A Via, dona das Casas Bahia e do Ponto, enfrenta uma nova crise interna provocada por Michael Klein, dono de 10% da empresa e filho do fundador, Samuel Klein, três anos depois de ter deixado a presidência do conselho de administração da companhia, hoje ocupada pelo seu filho, Rafael.

A briga foi exposta em duas manifestações — uma do próprio Michael Klein e outra da diretoria da empresa — protocoladas hoje na CVM pela Via (BOV:VIIA3).

Em sua manifestação, de 12 páginas, Klein acusa os administradores da empresa de terem aprovado uma remuneração de R$ 105 milhões para a diretoria executiva, o que representa um aumento de 64% em relação ao ano passado. Klein afirma ainda que essa remuneração está acima da media do mercado e não corresponde ao desempenho da empresa.

A Via, em sua resposta, procura desconstruir todos os argumentos apontados por Klein. O mais relevante diz respeito à questão da remuneração.

A Via chama a atenção para pelo menos três problemas no questionamento do acionista. O primeiro deles é de que, em sua argumentação, Klein utiliza valores nominais, sem descontar a inflação do período. Diante disso, o aumento, na verdade, seria de 20%.

Além disso, argumenta a Via, Klein compara o teto aprovado neste ano para a remuneração da diretoria, que depende do desempenho da ação, com o que foi pago no ano anterior, o que provoca uma distorção em relação à 2021.

⇒ A Via pretende divulgar os resultados do 2T22 no dia 11 de agosto.

Informações OGlobo

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