As ações dos principais frigoríficos de carne vermelha do
Ibovespa – Marfrig, JBS e Minerva – acumulam queda de até 30% neste
ano.
Em comparação ao Ibovespa, que recua cerca de 5% em 2023, as
ações do setor têm um desempenho abaixo não só da Bolsa como também
em comparação ao Índice de Consumo (ICON), que cede 13,4%.
Alguns dos fatores para esse desempenho são o preço do gado mais
caro nos EUA, pressionando as margens, assim como pelo recente
episódio de “vaca louca“.
Análise das ações de frigoríficos.
Dessa forma, as ações de Marfrig (BOV:MRFG3) recuam cerca de 27%
em 2023, enquanto as perdas em seis meses atingem 35% e, em 12
meses, de 61,1%.
Já as do JBS (BOV:JBSS3) caem 22% neste ano, 30% em seis meses e
51% em 12 meses, enquanto as do Minerva (BOV:BEEF3) cedem 30% em
2023, 35% em seis meses e 30% em um ano.
Nesta quinta-feira (20), por volta das 14h30, as ações têm
desempenho misto: BEEF3, 0,25%; MRFG3, +1,7%; e JBSS3, +0,4%.
Dito isso, o que esperar dos papéis de agora em diante, conforme
a análise técnica?
Confira, agora, a análise das ações de Marfrig (MRFG3), JBS
(JBSS3) e Minerva (BEEF3)
Marfrig
Para a Levante, no longo prazo, as ações de Marfrig seguem sem
definição de tendência, dividindo o movimento em dois grandes
ciclos, um de alta e outro de baixa.
Enquanto isso, no médio prazo, acrescenta, a tendência é de
baixa e, no curtíssimo prazo, de consolidação de preços, com
suporte bem definido na faixa dos R$ 6,20.
“O grande destaque técnico para Marfrig é uma divergência no
Índice de Força Relativa (IFR) onde o preço faz fundos na mesma
região e o IFR faz fundos ascendentes”, afirma.
A Levante destaca, como cenário otimista às ações, a “confirmação
da divergência com rompimento da resistência em R$ 8,00, formando
um pivô de alta no gráfico semanal.”
Por outro lado, em um cenário pessimista, a casa aponta um
“fechamento abaixo dos R$ 6,20, desconfigurando a divergência e
dando continuidade ao movimento de baixa.”
Conforme o relatório, os pontos de suporte das ações da Marfrig
são R$ 6,20 (1) e R$ 5,00 (2), enquanto as resistências estão em R$
7,30 (1) e R$ 8,00 (2).
Para o analista chefe da Wisir Research, Gustavo Massotti, a
Marfrig, como todos os seus pares do setor, está em clara tendência
de queda, cedendo mais de 60% nos últimos 12 meses.
“O ativo trabalha nas mínimas dos últimos 37 meses e tenta se
manter acima dos R$ 6,00“, analisou.
O analista destaca que um novo fechamento acima da região dos R$
6,95 confirma a mudança de tendência de curto prazo, projetando a
região dos R$ 7,65 – R$ 8,9 – R$ 11,00.
Os suportes imediatos, acrescentou, ficam nos R$ 6,00 – R$
5,70.
JBS
Sobre a JBS, a Levante destaca que, no longo prazo, as ações da
JBS seguem tendência de alta.
No curto prazo, porém, “a tendência é de baixa, com destaque
para a divergência de IFR, claramente vista no gráfico diário [logo
abaixo], com fundos de preços descendentes e fundos ascendentes no
indicador.”
Conforme a casa, a “divergência costuma ser um sinal de exaustão
de movimento.”
De acordo com a Levante, um cenário otimista para as ações de
JBS seria a “confirmação da divergência e o rompimento da linha de
tendência de baixa quebrando essa estrutura e abrindo caminho para
a reversão de tendência.”
Ao contrário, em um cenário pessimista, seria o rompimento do
suporte em R$ 16,70 e a formação de novas mínimas recentes.
A Levante destaca como pontos de suporte R$ 16,70 (1) e R$ 13,80
(2), enquanto as resistências estão em R$ 18,80 (1) e R$ 21,50
(2).
Sobre a JBS, Massotti aponta que o papel está em franca
tendência de queda, caindo mais de 52% nos últimos 12 meses. “O
ativo trabalha em regiões de preços marcadas em março de 2020,
época da Covid”.
Uma possível reversão de tendência de curto prazo, acrescentou,
se dará com novos fechamentos acima dos R$ 18,50, que têm como
projeção os R$ 21,00 – R$ 21,50 – R$ 24,80.
Suportes imediatos, por sua vez, ficam nos R$ 16,40 – R$
15,90.
Marfrig
Em relação à Minerva, no longo prazo, a Levante aponta que as
ações seguem sem definição de tendência, trabalhando muito próximas
ao que seria “uma grande consolidação de preços, com muita
volatilidade, característica do setor.”
“No curto prazo a tendência é de baixa e faz o mercado negociar
em faixas de preços vistas somente em 2021”, acrescenta a
Minerva.
Em um cenário otimista, a Levante aponta para as ações a formação
de um fundo e um repique de preços. Ao passo que, em um pessimista,
destaca a continuidade do movimento de baixa.
Os pontos de suporte estão em R$ 8,70 (1) e R$ 7,70 (2),
enquanto as resistências em R$ 10,00 (1) e R$ 10,50 (2).
Conforme Massotti, a Minerva caminha para fechar a quinta semana
consecutiva no negativo, mantendo a sua tendência de queda de curto
e médio prazos.
“O ativo e se afasta mais de 44% do seu topo histórico, marcado
em agosto de 2022 e trabalha na base de um canal de alta de longo
prazo, o que pode sinalizar uma região de suporte intermediário”,
disse.
Em um possível repique de alta, destacou, o ativo encontrará
como resistência a região dos R$ 9,40 – R$ 9,70.
“Novo fechamento acima da região dos R$ 10,00 acionará um pivô
de alta de curto prazo, que têm como projeções os R$ 11,10 – R$
11,85“, finalizou.
Informações Infomoney
MINERVA ON (BOV:BEEF3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
MINERVA ON (BOV:BEEF3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024