O Banco do Brasil registrou lucro líquido
ajustado de R$ 5,139 bilhões no terceiro trimestre de
2021, aumento de 2,0% frente ao segundo trimestre deste ano e
avanço de 47,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. O
ganho ficou acima da projeção de analistas, de R$ 4,704
bilhões.
Em comparação às projeções da Refinitiv para o lucro do Banco do
Brasil, que era de R$ 4,496 bilhões, o resultado veio 14,3% acima
das expectativas.
“Esse bom desempenho é explicado por menores despesas com
provisões de crédito, maiores receitas, com crescimento da margem
financeira bruta e das rendas com prestação de serviços, e sólido
controle das despesas administrativas.”
A margem financeira bruta somou R$ 15,68
bilhões, avanços de 9% e de 11,9% na comparação trimestral e anual
respectivamente. A carteira de crédito somava R$ 814,202 bilhões em
setembro, com avanços de 6,2% e 11,4%, respectivamente.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na
sigla em inglês) em termos ajustados foi de 14,3%, estável em
relação ao segundo trimestre de 2021 e ante dado de 10,4% no
terceiro trimestre de 2020.
O Índice de Basileia atingiu 19,34%, sendo 13,17% de capital
principal.
Segundo o BB, a Carteira de crédito ampliada
alcançou R$ 814,2 bilhões em setembro de 2021, uma evolução de 6,2%
na comparação com junho de 2021 e de 11,4% comparado ao mesmo
período do ano anterior.
Entre os itens, a carteira apresentou crescimento em todos os
segmentos, com destaque para as operações com o Agronegócio
(18,5%), MPME (24,6%) e Pessoas Físicas (14,2%).
A carteira Pessoa Física ampliada cresceu 5,7% em relação a
junho de 2021 e 14,2% na comparação anual, com destaque para a
performance positiva nas linhas de Crédito Consignado (+16,4%),
alcançando R$ 104,6 bilhões, Empréstimo Pessoal (+40,1%) e Cartão
de Crédito (+41,3%) na comparação anual.
Na Pessoa Jurídica houve crescimento de 4,3%. Entre os destaques
está a carteira MPME (+10,0%), influenciada pelos desembolsos de R$
8,1 bilhões nas linhas do Pronampe.
Já a carteira de grandes empresas foi impactada por liquidações
e o direcionamento para alternativas no mercado de capitais, com
crescimento nas operações com empresas com faturamento entre R$ 200
milhões e R$ 800 milhões, contribuindo positivamente para o mix da
carteira.
Em termos de qualidade da carteira, o índice de inadimplência
acima de 90 dias da carteira total ficou em 1,82%, inferior ao
patamar do SFN, com índice de cobertura de 323,3%.
O Banco do Brasil registrou inadimplência de
1,82% no terceiro trimestre, de 1,86% no segundo trimestre e 2,43%
em igual período de 2020. Em pessoa física, a inadimplência foi de
3,21%, ante 2,96% e 2,73%. Em pessoa jurídica, 1,53%, ante 1,80% e
1,99%. E em agronegócio, 0,71%, ante 0,74% e 2,84%.
Projeções
O Banco do Brasil ampliou em R$ 2 bilhões
a sua estimativa para o lucro líquido em 2021, mostra um comunicado
enviado ao mercado nesta terça-feira (9).
Com isso, a projeção saltou de um intervalo de R$ 17 bi a R$ 20
bi para R$ 19 bi a R$ 21 bi.
A expectativa de expansão da carteira de crédito, por sua vez,
saiu de 8% a 12% para 14% a 16%.
Dentro dessa linha, a variação dos negócios no varejo foi
revisada de 9% a 13% para 12,5% a 14,5%, o atacado das pessoas
jurídicas de 3% a 7% para 0% a 2% e o crédito rural de 11% a 15%
para 29% a 31%.
Os resultados do Banco do
Brasil (BOV:BBAS3) referentes às suas
operações do terceiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia
08/11/2021. Confira o Press release na
íntegra!
VISÃO DO MERCADO
Bradesco BBI
O Bradesco BBI avalia que os resultados vieram mistos,
impulsionado pelos ganhos de tesouraria e o NII com clientes foi
negativamente impactado por custos de captação mais elevados devido
ao aumento da taxa Selic.
Bradesco BBI mantém recomendação com preço-alvo de R$ 39,00…
Credit Suisse
O Credit Suisse acredita que os fortes resultados da tesouraria
do BB possam diminuir até certo ponto nos próximos trimestres, mas
isso poderá se normalizar em um nível mais alto devido à melhor
margem de depósito com base em taxas mais altas.
Credit Suisse mantém recomendação neutra com preço-alvo de
R$ 38,00…
Itaú BBA
O Itaú BBA avalia que os resultados do Banco do Brasil vieram
melhores do que o esperado, com destaque para o crescimento da
carteira de crédito de boa qualidade, receitas de serviços e
despesas controladas.
Itaú BBA mantém recomendação market perform com
preço-alvo de R$ 37,00…
XP Investimentos
A XP avalia que o banco reportou bons resultados em todas as
áreas, com destaque para o lucro líquido muito acima do
esperado. De acordo com a XP, o resultado impulsionado
principalmente por uma maior Margem Financeira, devido ao
crescimento de sua carteira de crédito, enquanto as despesas
permaneceram estáveis apesar do aumento da massa salarial e da
expansão da carteira.
XP mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$
52,00.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
BANCO DO BRASIL ON (BOV:BBAS3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
BANCO DO BRASIL ON (BOV:BBAS3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024