Aes Brasil (AESB3): lucro líquido de R$ 430,8 milhões
04 Novembro 2021 - 1:48PM
ADVFN News
Uma das maiores geradoras de energia do país, a AES Brasil
encerrou o terceiro trimestre de 2021 com um lucro
líquido de R$ 430,8 milhões, cifra mais de oito vezes
superior aos R$ 51,1 milhões apurados entre julho e setembro do ano
passado.
Segundo a empresa, o resultado se deve a contabilização de um
benefício fiscal, no valor de R$ 533 milhões, referente ao processo
de reorganização societária do grupo, com a incorporação da AES
Tietê pela AES Brasil Operações.
A receita líquida somou R$ 661,7 milhões no
3T21, alta de 29,9% em relação ao mesmo período do ano
anterior.
O custo de operação e despesas operacionais da AES Brasil
totalizaram R$ 118,4 milhões no terceiro trimestre de 2021, uma
elevação de 55,2% ante o mesmo intervalo de 2020.
No trimestre, os investimentos da companhia somaram R$ 238,1
milhões, incluindo juros de capitalização, uma alta de 678,3%
quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Entre 2021 e
2025, a empresa planeja investir o total de R$ 3,5 bilhões.
O Ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – alcançou R$ 92,1
milhões, queda de 70,5% no comparativo anual.
O desempenho do Ebitda refletiu principalmente o aumento das
compras de energia para fazer frente à situação hidrológica
adversa, que afeta o portfólio de ativos hídricos da companhia.
Entre julho e setembro, essas compras somaram R$ 451 milhões, ante
R$ 120,8 milhões registrados em igual período de 2020. Em volume,
foram 1.127 GWh, contra 487 GWh.
A dívida bruta consolidada da Companhia encerrou 30 de setembro
de 2021 em R$ 5.932,7 milhões, 24,5% superior à posição de dívida
bruta do mesmo período de 2020 (R$ 4.766,2 milhões), especialmente
em função da conclusão da aquisição dos Complexos Ventus, Mandacaru
e Salinas, com saldo atualizado de R$ 534,7 milhões, além dos juros
e atualizações monetárias incorridos entre os períodos.
Em 30 de setembro de 2021, as disponibilidades consolidadas
somavam R$ 730,1 milhões, montante inferior em 62,9% ao valor
registrado em 30 de setembro de 2020 (R$ 1.968,0 milhões), posição
anterior à liquidação referente ao passivo do GSF no montante de R$
1,3 bilhão.
A redução das disponibilidades reflete, além do desembolso
relativo ao GSF ocorrido em janeiro de 2021, a estratégia de
crescimento da Companhia por meio de fontes renováveis, com a
compra dos Complexos Eólicos Ventus, Mandacaru e Salinas, além da
aquisição e desenvolvimento dos projetos greenfield em construção,
contribuindo para o complemento do resultado e geração de
caixa.
A dívida líquida consolidada no final do 3T21 era de R$
5.202,6 milhões, montante superior em 85,9% à posição registrada no
mesmo período do ano anterior (R$ 2.798,2 milhões).
Dividendos
O diretor Vice-Presidente e de Relações com Investidores da AES
Brasil, Alessandro Gregori, disse que a empresa não fará
distribuição de dividendos referente ao período, uma vez que a
companhia está focada nos investimentos e a maioria do resultado
está sendo realizado ao longo do tempo.
“A ideia não é distribuir para focar nas atividades de
crescimento que temos”.
Os resultados da AES
Brasil (BOV:AESB3) referentes às suas
operações do terceiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia
04/11/2021.
VISÃO DO MERCADO
Morgan Stanley
O Morgan Stanley destaca que o Ebitda da AES Brasil veio cerca
de 30% abaixo das expectativas, principalmente devido à geração
eólica mais fraca do que o esperado, juntamente com compras de
energia acima do esperado.
O banco espera uma combinação de altos preços à vista e alto
déficit hídrico no período 2021-23, um cenário que afeta
negativamente os geradores hidrelétricos, uma vez que eles precisam
comprar energia para atender aos requisitos do contrato.
Morgan Stanley mantém recomendação de compra com preço-alvo de
R$ 16,00…
∗ Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
AES Brasil Energia ON (BOV:AESB3)
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