A Oi reportou um prejuízo líquido de R$ 3,064 bilhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), representando uma queda de 36,3% em relação ao prejuízo de R$ 4,813 bilhões do mesmo período do ano passado.

A receita líquida no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 2,7 bilhões, em queda de 38,7% sobre a receita de R$ 4,5 bilhões de um ano antes.

Contudo, a Oi destacou que o trimestre marcou o começo do novo modelo operacional, com crescimento nas receitas do novo core, com foco em fibra e na Oi Soluções (segmento de B2B). Considerando apenas essas operações continuadas o avanço foi de 10% no trimestre, totalizando R$ 2,445 bilhões.

Em fibra, a receita foi de R$ 1,053 bilhão entre julho e setembro, alta anual de 30,8%; já a Oi Soluções subiu 14,3% sua receita, a R$ 745 milhões. A receita líquida do legado, ou telefonia e banda larga em cobre (xDSL), teve queda de 40,7% no trimestre na base anual, a R$ 454 milhões.

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – de rotina, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, foi de R$ 168 milhões, montante 88,5% inferior ao registrado no mesmo trimestre de 2021, no valor de R$ 1,4 bilhão.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 2.011 milhões e um crédito de Imposto de Renda e Contribuição Social no valor de R$ 60 milhões. Como resultado, a Companhia registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 3.062 milhões no período.

Os custos e despesas operacionais (Opex) consolidados de rotina, incluindo as operações internacionais, totalizaram R$ 2.602 milhões no 3T22, crescimento de 9,3% na comparação com o 2T22 e queda de 15,0% na comparação anual. O Opex de rotina das operações brasileiras totalizou R$ 2.524 milhões, crescimento de 7,2% em relação ao 2T22 e redução de 16,4% em relação ao 3T21.

O fluxo de caixa operacional consolidado de rotina foi negativo em R$ 255 milhões nas operações brasileiras, uma melhora no ano contra ano. Esses valores refletem o novo momento de transição da Companhia após a conclusão da venda dos ativos móveis e de infraestrutura de fibra, com impactos importantes no modelo de negócios.

A companhia registrou um Capex consolidado de R$ 480 milhões, sendo as operações brasileiras responsáveis por um investimento de R$ 479 milhões Os investimentos nas operações da Fibra totalizaram R$ 328 milhões no 3T22. No período, o foco desse investimento esteve atrelado à sazonalidade de aquisição de novas ONTs, a serem posteriormente instaladas com as novas vendas de fibra.

Os investimentos nas operações de Oi Soluções foram na ordem de R$ 81 milhões no trimestre. O foco desses investimentos foi relacionado à evolução do portfólio para comercialização de serviços de valor adicionado, aumentando a exposição da nossa base às soluções digitais como Cloud, segurança digital, IOT, Big Data, etc.; e para implementação de projetos customizados para clientes corporativos.

Por fim, os investimentos na rede legada totalizaram R$ 59 milhões no trimestre, que foram destinados à otimização da rede legada, em conformidade com as atuais regras regulatórias. Além disso, a dinâmica desta linha é impactada também pelo investimento em reposição de infraestrutura decorrente de ações de vandalismo e furto.

A companhia encerrou o 3T22 com caixa consolidado de R$ 3.590 milhões, uma redução de R$ 1.441 milhões ou 28,6% no trimestre e de R$ 542 milhões ou 13,1% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

A dívida líquida da companhia fechou o terceiro trimestre em R$ 18,334 bilhões, um recuo de 38,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a companhia registrou o indicador em R$ 29,899 bilhões.

Operações

A Oi terminou o trimestre com 7,538 milhões de unidades geradora de receita (UGR), um avanço de 19,9% no comparativo anual, sendo 3,780 milhões são de banda larga (aumento de 21,3%), 3,690 milhões de voz fixa (avanço de 20,1%) e 68 mil (queda de 28,8%) de IPTV.

A companhia teve 3,824 milhões de casas conectadas com fibra (FTTH), 20,8% acima na base anual, ainda que o ritmo de 146 mil adições líquidas sendo 55,2% menor do que no ano anterior. O número foi impactado por ajustes na gestão de aquisição, por sua vez derivado de condições macroeconômicas e churn “involuntário” e inadimplência, mesmo com melhora em maio.

O avanço da fibra foi destacado pela empresa com alta da receita média por usuário (ARPU), de 4,8%, a R$ 93. Há também priorização na “qualidade da base entrante, com maior foco em regiões de maior poder aquisitivo e consequente melhor score de crédito”, destacou a empresa.

Os resultados da Oi (BOV:OIBR3) (BOV:OIBR4) referente suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 10/11/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Suno

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