MRV reporta vendas consolidadas de R$ 1,743 bilhão no 1T22
18 Abril 2022 - 11:03PM
ADVFN News
A MRV Engenharia e Participações divulgou a prévia operacional
do 1T22.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:MRVE3) nesta
segunda-feira (18).
A MRV&Co reportou vendas R$ 1,743 bilhão no 1T22, um
resultado recorde, e superior em 7,6% ao do 1T21. Em relação ao
1T20, a alta foi de 4,2%.
Os lançamentos atingiram VGV (valor geral de vendas) de R$ 1,735
bilhão entre janeiro e março deste ano, aumento de 1,4% na
comparação com igual etapa de 2021, mas recuo de 46,5% frente ao
4T21.
A MRV&Co destacou que segue expandindo suas diversas linhas
de negócios e, no 1T22, alcançou 47,7% de suas vendas fora do
Programa Casa Verde e Amarela, nos últimos 12 meses.
“Dentro dessa visão (1T22 LTM), as vendas da operação da AHS,
nos EUA, totalizam 24% da operação da MRV&Co e as vendas com
funding do SBPE já ultrapassaram 20% do total vendido, o que
reafirma a capacidade da companhia de acessar diversas fontes de
funding e mercados”, afirmou a MRV.
VISÃO DO MERCADO
Bradesco BBI
Os números operacionais da MRV no primeiro trimestre vieram
sazonalmente mais fracos, ainda sem as mudanças no programa Casa
Verde e Amarela, diz o Bradesco BBI. O banco destaca a queima de R$
834 milhões em caixa da companhia no período, para contornar a alta
nos materiais de construção.
Os analistas Bruno Mendonça e Pedro Lobato escrevem que
companhias inseridas no mercado imobiliário de baixa renda vão ter
margens impactadas com a alta nos custos, mas que a MRV ainda verá
seus resultados sustentados pela diversificação dos seus negócios,
em especial a AHS e Luggo.
Bradesco BBI mantém recomendação de compra com preço-alvo a R$
21,00…
Citi
A MRV reportou velocidade de vendas razoável do negócio
principal, de 14,6% no primeiro trimestre de 2022, alta de 2,8
pontos percentuais em base anual, o que foi ofuscado pelo fluxo de
caixa livre negativo de R$ 834 milhões, agravado pela queima de
caixa de R$ 354 milhões, avalia o Citi, em relatório.
“A queima de caixa do negócio principal da MRV é a surpresa
negativa do trimestre, que a empresa atribui parcialmente à
pré-compra de materiais, antecipando o pipeline de construção do
ano em meio aos preços instáveis das commodities”, escrevem os
analistas Andre Mazini e Renata Cabral.
Eles destacam que a AHS continua sendo o principal impulsionador
do consumo de caixa, com fluxo de caixa livre negativo em R$ 548
milhões, ante R$ 319 milhões no primeiro trimestre de 2021,
enquanto a Urba se destaca como o único segmento gerador de caixa
no trimestre, com R$ 102 milhões positivo no primeiro trimestre
deste ano.
“Vale ressaltar que o fluxo de caixa livre do trimestre foi
suportado pela venda de recebíveis no valor de R$ 104 milhões na
Urba e R$ 66 milhões no negócio principal da MRV – a empresa espera
mais monetização do portfólio ao longo do ano”, dizem os
analistas.
Ainda segundo eles, a receita líquida excluindo AHS foi de R$
1,52 bilhão no trimestre, queda de 6% em base anual, com cerca de
8,8 mil unidades vendidas a um preço médio de R$ 175 mil, avanço de
4,7%. O pequeno aumento de preço é apoiado pelo papel dos
empreendimentos Sensia fora dos limites do programa Casa Verde e
Amarela (CVA), que respondeu por 23% das unidades vendidas no
trimestre, escrevem.
Citi mantém recomendação de compra com preço-alvo a R$
14,00…
XP Investimentos
A MRV registrou números operacionais resilientes no primeiro
trimestre deste ano, impulsionados pelo desempenho da subsidiária
americana AHS. A análise é da XP.
O analista Ygor Altero aponta que a companhia concluiu a venda
do projeto Coral Reef e destacou que a AHS tem três projetos em
negociação, totalizando US$ 300 milhões em vendas potenciais. Para
a XP, os projetos devem continuar a sustentar o desempenho da
empresa nos próximos trimestres.
Por outro lado, a MRV registrou alta de 21,2% na queima de caixa
em relação ao quarto trimestre de 2021, em razão da antecipação de
aquisição de materiais de construção. A operação teve o objetivo de
diminuir o impacto de novos aumentos de preços.
Já a AHS viu o consumo de caixa saltar mais de seis vezes em
relação ao quarto trimestre, em razão da “forte expansão” da
operação.
XP mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$
19,00…
Informações FinanceNews
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