O Bradesco teve lucro líquido recorrente
de R$ 7,04 bilhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), alta
de 11% na comparação com igual período de 2021, informou o segundo
maior banco privado do país.
O resultado foi impulsionado pela recuperação da sua área de
seguros e pela forte contenção de gastos. Ainda assim, a
inadimplência e as despesas com provisões para devedores duvidosos
(PDD) cresceram, e a margem com o mercado despencou, a ponto de
ficar negativa. Já a margem com clientes segue em forte
recuperação, ajudada pela expansão da carteira e pela elevação dos
spreads, com o movimento de alta dos juros e a mudança de mix para
linhas de maior retorno.
O lucro contábil do Bradesco atingiu R$ 7,07 bilhões entre abril
e junho, o equivalente a um incremento de 18,4% contra mesmo
período de 2021. O lucro ficou 6,7% acima das projeções dos
analistas ouvidos pela Broadcast,
A margem financeira do Bradesco atingiu R$ 16,3 bilhões, com a
margem com clientes evoluindo mais de 25,8% no trimestre e
atingindo um spread de 10%. O indicador mede os ganhos da
instituição com operações que rendem juros. O crescimento veio da
margem com clientes, que teve salto de 25,8%, para R$ 16,947
bilhões.
Em base anual, o banco viu sua margem financeira subir 4%, para
R$ 16,361 bilhões.
No trimestre, a margem financeira com clientes atingiu R$ 16,9
bilhões, alta de 25,8% em doze meses e de 7,1% na comparação
trimestral. As operações de seguros tiveram resultado de R$ 3,7
bilhões (+136% versus o 2T21) e ROAE (Retorno sobre o patrimônio
líquido médio) trimestral de 20,9%, favorecidas pelo crescimento do
faturamento (+19% versus 2T21) e pelo resultado financeiro,
destacou o banco.
A carteira de crédito expandida atingiu R$ 855
bilhões (+18% versus o 2T21), com destaque para as operações de
pessoas físicas, principalmente produtos de cartão de crédito e
crédito pessoal/consignado, informou a instituição financeira.
“Em linha com essa evolução e em um movimento já esperado – dado
o mix da carteira, que conta com operações mais rentáveis, e a alta
nos juros/inflação – as despesas com PDD [provisão para devedores
duvidosos] e índices de inadimplência também apresentaram
crescimento”, apontou o banco.
O estoque de PDD totalizou R$ 48,8 bilhões, representando
7,7% da carteira de crédito, o equivalente a um índice de cobertura
para créditos vencidos acima de 90 dias de mais de 218%. Já a PDD
expandida entre abril e junho foi de R$ 5,313 bilhões, alta de
52,4% na base de comparação anual.
A carteira renegociada apresentou crescimento de 3,6% no
trimestre, totalizando R$ 31,4 bilhões. A inadimplência acima de 90
dias da carteira renegociada recuou 0,5 p.p. em relação ao último
trimestre “e se mantém em níveis inferiores ao período
pré-pandemia, em decorrência do aprimoramento das jornadas digitais
e da implantação de novos algoritmos que permitem antecipar as
necessidades e prover as melhores soluções aos nossos clientes”,
apontou o banco.
Por outro lado, a tesouraria do Bradesco, cujo resultado está na
chamada margem com mercado, teve perda de R$ 587 milhões no segundo
trimestre, ante ganho de R$ 2,267 bilhões no mesmo intervalo de
2021. Segundo o banco, o aumento do CDI impactou as estratégias de
gestão de ativos e passivos, embora o capital de giro próprio tenha
gerado maior resultado.
As despesas operacionais permaneceram estáveis no trimestre e
cresceram 4,9% em 12 meses, abaixo da inflação acumulada do período
– IPCA 11,9% e IGP-M 10,7%.
O retorno anualizado sobre patrimônio líquido
médio (ROAE) teve alta de 0,5 ponto percentual e
alcançou 18,1% no período. O Retorno Anualizado sobre Ativo Médio
(ROAA) foi de 1,6%, apenas 0,1 ponto percentual acima do resultado
do 2T21, e em linha sobre o 1T22.
A inadimplência acima de 90 dias teve avanço de 0,3 ponto
percentual na comparação trimestral, indo de 3,2% para 3,5%,
enquanto subiu 1 ponto frente junho de 2021.
Em comentários enviados após a divulgação do balanço, o
presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, afirmou
que o banco fez ajustes nos modelos de risco de crédito no últimos
trimestres.
“Assim devemos crescer em ritmo mais moderado, mas mantendo a
rentabilidade de nosso portfólio”, afirmou “Estamos com o balanço
bem provisionado para o momento atual do ciclo de crédito, o que
deve permitir a manutenção de um nível de retorno consistente.”
No trimestre, a margem financeira com clientes atingiu R$ 16,9
bilhões, alta de 25,8% em doze meses e de 7,1% na comparação
trimestral. As operações de seguros tiveram resultado de R$ 3,7
bilhões (+136% versus o 2T21) e ROAE (Retorno sobre o patrimônio
líquido médio) trimestral de 20,9%, favorecidas pelo crescimento do
faturamento (+19% versus 2T21) e pelo resultado financeiro,
destacou o banco.
Os resultados da Bradesco (BOV:BBDC3) (BOV:BBDC4) referentes
suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia
04/08/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
BRADESCO PN (BOV:BBDC4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
BRADESCO PN (BOV:BBDC4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024