Petrobras: Bolsonaro afirma que dívida da companhia foi de cerca de R$ 230 bilhões em obras anunciadas e não construídas
30 Setembro 2021 - 2:31PM
ADVFN News
Em resposta às críticas sobre o alto preço dos combustíveis, o
presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que o alto custo
de vida em seu governo é justificado porque, em sua gestão, não
pode-se gastar mais, como feito nos governos anteriores. Em repúdio
aos governos do PT, Bolsonaro afirmou que a dívida da Petrobras
(BOV:PETR3) (BOV:PETR4) deixada para sua gestão foi de cerca de R$
230 bilhões em obras anunciadas e não construídas. Segundo ele, a
população tem razão em reclamar, mas é preciso entender o contexto
nacional.
“Não estou me esquivando da minha responsabilidade, mas uso
sempre uma passagem bíblica: Por falta de conhecimento, o povo
pereceu”, destacou o chefe do Executivo, em cerimônia de sanção do
Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para obras do metrô de
Belo Horizonte (MG) e do lançamento da pedra fundamental do Centro
Nacional de Vacinas nesta quinta-feira (30).
Apesar de negar fugir de suas responsabilidades, Bolsonaro
adicionou um novo personagem ao embate que travou com governadores
sobre o alto preço de combustíveis e gás. Destacou que não quer
brigar com nenhum gestor estadual, mas que apenas quer “fazer
cumprir a emenda constitucional sobre o ICMS”.
Segundo ele, suas críticas têm como objetivo fazer com “que todo
mundo tenha sua responsabilidade no preço final do
combustível”.
Bolsonaro destacou que o Brasil é autossuficiente em petróleo e,
por isso, há de se buscar uma forma de resolver o problema da
inflação. De acordo com ele, ao falar sobre o preço do gás natural,
o presidente declarou que “ninguém quer quebrar contrato gás, mas
temos que encontrar formas de reajustá-lo”.
Na esteira de elogios ao próprio governo, Bolsonaro afirmou que
o compromisso do Executivo é fomentar o livre mercado e lutar pela
meritocracia. “O Estado não existe para tutelar o povo, mas para
não atrapalhar”, enfatizou. Em um discurso que enaltece o que
classifica como “luta pela democracia e liberdade”, o presidente
citou as manifestações de 7 de setembro e disse que, “cada vez
mais, nos vemos obrigados para que cada um dos incisos do artigo 5
da constituição seja cumprido”. O artigo 5º da Constituição
assegura o direito à liberdade, igualdade, segurança e
propriedade.
Vacinas
Durante o evento, Bolsonaro voltou a negar que ele seja um
“negacionista da vacina”, mas continuou a colocar em xeque a
segurança dos imunizantes ao declarar que a maioria das vacinas
ainda estão com registro emergencial. Alegando estar respeitando a
liberdade individual, o presidente reforçou que o governo não vai
obrigar a imunização.
“Nós conseguimos a vacina para todos os brasileiros que acharem
que devem se vacinar, que se vacinem, mas respeitamos o direito
daqueles que, porventura, não querem se vacinar”, declarou,
renovando suas críticas à proposta do passaporte da vacinação.
Informações Estado
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