A operadora TIM reportou lucro
líquido de R$ 993 milhões no terceiro trimestre deste ano,
mais que o dobro dos R$ 390 milhões registrados no mesmo período do
ano passado. Em termos normalizados, o lucro foi de R$ 474 milhões,
crescimento de 21,4%.
O Ebtida – lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização – somou R$ 2,53 bilhões entre julho
e setembro, avanço de 4,2% ante o mesmo período de 2020. O Ebitda
normalizado teve alta de 4,5%, para R$ 2,17 bilhões, com margem de
48%, ganho de 0,8 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre
do ano passado.
A receita líquida totalizou R$ 4,512 bilhões,
avanço de 2,8% sobre igual trimestre do ano anterior. A receita
líquida de serviços, por sua vez, avançou 4,2% na comparação anual,
para R$ 4,382 bilhões. Já a receita líquida de produtos registrou
queda de 28,3% na comparação entre os trimestres, impactada por uma
piora observada nos indicadores macroeconômicos no período e por
problemas de fornecimento de alguns equipamentos, informou a
companhia.
No acumulado dos nove primeiros meses de 2021, a receita líquida
ficou em R$ 13,259 bilhões contra R$ 12,590 bilhões do terceiro
trimestre de 2020, alta de 5,3%. Ainda conforme a empresa, a base
de clientes no terceiro trimestre chegou a 51,614 milhões, um
crescimento de 0,9% ante um ano antes, que era de 51,159
milhões.
Dessa base, os clientes pré-pagos apresentaram recuou de 0,6%;
enquanto os pós-pagos, um avanço de 2,9%, sempre na comparação
entre o terceiro trimestre encerrado em 30 de setembro de 2021 com
o mesmo de 2020.
A receita do serviço móvel totalizou R$ 4,096 bilhões, um
crescimento de 4,1% comparado com o mesmo período do ano passado. O
resultado, segundo a TIM, é explicado principalmente pela dinâmica
do Receita Média Mensal Por Usuário (ARPU Móvel)
que registrou crescimento de 4,4% na comparação anual e atingiu R$
26,5, refletindo o êxito na continuidade da estratégia da companhia
em monetizar sua base de clientes através das migrações para planos
de maior valor, em meio a uma performance destacada do segmento
pós-pago.
O resultado financeiro líquido da operadora
ficou negativo em R$ 211 milhões, uma melhora em relação ao
resultado financeiro negativo de R$ 244 milhões do terceiro
trimestre de 2020.
Os investimentos (capex) totalizaram R$ 897
milhões com a expansão da rede e a preparação para recebimento dos
ativos da Oi Móvel.
Cobertura 4G
A TIM destacou ainda que sua cobertura 4G chegou a 4.420
cidades, com expansão da frequência 700MHz para 3.744 cidades, além
da cobertura 4.5G para 1.595 cidades no 3T21.
De acordo com a empresa, tal expansão mantém “a trajetória de e
confirma a resiliência da TIM, mesmo em um cenário macroeconômico
ainda desfavorável”.
O resultado como um todo foi impulsionado “pela performance
consistente da Receita de Serviços”. Mas a TIM reconhece que “esse
crescimento foi impactado por uma base comparativa menor, uma vez
que os principias impactos da pandemia de Covid-19 ocorreram
durante o 2T20”.
VISÃO DO MERCADO
Ativa Investimentos
A TIM divulgou um resultado trimestral em linha com as nossas
estimativas. Houve crescimento de receita líquida, alavancado pelo
desempenho da receita de serviços, sobretudo o pós-pago móvel e a
receita de plataforma de clientes.
Com isso, o ebitda também apresentou crescimento, atingindo
margem de 48%, acima das margens dos trimestres anteriores. O lucro
líquido, por sua vez, apresentou bom crescimento, sustentando por
bom resultado operacional e de imposto de renda, mas impactado pelo
resultado financeiro, ficando levemente abaixo das nossas
estimativas.
Temos visão de compra para TIM. Em 2021, a tendência é de
retomada do crescimento, principalmente com a compra da operação
móvel da Oi, que trará mudanças importantes na dinâmica competitiva
do setor, o leilão do 5G e a chegada de um parceiro estratégico
para sua operação de fibra ótica.
