A  Vale atingiu 75,685 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2021, alta de 12% em relação a igual período do ano passado. Em relatório divulgado ao mercado, a Vale informou que a produção registrou alta de 11,3% na comparação ao trimestre imediatamente anterior.

O fato relevante foi feito pela empresa (BOV:VALE3) na segunda-feira (19).

O desempenho anual é atribuído ao maiores volumes na mina Brucutu, em Minas Gerais, com o aumento da produção por processamento a seco; melhoria sazonal das condições climáticas em Serra Norte, no Pará, e um forte desempenho em Serra Leste, no Sudoeste do Pará; maior produtividade no Complexo de Itabira, em Minas Gerais, com a reavaliação das soluções temporárias de gerenciamento de rejeitos.

A Vale também destacou a produção por processamento úmido em Fábrica durante os testes para retomar as operações da planta de beneficiamento.

Os pontos positivos foram parcialmente compensados por interferências causadas pela instalação e comissionamento do primeiro de quatro britadores de jaspilito no S11D.

VISÃO DO MERCADO

Bank of America

O Bank of America (BofA) elevou o preço-alvo de Vale de R$ 150 para R$ 158, potencial de alta de 40,87% sobre o fechamento de ontem, reiterando recomendação de compra, após a mineradora divulgar sua prévia operacional do segundo trimestre.

Apesar de a produção de minério de ferro ter vindo 3% abaixo do estimado pelo banco americano, a 75,7 milhões de toneladas, o time de analistas diz que a combinação de volumes mesmo que fracos, mas com preços altos continua sendo positiva para a Vale.

O segmento de metais básicos, impactado por uma greve no Canadá, também teve volumes abaixo do projetado pelo BofA no trimestre.

A produção de níquel foi 17% menor, a 41,5 mil toneladas, e o cobre foi 16% abaixo, a 73,5 mil toneladas.

Os analistas reduziram em 3% a projeção de produção de minério da Vale para este ano, a 322,4 milhões de toneladas, dentro das metas da mineradora para 2021 (entre 315 e 335 milhões de toneladas).

A projeção de Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi mantida em US$ 46,7 bilhões, mesmo com a produção menor, sendo compensada pelos preços do minério. No segundo trimestre, o indicador deve ser de US$ 11,7 bilhões, estimam.

Bradesco BBI

O Bradesco BBI avaliou os dados da Vale como sólidos e levemente acima de suas estimativas. O banco avalia que a empresa se encaminha para atingir sua guidance de produção, apesar de alguns atrasos.

Se a empresa mantiver a taxa diária de produção em 1 milhão de toneladas por dia, a produção total pode chegar a 328 milhões de toneladas em 2021. Assim, se diz confortável com suas estimativas para produção em 2021, de 320 milhões de toneladas, e de 315 milhões em remessas para 2021.

O banco também avalia que os prêmios pagos por minério de ferro ficaram abaixo do esperado. A recomendação para o ADR segue outperform, com preço-alvo em US$ 25.

BTG Pactual 

O BTG Pactual afirmou que o relatório de produção e vendas da Vale do segundo trimestre, divulgado ontem, revelou números “decentes” para a importante divisão de minério de ferro, atendendo às expectativas do banco.

Segundo o BTG os embarques de finos de minério de ferro saíram em 62,7 milhões de toneladas, uma alta de 13% ante o primeiro trimestre, enquanto as pelotas atingiram 7,6 milhões de toneladas, 22% acima do primeiro trimestre e 9% a mais que o projetado pelo banco.

Os números de produção foram beneficiados pela sazonalidade e por uma série de pequenas melhorias sequenciais em seus principais sistemas.

“Mais importante, a Vale está mantendo sua meta de produção de minério de ferro para 2021 inalterada em 315 a 335 milhões de toneladas, apesar de alguns dos recentes temores e percalços, e continua mostrando melhorias constantes, atualmente operando a 330 milhões de toneladas anualizadas “, diz o relatório.

O BTG apontou também que não houve menção aos números e metas referentes à produção de 2022, mas que mantém a projeção de 350 a 360 milhões de toneladas para o ano que vem, implicando em um crescimento de cerca de 10% ano a ano, o que dificilmente desestabilizará os fundamentos do minério de ferro à frente.

Essas projeções apontam que a meta de atingir 400 milhões de toneladas por ano ainda está distante.

Em metais básicos, a projeção de produção de 2021 foi retirada, pois há dúvidas sobre quando a greve em Sudbury chegará ao fim. Diante dos números apresentados, o BTG reiterou a recomendação de compra da ação e manteve o papel como sua ação preferida no setor de mineração. O preço-alvo da ADR continua US$ 30, com potencial de valorização de 36%.

Itaú BBA

O BBA apontou que se mantém confortável quanto às suas estimativas para o Ebitda no segundo trimestre, em US$ 11,7 bilhões. O Itaú mantém avaliação outperform para o ADR da Vale, com preço-alvo para 2021 em US$ 26.

Morgan Stanley

O Morgan Stanley afirma que os dados apresentados pela Vale devem reduzir o Ebitda estimado pelo banco para a empresa, de US$ 12,2 bilhões, devido a menos exportações e um prêmio menor pago pelo carvão, de US$ 3 por tonelada, frente a suas estimativas de US$ 7,9 por tonelada, devido a uma queda no conteúdo médio de ferro no segundo trimestre, a 62,4%, frente ao trimestre anterior, de 63,4%, e à estimativa do banco, de 63,5%. O banco mantém avaliação overweight, e preço-alvo de US$ 27, frente à cotação de US$ 21,35 da véspera dos papéis VALE negociados na segunda na Bolsa de Nova York.

XP Investimentos

A XP destaca que a produção está em linha com as estimativas dos analistas e 3% abaixo do consenso da Bloomberg. “Acreditamos que a Vale é capaz de entregar seu guidance de 315-335 milhões de toneladas em 2021, uma vez que atingiu uma capacidade de produção de 330 milhões de toneladas anuais no segundo trimestre (de 327 mtpa no primeiro trimestre de 2021)”, apontam os analistas.

Os analistas Yuri Pereira e Thales Carmo mantêm recomendação de compra, com preço-alvo de R$122 por ação, com base em fortes dividendos (mínimo de 6% de rendimento esperado para 2021) e um valuation atrativo.

A Vale pretende divulgar os resultados do 2T21 no dia 28 de julho.

Vale supera estimativa e registra lucro de US$ 5,546 bilhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 2.220%

mineradora Vale registrou lucro líquido de US$ 5,546 bilhões, 2.220% em relação aos US$ 239 milhões do mesmo período de 2020. No trimestre anterior, a mineradora havia registrado ganhos de US$ 739 milhões.

Em reais, o lucro somou R$ 30,564 bilhões no primeiro, ante R$ 984 milhões no mesmo período de 2020.

Segundo a empresa, o lucro ficou acima principalmente devido a (a) despesas de Brumadinho, (b) encargos de impairment nos ativos dos negócios de Níquel e Carvão, ambos no 4T20, e (c) maior resultado financeiro, apesar do impacto da desvalorização cambial do Real em 9,6% na marcação a mercado de nossas posições de derivativos. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo menor EBITDA ajustado proforma.

Informação Broadcast

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