha contrato com a Enel para a compra de energia eólica para atender a demanda de 170 lojas
13 Julho 2021 - 3:06PM
ADVFN News
A Lojas Renner fechou contrato com a Enel para a compra de
energia eólica para atender a demanda de 170 lojas, além de seu
novo centro de distribuição. A parceria é inédita, já que o
contrato é de longo prazo e a energia fornecida virá de um parque
eólico já determinado da Enel que entrará em operação no fim deste
ano.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:LREN3) nesta
terça-feira (13).
Nos próximos meses, enquanto a usina da Enel no município de
Tacaratu (PE) não fica pronta, parte do consumo da Renner já começa
a ser atendida por energia de fonte renovável vinda de outras
usinas da companhia de energia elétrica. Assim que o projeto ficar
pronto, o fornecimento migrará para o parque em Pernambuco, diz o
presidente da Lojas Renner, Fabio Faccio. A duração do contrato é
de 15 anos.
Segundo o executivo, o acordo ajudará a companhia a encerrar o
ano com 80% do seu consumo corporativo, ou seja, considerando seus
prédios administrativos, centros de distribuição e lojas, vindo de
fontes renováveis, ante 65% no fim do ano passado. Isso, afirma
Faccio, representa ainda um avanço da meta estabelecida para o fim
de 2021 – o objetivo era fechar este ano com 75%.
O presidente da Renner diz ainda que, além de a companhia dar
mais um passo frente ao seu compromisso ambiental, esse tipo de
contrato, de longo prazo, funciona também como um incentivo para
investimentos em energia renovável no Brasil. “Com isso, estamos
aumentando a geração de energia no Brasil e de forma muito mais
sustentável”, afirma Faccio, em entrevista ao Estadão. Hoje, a
varejista já consome energia de fazendas solares e de pequenas
centrais hidrelétricas (PCHs).
A diretora de Arquitetura, Engenharia e Expansão da varejista,
Alessandra Shargorodsky, acrescenta que esse contrato também cumpre
o papel de dar maior previsibilidade e estabilidade ao custo de
energia, algo ainda mais evidente em um momento de crise
hídrica.
Já do lado da Enel, esse tipo de contrato garante compra de
longo prazo para um investimento bilionário que está saindo do
papel. Ao todo, serão construídos cinco novos parques de energia
renovável – quatro eólicos e um solar, todos no Nordeste -, que
consumirão um total de R$ 5,6 bilhões em investimentos, comenta o
diretor-geral da Enel no Brasil, Nicola Cotugno.
“Temos visto os clientes cada vez mais tomando uma posição de
responsabilidade e, a cada dia, há mais interessados nesse tipo de
contrato”, comenta o executivo da Enel. O aumento da demanda vem
também de compras de energia por empresas, mas sem uma usina
específica que gerará a energia a ser fornecida, como o caso da
Renner. Uma das diferenças, nesse caso, é que, quando o contrato
faz essa previsão da origem da energia, a comercialização inclui
certificados internacionais de energia renovável que atestam a
origem da energia prevista no acordo. Na prática, funciona como um
rastreamento de atributos ambientais de energia, algo que tem se
tornado relevante para as empresas no momento em que precisam gerar
confiança na contabilidade do carbono, diante da meta de zerar
emissão do gás.
Para o coordenador do curso de economia da FGV, Joelson Sampaio,
esse tipo de contrato é uma tendência muito por conta da
necessidade de diversificação de matriz energética no País. “Quando
vemos uma crise hídrica como essa que estamos vivendo,
principalmente, aumenta o incentivo das empresas para compra de
energia de fontes renováveis”, frisa Sampaio.
Recursos de oferta estão sendo usados
No centro de uma roda de apostas no mercado sobre quem poderá
ser o alvo da Renner para aquisição, após a companhia levantar em
oferta de ações cerca de R$ 4 bilhões, o presidente da varejista,
Fabio Faccio, diz que parte do valor já começou a ser utilizada com
o desenvolvimento de iniciativas internas – digitalização, inovação
e ampliações do ecossistema de produtos e serviços com viés de
sustentabilidade. Esses mesmos pilares, frisou, também orientarão
futuros movimentos de aquisições, mas que neste momento não há
novidades. “Estamos estudando algumas possibilidades.”
A Lojas Renner pretende divulgar os resultados do
2T21 no dia 05 de agosto.
Lojas Renner (LREN3): prejuízo líquido de R$ 147,7 milhões no
1T21, revertendo lucro
A varejista Lojas
Renner registrou prejuízo
líquido de R$ 147,7 milhões no primeiro de
2021, depois do lucro líquido de R$ 7,1 milhões no mesmo
período do ano passado.
A receita operacional líquida das
vendas de mercadoria foi de R$ 1,4 bilhão no trimestre, queda de
12,0% quando comparado ao mesmo período de 2020.
O ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – ajustado total no trimestre,
que inclui a operação de varejo e produtos financeiros e exclui
arrendamentos, foi de R$ 31,8 milhões, queda de 85,5% em base
anual. Já o ebtida da operação de varejo ajustado anotou resultado
negativo de R$ 171,3 milhões, uma queda acentuada de 303,0%, na
mesma base de comparação.
Informações Broadcast
LOJAS RENNER ON (BOV:LREN3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
LOJAS RENNER ON (BOV:LREN3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024