A Petrobras que finalizou a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos associados, localizados no estado da Bahia, para a MC Brazil Downstream Participações, empresa do grupo Mubadala Capital.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nesta terça-feira (30).

“Após o cumprimento de todas as condições precedentes, a operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão para a Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação”, destacou a companhia.

Segundo a estatal, o contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que se espera seja apurado nos próximos meses.

A Petrobras salientou que esta venda está em consonância com a Resolução nº 9/2019 do Conselho Nacional de Política Energética, que estabeleceu diretrizes para a promoção da livre concorrência na atividade de refino no país, e integra o compromisso firmado pela Petrobras com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para a abertura do setor de refino no Brasil.

De acordo com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, a conclusão da venda reflete a importância da gestão de portfólio e fortalece a estratégia da companhia.

“Essa operação de venda é um marco importante para a Petrobras e o setor de combustíveis no país. Acreditamos que, com novas empresas atuando no refino, o mercado será mais competitivo e teremos mais investimentos, o que tende a fortalecer a economia e gerar benefícios para a sociedade”.

A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, assumirá a partir de 01 de dezembro de 2021 a gestão da RLAM, que passou a se chamar Refinaria de Mataripe.

A Petrobras continuará apoiando a Acelen nas operações da refinaria durante um período de transição.

VISÃO DO MERCADO

Bank of America

A venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), concluída pela Petrobras ontem, indica que a companhia deve avançar em seu plano de desinvestimentos e aumentar a competitividade. A análise é do Bank of America, que aponta também uma melhor perspectiva para pagamento de dividendos.

O analista Frank McGann destaca que a venda da refinaria, avaliada em US$ 1,8 bilhão, é a primeira operação do tipo concluída pela companhia. De acordo com o BofA, a operação deve dar credibilidade ao plano de desinvestimento que inclui oito refinarias.

As alienações da refinaria de xisto e da Refinaria de Isaac Sabbá (Reman) devem ser finalizadas no ano que vem, enquanto as unidades de Alberto Pasqualini e Presidente Vargas podem ser vendidas apenas após o período eleitoral.

O BofA destaca ainda que a venda dos ativos coloca a Petrobras em uma “saudável posição financeira”, com maior compromisso com o pagamento de dividendos.

“Apesar da incerteza das eleições de 2022, as fortes tendências operacionais, além de uma forte geração de fluxo de caixa livre e alto rendimento de dividendos devem ser positivos para o desempenho das ações”, afirma o analista.

A recomendação do Bank of America para os papéis preferenciais da Petrobras é de compra, com preço-alvo de R$ 43,50, o que representa potencial de alta de 43% ante a cotação registrada há pouco. Os recibos de depósito (ADRs) têm preço-alvo de US$ 15,50, potencial de alta de 39,6%.

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