MRV acredita que 2021 provou a força de sua plataforma habitacional, com atuação mais diversificada que a vista no passado
18 Janeiro 2022 - 2:59PM
ADVFN News
Com resultados recordes em lançamentos e vendas líquidas no ano
passado, a MRV&Co, que reúne MRV, AHS, Urba e Luggo, acredita
que 2021 provou a força de sua “plataforma habitacional”, com
atuação mais diversificada que a vista no passado. E que há espaço
para mais.
Entre outubro e dezembro do ano passado, o grupo fez lançamentos
com valor de R$ 3,2 bilhões, e fechou o ano com R$ 9,4 bilhões
lançados, um recorde histórico. Em vendas líquidas, foram R$ 2,4
bilhões no quarto trimestre, e R$ 8,1 bilhões no ano – outro
recorde.
A MRV (BOV:MRVE3) atribui o desempenho à diversificação de
fontes de receita. Com a compra da AHS, fechada em 2019, a
incorporadora colocou os pés nos Estados Unidos, aproveitando o
potencial do mercado na região da Flórida e também a valorização do
dólar. Em paralelo, nos últimos anos, investiu nas subsidiárias
Urba, de loteamentos, e Luggo, de construção de imóveis para
locação.
“Isso aumenta o potencial de diversificação da companhia e a
capilaridade, porque se o cliente entrar em uma loja da MRV e
quiser comprar um lote ou um apartamento, ele tem a oportunidade”,
disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo
Estado) o copresidente da empresa, Eduardo Fischer. No quarto
trimestre, 46,1% das vendas anualizadas da companhia foram
realizadas fora do Casa Verde e Amarela. Um ano antes, o programa
financiado com recursos do FGTS respondia por 81,8% das vendas
líquidas da empresa.
A AHS, braço do Grupo MRV que trabalha com aluguel residencial
nos Estados Unidos, deve impulsionar ainda mais essa
diversificação. A empresa acredita que até 2026 a incorporadora dos
EUA pode chegar a uma produção anual de 8 mil unidades. “A AHS pode
alcançar o tamanho da MRV, em vendas, daqui a três ou quatro anos”,
diz Fischer.
Ele destaca ainda o acordo entre a MRV e Brookfield para que a
firma canadense de investimentos compre 5,1 mil unidades
construídas pela Luggo ao longo dos próximos anos, por R$ 1,26
bilhão. Os dois primeiros empreendimentos já foram vendidos no
quarto trimestre, com R$ 106 milhões em vendas.
Aumento de preços
A MRV mantém cautela nos reajustes de preço dos imóveis. Segundo
o Fischer, os aumentos estão mais graduais neste ano que em 2021,
para não afastar o consumidor de baixa renda. “O movimento de
margem deve ser mais lento. A recomposição vai acontecer, mas
talvez mais em 2023 que em 2022.”
Preservar a demanda deste público é importante em um momento de
alta da taxa básica de juros. Fischer lembra que os financiamentos
do Casa Verde e Amarela, atrelados ao FGTS, não sofrem influência
da elevação da Selic, ao contrário do que ocorre nos financiamentos
com recursos da poupança.
Ele acredita que a elevação dos juros básicos tende a ser mais
desafiadora para a Luggo, dado que o investimento em imóveis em
busca da renda de aluguéis “concorre” com a renda fixa. O negócio
com a Brookfield, porém, reduz a preocupação da empresa com este
possível impacto.
Covid
A MRV ainda não sente os efeitos da nova onda da covid-19 em
seus canteiros de obra. Fischer lembra que o mês de janeiro costuma
ser de menor produção, com muitos trabalhadores de férias, um
cenário que tende a se estender até meados de fevereiro.
Em São Paulo, segundo o Sinduscon, que representa as empresas do
setor, os casos confirmados da doença atingem apenas 0,31% dos
trabalhadores em canteiros de obra do setor, e os suspeitos, 0,66%
da mão de obra.
Informações Broadcast
MRV ON (BOV:MRVE3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
MRV ON (BOV:MRVE3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024