A empresa de logística JSL registrou lucro líquido de R$ 33 milhões no primeiro trimestre de 2022, o representou margem de 2,5%, informou a companhia em comunicado. Excluindo-se os efeitos da amortização da alocação do preço das aquisições, o ganho ajustado atingiu R$ 37,2 milhões, com margem de 2,9%.

Ramon Alcaraz, CEO da JSL, disse em entrevista a InfoMoney, que o resultado do lucro líquido é fruto do crescimento da dívida em R$ 1,3 bilhão, em função de capex de R$ 750 milhões ao longo do ano passado e de aquisições que entraram no período.

A receita líquida  atingiu R$ 1,3 bilhão e teve alta de 49% na comparação com o 1T21. “A evolução dos indicadores desde o IPO mostra o acerto da nossa estratégia”, afirma Alcaraz.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – de R$ 219,5 milhões, 71,4% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2021 (1T21). A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ficou em 17,3%, com expansão de 2,3 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior e positiva 0,5 p.p. em relação ao último trimestre do ano passado.

Segundo a JSL, foram R$ 700 milhões de novas receitas contratadas no 1T22. O crescimento orgânico da companhia foi de 21%.

No primeiro trimestre, a receita bruta de R$ 1,5 bilhão, 47% maior que o 1T21. Tal crescimento é uma combinação entre a consolidação das três empresas adquiridas no segundo semestre de 2021 (TPC, Rodomeu e Marvel) e o crescimento orgânico da JSL, Fadel e Transmoreno que já estavam consolidadas nos números do 1T21. A receita do trimestre veio em linha com o 4T21, mesmo com os impactos da sazonalidade, uma vez que as maiores demandas, historicamente, ocorrem no último trimestre do ano.

O resultado financeiro líquido foi de R$ -112,3 milhões, maior que o trimestre anterior. Este resultado equivale a 8,7% da receita líquida (+5,00 p.p. vs. 1T21), como consequência da elevação da taxa CDI que passou de 2,65% a.a. ao final de mar/21 para 11,65% a.a. ao final de mar/22 (+9,0 p.p).

retorno sobre capital investido (ROIC) UDM no 1T22 foi 13,9%, considerando os números combinados. Este indicador apresenta um crescimento de +0,4p.p. em relação ao trimestre anterior e +4,8p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. E, mais uma vez reforça nosso compromisso com o crescimento sem abrir mão da rentabilidade.

O capex líquido do período fechou em R$ 214 milhões fazendo frente à implantação dos novos contratos vendidos. A venda de ativos no patamar de R$ 30 milhões, apesar de estar 94% maior que no 1T21, destacando que alguns dos nossos clientes, pela dinâmica atual do mercado, têm solicitado a postergação dos nossos contratos com a manutenção dos ativos em operação.

A companhia encerrou o trimestre com uma posição de caixa de R$ 1,054 bilhão, considerando as linhas contratadas e não sacadas de R$ 365 milhões.

A dívida liquida da JSL saltou de R$ 1,628 bilhão no 1T21 para R$ 2,959 bilhões no 1T22. A relação dívida líquida-Ebitda foi de 2,4 vezes no primeiro trimestre do ano passado para 3,1 vezes no 1T22.

“Isso, associado a uma taxa de juros que saiu de 2% no 1T21 para 12% no 2T22, seis vezes mais…”, justificou o executivo. “A taxa de juros não vai ficar alta para sempre”.

Os resultados da JSL (BOV:JSLG3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 04/05/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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