O grupo de medicina diagnóstica Fleury reportou lucro líquido de R$ 70,5 milhões no segundo trimestre, o que representa um crescimento de 7,6% quando comparado ao mesmo período de 2021.

A alta do lucro acompanha, em parte, o avanço de 19,3% da receita líquida na mesma base, que chegou a R$ 1,1 bilhão. “Tal evolução é consequência do crescimento orgânico de 10% e da receita provinda de aquisições recentes, como a Pretti e a Bioclínico, de medicina diagnóstica”, explica a companhia.

A receita líquida entre abril e junho chegou a R$ 1,1 bilhão, 19,3% a mais do que o segundo trimestre de 2021. Já a bruta atingiu o recorde de R$ 1,2 bilhão, também um crescimento anual de 19%. Com isso, a receita acumulada da empresa subiu 20% no primeiro semestre de 2022 em relação aos seis primeiros meses do ano passado.

“O crescimento de receita não é proveniente de estoque de exames não realizados durante a pandemia. Tivemos crescimento orgânico, as aquisições e ganho de ‘market share’. Esse aumento de participação de mercado veio, inclusive, de marcas mais maduras como o Fleury, que cresceu 14,2% quanto da bandeira a+, que em São Paulo, cresceu 16%”, disse Jeane.

Entre abril e junho, o grupo empresarial apostou na incorporação das redes Fleury e Hermes Pardini (PARD3), negócio que ainda depende de aprovação dos órgãos reguladores. “A nova companhia amplia o protagonismo em medicina diagnóstica, tornando-se um dos principais players de saúde, com atuação ao longo da cadeia de valor e liderança na coordenação da jornada integrada dos pacientes”, destaca a administração.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – recorrente subiu 19,6% para R$ 298 milhões. A margem do respectivo indicador ficou em 26,8%, aumento de 0,8 ponto percentual sobre igual trimestre do ano passado.

O lucro bruto atingiu R$ 300,4 milhões com aumento de 16,3% e margem bruta de 27,0% com contração de 69 bps.

Este comportamento é explicado principalmente por:

  • Pessoal e Serviços Médicos (-44 bps): Apesar da entrada de novas aquisições, esta despesa apresentou diluição de 44 bps frente ao mesmo período do ano passado.
  • Serviços com Ocupação e Utilidades (+ 94 bps): A linha é composta majoritariamente por custos fixos que tendem a ser diluídos com o crescimento da Companhia. A elevação também reflete aquisições feitas no período.
  • Material Direto e Intermediação de Exames (-33 bps): Reflete principalmente a mudança de mix pela incorporação de novas aquisições, conforme detalhado acima.
  • Depreciação e Amortização (-81 bps): O aumento se refere principalmente à amortização de sistemas e efeito esperado de aquisições.

Os custos dos serviços prestados ficou em R$ 811,4 milhões, ante R$ 673,8 milhões no segundo trimestre de 2021, com destaque para os maiores gastos com pessoal e serviços médicos, que subiram 20,8%¨, para R$ 382,2 milhões. Os custos de serviços de ocupação e utilidades cresceram 11,8%,  chegando a R$ 155,7 milhões.

As despesas operacionais da Fleury ficaram em R$ 115,8 milhões, recuando 13,9% na base anual. Em 2021, porém, o grupo lembra que houve um ataque cibernético, gerando despesas não recorrentes, mas houve também menores gastos com depreciação e amortização.

O resultado financeiro tirou R$ 86,3 milhões do lucro líquido da companhia, ante déficit de R$ 36,2 milhões no ano passado – com alta do CDI no período e aumento do endividamento, por conta das recentes aquisições. A Fleury fechou junho com uma dívida líquida de R$ 2,1 bilhões, ante R$ 1,16 bilhão no mesmo mês do ano passado.

 Os atendimentos de diagnóstico do grupo cresceram 17,7% no ano, chegando a dois milhões entre abril e junho – ou 1,9 milhão, ao não contabilizar os laboratórios adquiridos no período.

No trimestre, o volume de exames totalizou 19,5 milhões, com crescimento de 30,1% consequência de crescimento orgânico e aquisições recentes. Excluindo tais aquisições, o crescimento foi de 17,0%.

O volume de teleconsultas médicas realizadas no 2T22 totalizou 249,5 mil, um crescimento de 9,1% em relação ao 2T21, e a receita totalizou R$ 12,2 milhões no período. O Grupo iniciou a oferta de telemedicina em 2020. Desde então foram realizadas 1,4 milhões de teleconsultas médicas.

A Dívida Bruta aumentou 37,2% no 2T22 em comparação ao 2T21, devido, principalmente, a sétima emissão de Debêntures no valor de R$ 700,0 milhões. A dívida possui amortização distribuída ao longo dos próximos sete anos. A Dívida Líquida em junho de 2022 alcançou R$ 2,1 bilhões com aumento de 36,9% em relação ao trimestre anterior.

A Dívida Líquida foi impactada pelo pagamento da aquisição de Laboratório Marcelo Magalhães, pagamento de JCP e vencimentos de dívidas.

No final do trimestre, a alavancagem3 era de 1,8x, contra 1,4x no 1T22, abaixo do limite de 3,0x estabelecido por instrumentos de dívida (covenants).

Os resultados da Fleury (BOV:FLRY3) referentes suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 05/08/2022. Confira o Press Release!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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