O IRB registrou prejuízo de R$ 48,5 milhões em novembro, 54,8% menor ante o saldo negativo de R$ 113,8 milhões no mesmo mês de 2021.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:IRBR3) nesta segunda-feira (23).

Nos primeiros onze meses de 2022, por sua vez, o prejuízo líquido acumulado foi de R$ 633,7 milhões, 24% acima do prejuízo líquido no mesmo período de 2021 de R$ 510,4 milhões.

Em novembro de 2022, o prêmio emitido totalizou R$ 542,4 milhões, uma queda de 23,2% em relação a novembro de 2021. O prêmio no Brasil caiu 6,9% no mês, para R$ 402,8 milhões, enquanto o prêmio no exterior caiu 49,0%, para R$ 139,6 milhões.

Ibovespa hoje: o movimento do mercado nesta terça-feira

Nos onze primeiros meses de 2022, o prêmio emitido atingiu o montante de R$ 7,186 bilhões, uma redução de 9,6% em relação ao mesmo período de 2021. No Brasil houve crescimento de 1,4%, atingindo R$ 4,922 bilhões, enquanto no exterior houve redução de 26,8% em relação ao mesmo período de 2021, com R$ 2,263 bilhões.

Já a despesa de sinistro foi de R$ 384,6 milhões no mês de novembro de 2022, com índice de sinistralidade de 96,0%. A despesa de sinistro em novembro de 2021 foi de R$ 413,3 milhões, com índice de sinistralidade de 108,4%.

Nos primeiros onze meses de 2022, a despesa com sinistros totalizou R$ 4,692 bilhões, 9,0% menor quando comparada com o mesmo período do ano anterior.

No acumulado do ano até novembro, o índice de sinistralidade foi de 104,7%, comparado a 98,1% no mesmo período de 2021.

Segundo comunicado, a despesa com sinistros até novembro foi impactada no segmento Agro pelos eventos climáticos atípicos no Centro-Sul do Brasil e no segmento Vida pela Covid-19.

VISÃO DO MERCADO

JP Morgan

De acordo com analistas, como o do JPMorgan, os números divulgados ontem corroboram a visão de que a recuperação pode demorar mais do que está precificado no mercado.

Cabe destacar que, desde que saiu do Ibovespa, em 2 de janeiro de 2023 (por negociar abaixo de R$ 1), até o fechamento da véspera, as ações subiram 18,6% (de R$ 0,86 a R$ 1,02). O papel fechou a R$ 1,24 no último dia 10, na máxima do mês, ou uma alta de 44,2%, acima de R$ 1, ainda que considerando o baixo valor de face dos ativos.

Com o prejuízo, as ações do IRB voltam a negociar abaixo de R$ 1: às 13h20 (horário de Brasília) desta terça, a queda era de 6,86%, a R$ 0,95.

“Notavelmente, o índice de sinistralidade no mês ficou em 96%, deteriorando-se contra 81% em outubro. Em uma nota mais positiva, a taxa de comissão manteve-se comportada em cerca de 20% e os prêmios emitidos diminuíram 23% na base anual (versus 9% de crescimento em 2021), incluindo queda anual de cerca de 7% no Brasil, o que para nós é indicativo de que a gestão está agora favorecendo mais fortemente a rentabilidade”, aponta o JP.

Ainda assim, a equipe de análise do banco segue vendo dinâmicas desafiadoras para a resseguradora conseguir lucros nos
trimestres seguintes. Com os números de outubro e novembro divulgados, os analistas veem um prejuízo líquido esperado no 4T22 em R$ 63 milhões, versus estimativa anterior de prejuízo de R$ 33 milhões do JP e perdas de R$ 38 milhões do consenso Bloomberg (com base em três estimativas).

Os analistas veem o ativo negociado a 0,6 vez o Valor Patrimonial da Ação (VPA), o que acreditam ser caro em relação às tendências de lucratividade de curto prazo.

A preferência do banco no setor é por seguradoras primárias como BB Seguridade (BBSE3) e Porto (PSSA3). A recomendação do JP para IRBR3 é neutra

Informações Infomoney

IRB BRASIL ON (BOV:IRBR3)
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IRB BRASIL ON (BOV:IRBR3)
Gráfico Histórico do Ativo
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