A Vale assinou um memorando de entendimento MoU) com a produtora francesa de DRI GravitHy para buscar soluções focadas em um processo de produção de aço neutro em carbono, utilizando a tecnologia de briquetes de minério de ferro da Vale.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:VALE3) nesta terça-feira (09).

Em nota, a mineradora detalha que juntamente com a GravitHy avaliará conjuntamente a construção de uma planta co-localizada na unidade da GravitHy em Fos-sur-Mer (França) para produzir briquetes para redução direta a partir do minério de ferro de alta qualidade da Vale.

Segundo a empresa, a primeira planta de Direct Reduction Iron (DRI, também conhecido como ferro-esponja) da GravitHy deve iniciar sua produção em 2027 em Fos-sur-Mer. A planta foi projetada para produzir DRI usando hidrogênio como combustível redutor, diminuindo substancialmente as emissões de carbono na cadeia siderúrgica quando comparada à produção de ferro-gusa por meio da rota integrada BF-BOF.

“Espera-se que a planta de DRI a ser construída pela GravitHy tenha capacidade de produção de 2 milhões de toneladas ao ano e investimentos de 2 bilhões de euros. A empresa está avançando em seus estudos de engenharia e licenciamento, e a construção está prevista para ter início em 2024”, afirma.

Em nota, o diretor de Desenvolvimento de Produtos e Negócios da Vale, Rogério Nogueira, destaca que a Vale está comprometida em fornecer soluções de baixa emissão de carbono para a indústria siderúrgica global. “A GravitHy é um bom exemplo de um mercado siderúrgico em transformação, no qual novos participantes assumem o desafio de utilizar o hidrogênio para produzir DRI de baixo carbono para abastecer uma capacidade de produção de EAF (forno elétrico) que deverá crescer”, afirma.

José Noldin, CEO da GravitHy, ressalta que a descarbonização da produção de aço é um grande desafio e exige soluções inovadoras, não apenas em tecnologia, mas também em produtos e novos modelos de negócios. “Estamos muito satisfeitos em iniciar essa colaboração com a Vale para avaliar sua tecnologia de briquetagem exclusiva e de última geração, que pode ser um divisor de águas nas soluções de baixo carbono oferecidas pelo setor de mineração”, afirma em nota.

A Vale afirma que o MoU reforça a confiança da empresa na rota de redução direta e no uso de hidrogênio para permitir a descarbonização da siderurgia. A Vale lembra que tem o compromisso de reduzir 15% das emissões líquidas do Escopo 3 até 2035. “Desde 2021, a Vale se engajou com mais de 30 clientes siderúrgicos, representando aproximadamente 50% das emissões de Escopo 3 da empresa. Além disso, a Vale busca reduzir suas emissões absolutas de Escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e atingir zero líquido até 2050, em linha com o Acordo de Paris, liderando o caminho para a mineração sustentável”, afirma.

No início de maio a mineradora brasileira já tinha informado que testou com sucesso um novo tipo de briquete de minério de ferro, adaptado para a rota de redução direta, que contribuirá para a descarbonização da produção de aço. O novo tipo de briquete emite cerca de 80% menos CO2 do que as pelotas em sua fabricação, reduzindo as emissões diretas e indiretas da empresa (escopos 1 e 2), destaca.

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