Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) registrou lucro líquido consolidado de R$ 49,9 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 97,4% em relação ao mesmo período de 2021.

O lucro líquido da Cemig foi impactado pela provisão de R$ 1,405 bilhão feita para atender às determinações da Lei 14.385/2022, que disciplina a devolução de créditos tributários referentes à cobrança de PIS e Cofins na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No acumulado do ano até junho o lucro da Cemig alcançou R$ 1,505 bilhão, recuo de 36,45% em base anual de comparação.

A receita líquida no segundo trimestre cresceu 11,7% para R$ 8,213 bilhões, e no acumulado do semestre a empresa registrou receita de R$ 16,060alta de 11,0%.

ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado pela exclusão de itens não recorrentes, cresceu 37,02% em base anual de comparação, para R$ 1,809 bilhão.

Considerando os seis primeiros meses do ano, o Ebitda ajustado da Cemig ficou em R$ 3,734 bilhões, aumento de 25,63%. Já o Ebitda consolidado, calculado de acordo com a instrução CVM 527 caiu 86,34% para R$ 353,6 milhões no trimestre. Considerando os seis primeiros meses de 2022, o indicador caiu 48,81% para R$ 2,270 bilhões.

A margem Ebitda do segundo trimestre ficou em 22,03%, alta de 4,08 pontos porcentuais (p.p.), enquanto no acumulado do ano até junho ela aumentou 2, 7 p.p., a 23,25%.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 870,9 milhões e positivo em R$478,5 milhões no mesmo período de 2021.

Esse comportamento decorre, principalmente, dos seguintes fatores:

  • Variação positiva do dólar em relação ao Real no 2T22, de 10,56% (+R$ 0,50), em comparação à variação negativa de 12,20% no 2T21, gerando o registro de despesas no montante de R$ 500 milhões e receitas de R$ 1.042,6 milhões no 2T22 e 2T21, respectivamente.
  • Variação positiva de R$ 54,6 milhões no valor justo do instrumento financeiro contratado para proteção dos riscos vinculados ao Eurobonds no 2T22, e negativa de R$ 425,4 milhões no mesmo período do ano anterior. O resultado do 2T22 é decorrente, principalmente, da apreciação do dólar frente ao real.
  • Despesa financeira (líquida) de atualização de créditos de PIS/Cofins no valor R$ 356,2 milhões no 2T22 e receita financeira de R$ 24,9 milhões no 2T21.

O fornecimento bruto de energia elétrica, que cresceu quase 15% no acumulado do ano, foi um dos responsáveis pelo volume financeiro registrado, destaca o relatório.

“A receita com energia vendida a consumidores finais foi de R$ 6.947.698, no segundo trimestre de 2022, comparado a R$ 6.202.062 no mesmo período de 2021, representando um acréscimo de 12%”, diz o balanço.

Os custos e despesas operacionais foram de R$ 8,49 bilhões no 2T22 e de R$ 6,16 bilhões no 2T21, em função, principalmente, da provisão de R$ 1,4 bilhão relativa aos créditos de PIS/Pasep e Cofins, do aumento de gás comprado para revenda (+R$ 211,5 milhões), custos de construção de infraestrutura (+R$ 333,9 milhões), energia comprada (+R$ 136,7 milhões) e da baixa de ativo financeiro de indenização de geração (+R$ 171,8 milhões).

A despesa com energia elétrica comprada para revenda foi de R$ 3,44 bilhões no 2T22, aumento de 4,1% em relação ao 22T21. Esta variação decorre, principalmente, dos seguintes fatores: aumento de 27,3% nos custos com energia adquirida no ambiente livre, que totalizaram R$ 1.302,4 milhões no 2T22, em comparação a R$ 1.023,3 milhões no 2T21. Esse acréscimo ocorreu em função, principalmente, do maior volume de energia comprada para revenda; aumento de 72,6% nas despesas com geração distribuída, decorrente do aumento do número de instalações geradoras e do aumento na quantidade de energia injetada (715 GWh no 2T22 e 446 GWh no 2T21). redução de 20,1% nas despesas com energia adquirida em leilão em relação ao 2T21. A variação decorre, principalmente, da redução no despacho térmico por disponibilidade e da menor aquisição de energia via MCSD; redução 14,6% nas despesas com energia elétrica de Itaipu, sendo R$ 409,8 milhões no 2T22 e R$ 480,1 milhões no 2T21, justificada, principalmente, pela redução no preço da demanda de Itaipu de U$ 28,07/KW para U$ 24,73/KW e pela redução de 3,8% no dólar médio de no 2T22 em comparação ao 2T21.

Vale destacar que, no caso da Cemig D, o custo de energia comprada é um custo não controlável, sendo que a diferença entre os valores utilizados como referência para definição das tarifas e os custos efetivamente realizados é compensada no reajuste tarifário subsequente.

O investimento total realizado nos primeiros seis meses de 2022 foi de R$ 1.196 milhões, 45% superior ao mesmo período do ano passado. No 2T22, foram investidos 697 milhões, volume 40% maior que no primeiro trimestre do ano.

Investimentos em renováveis:

Além dos investimentos realizados, a Cemig aprovou investimentos em geração fotovoltaica, alinhados com seu planejamento estratégico de focar em MG, com retorno compatível com o custo de capital da Companhia e expandindo a capacidade de geração em fontes limpas.

Os resultados da Cemig (BOV:CMIG3) (BOV:CMIG4) referente suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 15/08/2022. Confira o Press Release completo!

 * Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters
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