A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (22) que vai contratar 38.780 moradias por meio do seu programa habitacional “Pode Entrar”, a um custo de R$ 6 bilhões.

Em janeiro, a Secretaria de Habitação havia recebido de incorporadoras propostas para 104 mil unidades.

O programa iria, inicialmente, selecionar 40 mil delas, mas João Faria, secretário de habitação da capital, afirmou que parte dos empreendimentos propostos pelas companhias estava com o enquadramento errado. “As incorporadoras enquadraram na categoria A, de eixo estruturado, mas os projetos estavam na categoria B, de fora do eixo”, afirmou, em entrevista ao jornal Valor.

“Como as tabelas de preços das categorias são diferentes, é o tipo de erro que não dá para ser sanado.”

As empresas terão uma nova chance de enviar propostas. Faria afirma que em 20 dias será feito um novo chamamento para o programa, para a contratação de mais 20 mil unidades, somando quase 60 mil moradias. “A prefeitura vai aportar mais R$ 4 bilhões nesse orçamento”, diz.

Como comparação, foram lançadas na cidade de São Paulo no ano passado 75.692 unidades, de todos os padrões, e vendidas 69.340, de acordo com o Secovi-SP.

O programa “Pode Entrar” foi recebido com entusiasmo pelas incorporadoras de capital aberto que atuam no segmento de baixa renda. Entre elas, só a Cury optou por não inscrever unidades. MRV (BOV:MRVE3), Direcional (BOV:DIRR3), Tenda (BOV:TEND3) e Plano&Plano (BOV:PLPL3) aguardavam a divulgação de quais projetos seriam comprados pela prefeitura.

Segundo o Estadão, a Plano&Plano é a incorporadora com mais projetos aprovados no programa.

O preço máximo das moradias era de R$ 210 mil, mas a média dos projetos selecionados ficou em cerca de R$ 200 mil, segundo o secretário. Cada unidade precisava ter ao menos 32 metros quadrados e dois quartos.

O programa vai beneficiar famílias que recebem até seis salários mínimos e será dividido em dois grupos. O primeiro é para quem ganha até três salários mínimos e dará subsídio de até 85% do valor da unidade.

Auxílio-aluguel

Faria afirma que, com a produção do “Pode Entrar”, será possível zerar o auxílio-aluguel pago pela prefeitura, recebido por 22 mil famílias, a um custo de R$ 110 milhões ao ano.

A expectativa da secretaria é assinar os contratos com as construtoras até o final de abril, e as obras devem terminar em até 24 meses depois disso. “Estamos otimistas que vamos conseguir entregar, até o final do mandato do Ricardo Nunes (MDB), se não todas, boa parte das unidades”, diz.

A relação das empresas selecionadas para o “Pode Entrar”, o valor de cada empreendimento e o custo total do programa serão publicados amanhã (23) no “Diário Oficial” do município.

Com informações do Valor e Estadão 

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