A Eletrobras informou, através de um ofício publicado pelo
Ministério de Minas e Energia, que o Conselho do Programa de
Parcerias de Investimento (CPPI) aprovou a resolução que trata
sobre o modelo de privatização da estatal.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:ELET3) (BOV:ELET5)
(BOV:ELET6) nesta terça-feira (19).
No documento foi informado que a privatização da estatal
ocorrerá no primeiro trimestre do próximo ano.
De acordo com a Eletrobras, o ofício tem a
apresentação em anexo com informações do conteúdo da Resolução nº
203/21.
Vale destacar que na véspera, a companhia de energia anunciou
que tinha uma reunião do CPPI agendada para hoje (19) para tratar
sobre o processo de privatização.
O Conselho do Programa de Parcerias de
Investimentos (CPPI) realizOU na terça-feira uma reunião para
tratar, dentre outros assuntos, de deliberações sobre o processo de
desestatização da Eletrobras, informou a
companhia.
→ A Eletrobras pretende divulgar os resultados do 3T21
no dia 10 de novembro.
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
Em relatório, assinado pelos analistas Carolina Carneiro e
Rafael Nagano, o Credit Suisse avaliou como positiva a aprovação da
Resolução de desestatização da Eletrobras.
Isso porque, segundo o banco, ajuda a Eletrobras a se aproximar
da privatização e, consequentemente, do cenário de “Céu Azul”, mais
positivo (com preço-alvo de R$ 65,00).
O Credit Suisse acredita que o governo ainda pode atingir sua
meta de privatizar a elétrica no primeiro semestre de 2022,
cronograma dependente do parecer justo do TCU sobre o processo.
Credit Suisse mantém recomendação neutra com
preço-alvo de R$ 45,00…
Goldman Sachs
Apesar de não apresentar muitas novidades, a aprovação do modelo
de desestatização da Eletrobras, na terça-feira, pelo Conselho do
Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), é um passo
importante na reestruturação da companhia e no potencial
destravamento de valor que pode trazer.
Os analistas Pedro Manfredini e Flavia Sounis escrevem que o
valor preliminar da oferta primária de ações que o governo vai
fazer, R$ 22,3 bilhões, não surpreende e deve ser suficiente —
considerando o valor de mercado atual em R$ 61,8 bilhões — para
reduzir a participação da União na empresa dos atuais 72% para
menos de 45%.
“Apesar de não fazer projeção sobre o resultado do processo, e
não incluímos o cenário de capitalização em nossa tese, vemos a
desestatização como um importante gatilho de valor pra a
Eletrobras”, escreve o banco americano.
Eles acreditam que a criação de valor virá com a renovação de
contratos de concessão sob termos de mercado, e não mais com o
sistema de cotas estabelecido em 2013, além de ganhos operacionais
e melhora na percepção dos investidores. O banco estima que a
criação de valor pode ficar em torno de R$ 22 bilhões a R$ 33
bilhões.
Os analistas falam que o cronograma para a efetuação da operação
é apertado, no primeiro trimestre de 2022, dependendo ainda de
aprovações dos acionistas, do Tribunal de Contas da União (TCU) e
da efetivação das reestruturações da Eletronuclear e Itaipu
Binacional.
Goldman Sachs tem recomendação de compra para as ações ON e PNB
de Eletrobras, com preços-alvos em R$ 48,00 e R$ 53,00…
Itaú BBA
Itaú BBA escreveu que os múltiplos da Eletrobras são muito
atraente nos atuais níveis de preço das ações, com grande potencial
de alta e potencial de baixa muito limitado.
Apesar do governo federal ter reiterado sua meta de concluir a
capitalização em fevereiro, o BBA está cético diante de todos os
desafios. O banco espera que a capitalização ocorra em março ou
abril.
Itaú BBA mantém recomendação de compra com preço-alvo
de R$ 52,90…
Safra
O processo de privatização da Eletrobras deve ser concluído no
primeiro trimestre de 2022, conforme estimado pelo cronograma,
prevê o Safra. O Conselho do Programa de Parceria para
Investimentos (CPPI) aprovou a resolução que define o modelo de
privatização da estatal, sujeita à aprovação do Tribunal de Contas
da União (TCU).
Os analistas mantiveram a recomendação de compra para as ações
da Eletrobras, afirmando que a privatização “trará vários
benefícios”, como redução de custos, melhor alocação de capital e
melhor gestão de passivos.
De acordo com o Safra, o modelo proposto também possui
importantes cláusulas de governança corporativa, como poison pills
que evitariam aquisições hostis, e limitação para acionistas
deterem até 10% do capital votante.
Safra tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$
55,30…
Eletrobras (ELET3): lucro líquido de R$ 2,5 bilhão no 2T21,
alta de 439%
A Eletrobras obteve lucro líquido de
R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre do ano, alta de 439% na
comparação anual. O lucro líquido recorrente, que considera ajustes
não mencionados nos destaques, teve alta de 601% no período, para
R$ 4,5 milhões na mesma base de comparação.
O lucro do 2T21 foi impactado positivamente pelos resultados em
transmissão, em decorrência da Revisão Tarifária Periódica com
efeitos a partir de julho de 2020 e pela melhora nos resultados de
geração devido, principalmente, ao aumento do volume e preços
praticados e novos contratos bilaterais do ACL e maior receita no
mercado de curto prazo decorrente da liquidação na CCEE devido ao
aumento do preço do PLD, e negativamente pelas provisões para
contingências de R$ 1.099 milhões, com destaque para R$ 600 milhões
relativos ao empréstimo compulsório.
A receita operacional líquida atingiu R$
7,959 milhões no 2T21, um crescimento de 49%, influenciada pelo
efeito na receita de transmissão da revisão tarifária, melhor
performance nos contratos bilaterais e maior de receita de
liquidação junto à CCEE.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização – avançou 61,7% na mesma comparação,
para R$ 3,222 bilhões. O Ebtida recorrente apresentou aumento
de 116%, de R$ 2.219 milhões no 2T20 para R$ 4.794 milhões no
2T21.
Informações EuQueroInvestir
ELETROBRAS ON (BOV:ELET3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Fev 2024 até Mar 2024
ELETROBRAS ON (BOV:ELET3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2023 até Mar 2024