Eletrobras: privatização da companhia apresenta falhas e deve ficar para 2023
15 Dezembro 2021 - 3:52PM
ADVFN News
A dificuldade de aprovação da capitalização da Eletrobras e seus
inúmeros “jabutis” identificados pelo Tribunal de Contas da União
(TCU) reduziu ainda mais a possibilidade de sucesso da venda da
estatal, avaliou o coordenador do Grupo de Estudo do Setor Elétrico
(Gesel) da UFRJ, Nivalde de Castro. Para ele, o processo já “micou
completamente”, e se houver privatização será em 2023.
Nivalde explica que o TCU é a última barreira do setor público
para esse processo, e por não ser um órgão político, dificilmente
vai aprovar a capitalização da holding de energia como foi
apresentada.
Além dos chamados “jabutis”, emendas alheias ao objeto
principal, ou seja, a venda da Eletrobras (BOV:ELET3) (BOV:ELET5)
(BOV:ELET6), existem falhas na avaliação do especialista como o
preço estipulado para o mercado livre e a revisão da garantia
física das hidrelétricas da Eletrobras. “O governo quer garantias
físicas elevadas para aumentar o valor da outorga da Eletrobras,
mas os agentes não querem porque isso é um prejuízo que vai ter que
ser dividido”, informou.
Ele destacou também que o TCU não vai querer decidir nada com
pressa e o ano já está no final, o que deixa o processo para 2022,
ano eleitoral, que deve dificultar ainda mais a venda da companhia.
“A partir de abril nesse País não se faz mais nada por causa das
eleições. A avaliação do Gesel é que essa venda fica para 2023”,
afirmou.
O julgamento da capitalização da Eletrobras pelo TCU começou na
manhã desta quarta, com o relator pedindo estudos sobre o impactos
da privatização para os consumidores e o ministro Vital do Rêgo
sinalizando que vai pedir vistas do processo, o que atrasaria ainda
mais a venda.
Informações Broadcast
ELETROBRAS ON (BOV:ELET3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
ELETROBRAS ON (BOV:ELET3)
Gráfico Histórico do Ativo
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