Petrobras finaliza venda da RLAM e de seus ativos logísticos na Bahia para a MC Brazil Downstream Participações
01 Dezembro 2021 - 9:29AM
ADVFN News
A Petrobras que finalizou a venda da Refinaria Landulpho Alves
(RLAM) e seus ativos logísticos associados, localizados no estado
da Bahia, para a MC Brazil Downstream Participações, empresa do
grupo Mubadala Capital.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:PETR3) (BOV:PETR4)
nesta terça-feira (30).
“Após o cumprimento de todas as condições precedentes, a
operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão para a
Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão,
ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das
variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o
fechamento da transação”, destacou a companhia.
Segundo a estatal, o contrato ainda prevê um ajuste final do
preço de aquisição, que se espera seja apurado nos próximos
meses.
A Petrobras salientou que esta venda está em consonância com a
Resolução nº 9/2019 do Conselho Nacional de Política Energética,
que estabeleceu diretrizes para a promoção da livre concorrência na
atividade de refino no país, e integra o compromisso firmado pela
Petrobras com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
para a abertura do setor de refino no Brasil.
De acordo com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, a
conclusão da venda reflete a importância da gestão de portfólio e
fortalece a estratégia da companhia.
“Essa operação de venda é um marco importante para a Petrobras e
o setor de combustíveis no país. Acreditamos que, com novas
empresas atuando no refino, o mercado será mais competitivo e
teremos mais investimentos, o que tende a fortalecer a economia e
gerar benefícios para a sociedade”.
A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação,
assumirá a partir de 01 de dezembro de 2021 a gestão da RLAM, que
passou a se chamar Refinaria de Mataripe.
A Petrobras continuará apoiando a Acelen nas operações da
refinaria durante um período de transição.
VISÃO DO MERCADO
Bank of America
A venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), concluída pela
Petrobras ontem, indica que a companhia deve avançar em seu plano
de desinvestimentos e aumentar a competitividade. A análise é do
Bank of America, que aponta também uma melhor perspectiva para
pagamento de dividendos.
O analista Frank McGann destaca que a venda da refinaria,
avaliada em US$ 1,8 bilhão, é a primeira operação do tipo concluída
pela companhia. De acordo com o BofA, a operação deve dar
credibilidade ao plano de desinvestimento que inclui oito
refinarias.
As alienações da refinaria de xisto e da Refinaria de Isaac
Sabbá (Reman) devem ser finalizadas no ano que vem, enquanto as
unidades de Alberto Pasqualini e Presidente Vargas podem ser
vendidas apenas após o período eleitoral.
O BofA destaca ainda que a venda dos ativos coloca a Petrobras
em uma “saudável posição financeira”, com maior compromisso com o
pagamento de dividendos.
“Apesar da incerteza das eleições de 2022, as fortes tendências
operacionais, além de uma forte geração de fluxo de caixa livre e
alto rendimento de dividendos devem ser positivos para o desempenho
das ações”, afirma o analista.
A recomendação do Bank of America para os papéis preferenciais
da Petrobras é de compra, com preço-alvo de R$ 43,50, o que
representa potencial de alta de 43% ante a cotação registrada há
pouco. Os recibos de depósito (ADRs) têm preço-alvo de US$ 15,50,
potencial de alta de 39,6%.
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