“A TIM apresentou boa evolução digital no período, com
crescimento em vendas, recargas e pagamentos de faturas por meio de
canais digitais, além de redução de atendimento humano”, comenta.
Ele destaca que essas iniciativas são importantes para aumentar a
eficiência da empresa.
Nesse sentido, consideramos atrativa a entrada do papel nos
preços atuais uma vez que vemos boas oportunidades para o futuro,
tanto de forma inorgânica quanto orgânica.
Ativa tem recomendação de compra com preço-alvo em R$
17,60…
Bank of America
Os analistas do Bank of America mantiveram a recomendação de
compra para as ações da TIM ao avaliar que as receitas com
parcerias digitais da empresa de telecomunicações devem continuar
crescendo.
“As parcerias continuam a ganhar relevância com o registro de
contas abertas no Banco C6 e com outras diversas parcerias no
pipeline a serem lançadas nos próximos meses. A estratégia de
upsell também continua a ocorrer, suportando um maior aumento do
ARPU, que deve continuar com o aumento dos assinantes pós-pagos”,
disse o BofA em relatório divulgado hoje.
Ainda segundo o banco, a TIM deve continuar a se concentrar na
migração de FTTC (fibra para o gabinete) para FTTH (fibra para
casa) para enfrentar uma concorrência mais forte.
“A administração espera que o crescimento do TIM Live acelere
para dois dígitos durante 2022, mas sem maiores detalhes. No
futuro, a Companhia não planeja comprar pequenos ou grandes ISPs
(provedores de serviços de Internet), pois não seria capaz de
explorar as vantagens fiscais desse negócio”, explicou.
Por último, os analistas explicam que a maior parte dos
investimentos necessários para incorporar potenciais clientes de
M&A já foi realizada neste ano, portanto a TIM espera estar
pronta para atender os clientes assim que o negócio da Oi for
concluído.
“A segunda parte dos investimentos ocorrerá em 2022 e deve estar
relacionada ao rearranjo das torres da Oi, com pequenos impactos no
CAPEX que deve se manter em níveis mais normais”, finalizou o
BofA.
Credit Suisse
O Credit Suisse comentou que embora não sejam excelentes, os
resultados estão no caminho certo para atender às guidances e
indicam uma aceleração gradual da receita.
O banco diz que a TIM divulgou receita e Ebitda vieram em linha
com o consenso de mercado. A receita líquida aumentou 2,8% na
comparação anual e implicou em uma boa aceleração em relação ao 1º
trimestre. Já Ebitda cresceu 4,5% no trimestre, devido ao bom
controle de custos da companhia.
Segundo o banco, a TIM teve um bom desempenho no segmento
pós-pago com a receita crescendo 5,3%, beneficiando-se dos recentes
aumentos de preços.
Credit Suisse mantém recomendação de compra com
preço-alvo de R$ 20,00…
Goldman Sachs
A TIM registrou receita e Ebitda (lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) dentro das estimativas no
terceiro trimestre, de acordo com o Goldman Sachs. O banco, porém,
destaca como melhores que o esperado as despesas administrativas e
outras despesas de operações.
O relatório aponta que a receita ficou em linha com as
estimativas, impulsionada pelo crescimento do serviço móvel. O
Ebitda ajustado e a margem também ficaram dentro do esperado pelos
analistas.
Já o lucro líquido ajustado ficou 3% acima das projeções do
Goldman Sachs, em razão de resultados financeiros melhores do que o
esperado.
Os analistas Diego Aragão, Vitor Tomita e Joao Dutra destacam
ainda as despesas gerais e administrativas 10% abaixo do esperado,
refletindo maior controle de custos e digitalização, apesar da
inflação.
Já o indicador de outras despesas operacionais veio 4% abaixo do
estimado, beneficiada por menores impostos e contingências de
consumidores. As despesas com vendas e marketing, porém, superaram
em 5% as projeções do Goldman Sachs.
Goldman Sachs tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$
21,00…
→ Os resultados da
TIM (BOV:TIMS3) referentes às suas operações
do terceiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia
26/10/2021. Confira o Press release na
íntegra!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
TIM ON (BOV:TIMS3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
TIM ON (BOV:TIMS3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024