Carf suspende sessões de julgamentos após pressão de grandes empresas
03 Fevereiro 2023 - 01:10PM
ADVFN News
Funcionários da Americanas e sindicatos protestam nesta
sexta-feira, em frente a uma loja da empresa no Centro do Rio de
Janeiro. O grupo reclama de demissões e teme perda de direitos
trabalhistas em meio ao turbilhão judicial do caso. O ato precede
reunião de lideranças sindicais com representantes da empresa,
marcada para o início da tarde.
Entre faixas e bandeiras de sindicatos estava Darlana Santiago,
de 29 anos, funcionária liberada da empresa para atuar como
diretora de promoção de igualdade racial no Sindicato dos
Empregados do Comércio do Rio. Até julho de 2021, ela trabalhava
com assistente comercial de uma loja em Copacabana, na Zona Sul do
Rio. Darlana tem vínculo com a empresa há 10 anos.
Ela diz que terceirizados e funcionários contratados como extras
já começaram a ser dispensados. E explica que demissões no início
do ano são comuns, em função do fim do períodos de festas. Mesmo
assim, garante que o volume de desligamentos no Rio está acima da
média histórica.
“Nós ainda não temos uma relação detalhada das demissões, mas
estão acima do normal. Nessa época, normalmente, há cinco
desligamentos por loja. Estimamos que esse ano esteja na casa dos
oito desligamentos por unidade”, diz Darlana.
Outra funcionária presente no ato, a baiana Taina de Jesus, de
39 anos, trabalha hoje em uma loja da Americanas (BOV:AMER3) no
Salvador Shopping, em Salvador (BA). Ela veio ao Rio junto com um
sindicato local.
Taina diz que as demissões ainda não se fazem sentir em
Salvador. Ela desconfia que isso aconteça porque a empresa estava
impedida de desligar pessoal devido à convenção trabalhista. A
data-base do reajuste salarial é 1º de março e, portanto, a empresa
não pode demitir até 30 dias antes, sob a pena de receber
multas.
O temor é que as demissões comecem agora, estendendo-se pelo mês
de março, diz a funcionária. “As pessoas (funcionários) estão
apreensivas. Ninguém sabe o que vai acontecer com o emprego, nem se
vão conseguir receber a multa de 40% do FGTS em caso de demissão”,
afirma.
Darlana, do Rio, acrescenta que a empresa vem fechando lojas no
estado desde outubro, a exemplo da unidade da Rua do Riachuelo, na
Lapa.
“Os funcionários têm se sentido enganados. O rombo foi divulgado
só em janeiro, mas os fechamentos de loja começaram antes”, diz
Darlana.
Antes de qualquer coisa, diz ela, os manifestantes exigem uma
posição objetiva e clara da direção da empresa sobre quantas lojas
serão fechadas e quantos empregados devem ser demitidos. Darlana
íntegra a missão que vai se reunir com representantes da Americanas
ainda nesta sexta.
Eles exigem esclarecimentos sobre o futuro da recuperação
judicial da empresa e defendem a preservação dos empregos e a
proteção de direitos trabalhistas, resume Márcio Ayer, presidente
do sindicato dos comerciários do Rio.
O ato ocupou as duas calçadas em frente à loja da Americanas na
Rua do Passeio, próxima à Praça da Cinelândia.
O local abrigava uma grande loja da varejista Mesbla, que faliu
na virada dos anos 2000. Centenas ocupavam toda a extensão do lado
esquerdo do gradeado do Passeio Público. O Sindicato dos
Comerciários fala em mil pessoas.
Informações Broadcast
BRF S/A ON (BOV:BRFS3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Mai 2023
BRF S/A ON (BOV:BRFS3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mai 2022 até Mai 2023