A Eneva registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 184,8 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 9% em relação a igual período no ano anterior.

A receita líquida da companhia totalizou R$ 759,0 milhões, queda de 20,2% na comparação anual.

ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado cresceu 10,1% no 1T22, totalizando R$ 491,4 milhões. Já a margem Ebitda ajustada atingiu 64,7% nos três primeiros meses do ano, alta de 17,8 p.p. frente a margem registrada em 1T21.

O crescimento se deveu principalmente à ampliação das margens fixas das usinas; contabilização de R$ 121,8 milhões na Holding devido à Compra Vantajosa da Focus; contabilização de R$ 21,2 milhões na Comercializadora da posição marcada a mercado dos contratos futuros de energia; e não realização de custos relativos ao ressarcimento de lastro, tal como ocorrido no 1T21, em função da indisponibilidade da UTE Parnaíba II naquele período.

Esses fatores mais do que compensaram os seguintes efeitos redutores de EBTIDA no período: não geração de energia pelas usinas da Companhia durante todo o trimestre, à exceção da UTE Jaguatirica, devido ao elevado volume de chuvas desde o 4T21, com recuperação do nível de armazenamento dos reservatórios do país; e crescimento das despesas gerais e administrativas da Holding, associadas, principalmente, ao processo de incorporação e integração da Focus e contratação de pessoas e serviços para amparar a estratégia de crescimento da Companhia.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 99,4 milhões no primeiro trimestre de 2022, um crescimento de 142,4% em relação a mesma etapa de 2021.

Segundo a Eneva, a variação negativa no período foi decorrente, principalmente pelo aumento de R$ 67,8 milhões nas despesas com juros sobre debêntures, devido à 7ª emissão de debêntures realizada pela Companhia no trimestre e ao aumento do CDI acumulado do 1T22 comparado ao acumulado do 1T21 (CDI acumulado 3 meses de 2,39% no 1T22 e de 0,48% no 1T21), impactando diretamente os encargos gerados por todas as debêntures emitidas indexadas a esse indicador; crescimento de R$ 12,4 milhões nas despesas com encargos de dívida, decorrente do aumento do CDI e do reconhecimento no resultado de uma parcela referente ao mês de março de juros, correção monetária e encargos referentes aos financiamentos de Azulão-Jaguatirica, que anteriormente eram classificados no Imobilizado, em decorrência da entrada parcial em operação do sistema.

Ressalta-se que as linhas de Encargos e Dívidas e de Juros sobre debêntures ainda não estão sendo impactadas pelos encargos relacionadas aos financiamentos dos projetos ainda não operacionais (Parnaíba V, Parnaíba VI e uma parcela do total de Azulão-Jaguatirica), que estão sendo capitalizados até o início da operação comercial.

A piora do resultado financeiro foi parcialmente compensada pelo aumento de R$ 37,3 milhões nas receitas de aplicações financeiras como reflexo do aumento verificado no CDI médio no período, bem como pela redução de R$ 6,7 milhões nas despesas com variação cambial e monetária.

As despesas operacionais somaram R$ 139,8 milhões no 1T22, um crescimento de 40,9% em relação ao mesmo período de 2021.

A Eneva investiu R$ 1,742 bilhão no primeiro trimestre de 2022, uma elevação de 327,6% na comparação com igual etapa de 2021.

A dívida líquida da companhia ficou em R$ 8,6 bilhões no final de março de 2022, um aumento de 61,9% em relação ao mesmo período de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,8 vezes em março/22, queda de 0,5 vezes em relação ao mesmo período de 2021.

Os resultados da Eneva (BOV:ENEV3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 12/05/2022. Confira o Press Release completo!

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