A B3 divulgou a terceira e última prévia da carteira teórica do Ibovespa que vai valer entre setembro e dezembro.

Não houve alterações na comparação com a segunda prévia, divulgada em 16 de agosto, o que significa que entraram Arezzo (BOV:ARZZ3), Raízen (BOV:RAIZ4) e São Martinho (BOV:SMTO3), com a exclusão de JHSF (BOV:JHSF3).

A bolsa divulga três prévias das novas composições dos índices.

A primeira delas no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira em vigor, a seguinte, no pregão depois do dia 15 do último mês de vigência da carteira em vigor e a última no penúltimo pregão de vigência da carteira em vigor.

⇒ Raízen e São Martinho terão círculo vicioso no Ibovespa

A B3 divulgou a terceira e última prévia da carteira teórica do Ibovespa para o período de setembro a dezembro de 2022 e duas empresas do setor sucroenergético tiveram presença confirmada no índice: Raízen e São Martinho. Na avaliação de analistas, a entrada no Índice Bovespa tende a direcionar as companhias para um “círculo virtuoso”. Para as empresas, a inclusão na carteira representa um “reconhecimento do mercado de renda variável” e uma “celebração do protagonismo” das companhias no setor.

O Índice Bovespa opera como um termômetro do mercado acionário do Brasil e mede as expectativas de desenvolvimento econômico do País a partir do desempenho médio das ações mais representativas da bolsa de valores brasileira. Para entrar no índice, as ações precisam, basicamente, estar entre as maiores em volume de negociação e pertencer a empresas com potencial alto de crescimento.

Em entrevista, o analista Luiz Carvalho, do UBS BB, avaliou que a entrada na carteira pode garantir mais liquidez aos ativos da Raízen e da São Martinho, aumentando a capacidade de compra e venda de uma ação dada a quantidade de dinheiro que esses papéis negociam. “Muitos fundos são obrigados a comprar (as ações incluídas no Ibovespa), porque são fundos indexados, e outros começam a ter que olhar os papéis um pouco mais de perto, porque o benchmark é o Ibovespa”, afirmou Carvalho.

Outras fontes do mercado também destacam esse potencial estímulo à “força compradora” a partir da entrada no índice, mas afirmam que esse avanço da liquidez tende a ser limitado pelo tamanho da participação que essas empresas terão na carteira. A entrada com um porcentual muito pequeno tende a fazer com que essas empresas sejam “ignoradas”, pontuam alguns dos analistas. O time de estratégia do Itaú BBA estimava peso de 0,28% para Raízen ante a prévia da B3 de 0,291%. Para a São Martinho, a Bolsa registrou peso de 0,22% e a estimativa do Itaú BBA era de 0,26%.

Apesar do baixo porcentual de entrada, analistas do setor são unânimes em dizer que o agronegócio é um setor sub-representado na Bolsa de Valores em comparação com a relevância que tem no PIB brasileiro e que a entrada das companhias no índice é positiva. “É legal ver o setor agrícola aumentando sua representatividade na bolsa. Hoje rondando em torno de 1,5%, ainda é muito desproporcional em relação à representatividade do setor para o PIB do Brasil”, avaliou o analista Daniel Sasson, do Itaú BBA.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Raízen, Carlos Moura, avaliou a inclusão da empresa no índice como “o primeiro movimento de reconhecimento do mercado de renda variável com a companhia”. “A gente acredita que, com a entrada no Índice Bovespa, a movimentação sobre a nossa ação e a visibilidade sobre o que nós temos feito vai aumentar ainda mais”, explicou ele destacando que, hoje, cerca de 75% do público investidor da Raízen é estrangeiro.

Segundo o executivo, pelo histórico de outras empresas que entraram no índice, é possível notar que a volatilidade dos ativos aumenta, mas a atratividade do mercado também. “No longo prazo, é natural que você aumente o giro sobre o papel, mas é muito difícil você antever qual vai ser o efeito no preço”, pontuou Moura.

Apesar das incertezas quanto ao preço dos ativos, a Raízen avalia que o Índice Bovespa “vai fazer muito bem” para a empresa e completa que a companhia também deve agregar valor à carteira. “A gente insere no Índice Bovespa tecnologia e inovação, porque estamos desenvolvendo o etanol de segunda geração (E2G)”, ressaltou o diretor Financeiro da Raízen. “É o agro com valor agregado”, completou.

Em nota, a São Martinho afirmou que a inclusão no Ibovespa é “uma celebração do protagonismo e disciplina praticados desde seu IPO”. “A Companhia acredita que o desenvolvimento do seu plano de negócio, combinado com os projetos de expansão em etanol de milho e a usina termoelétrica, continuarão gerando valor aos acionistas e possibilitarão a permanência no índice”, disse a empresa.

Informações BDM e Broadcast

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