A SLC Agrícola registrou lucro líquido de R$ 574,975 milhões no
primeiro trimestre deste ano, queda de 27,9% ante o lucro líquido
apurado no primeiro trimestre do ano passado. A receita líquida no
período atingiu R$ 2,219 bilhões, recuo de 7,9% na comparação com
igual período do ano anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização) ajustado somou R$ 933,575 milhões no primeiro
trimestre do ano, 25,9% inferior ao registrado em igual período do
ano passado. A margem Ebitda ajustada recuou 10,2 pontos
porcentuais na mesma base comparativa, para 42,1%.
Em release sobre os resultados financeiros do trimestre, a
administração da empresa atribui a queda no lucro e na receita ao
menor volume faturado de algodão no período, em virtude da queda de
produtividade e baixa qualidade da safra 2021/22, o que foi
parcialmente compensado pelo resultado bruto positivo da soja e do
milho.
O recuo na receita líquida foi decorrente, segundo a empresa, do
menor volume faturado de algodão no período, produto referente à
safra 2021/22, que apresentou menor produtividade e,
consequentemente, menor estoque de passagem. O recuo do Ebitda
ajustado também deve-se à queda do lucro bruto do algodão relativo
à temporada 2021/22, conforme a SLC. “Apesar de serem mais baixos
quando comparados ao mesmo período do ano anterior, os resultados
do trimestre apresentam boas margens e estão em linha com os
resultados históricos”, disse a administração no comunicado.
A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado)
da empresa no período foi de 1,06 vez ante 0,75 vez reportada no
primeiro trimestre do ano passado. A administração define o patamar
como “posição confortável” para um período de alta necessidade de
capital de giro, em virtude do pagamento dos insumos da safra.
O capex da empresa no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 646
milhões, aumento de 326,9% frente ao primeiro trimestre de 2022. A
administração destacou que a companhia investiu sobretudo na
aquisição da Fazenda Paysandu, em Correntina (BA), de 12,474 mil
hectares, no total de R$ 414 milhões, sendo R$ 366 milhões
referentes à aquisição de terras, R$ 34 milhões em infraestrutura e
R$15 milhões na algodoeira local. No trimestre, os investimentos
líquidos na fazenda somaram R$ 232 milhões. Outro aporte, que
representou 18% do Capex, foi o investimento em máquinas,
implementos e equipamentos. A empresa adquiriu 17 colheitadeiras,
12 pulverizadores e 6 plantadeiras.
As vendas de soja da SLC, em volume, recuaram 3,1% na comparação
entre os primeiros trimestres, encerrando o período em 590.293
toneladas. A comercialização de algodão caiu 45,9%, para 50.790
toneladas, enquanto a venda de caroço de algodão subiu 9,4%, para
53.457 toneladas. Já as vendas de milho aumentaram 382,6%, para
59.476 toneladas. Outras culturas responderam por 23.099 toneladas
vendidas, aumento anual de 2,7%. O custo dos produtos vendidos no
trimestre apresentou incremento de 9,1%, segundo a SLC.
Do lado operacional, a SLC destacou que o primeiro trimestre
marcou o encerramento do plantio do algodão e do milho de segunda
safra, com 162.274 hectares e 137.823 hectares semeados,
respectivamente. Somando à área de soja (346.941 hectares) e de
outras culturas semeadas pela companhia, a SLC plantou 669.848
hectares na safra 2022/23. “São boas as expectativas em relação ao
potencial produtivo, pois temos tido um consistente volume de
chuvas ao longo das últimas semanas, o que indica excelentes
condições de atingimento dos projetos divulgados”, observou a
empresa no comunicado.
Sobre a soja, a SLC destacou que o trimestre foi encerrado com
boas produtividades. O rendimento alcançado, de 3.908 kg por
hectare, ficou praticamente estável em relação à temporada
anterior, em linha com as previsões iniciais da empresa e 10,6%
superior à média nacional. “Cabe destacar que mesmo com a redução
de 20% dos investimentos em fertilizantes (cloreto de potássio e
fosfatados), todas as culturas apresentam excelente potencial
produtivo, conforme já era esperado”, pontuou a empresa.
Manutenção das margens
Após um primeiro trimestre com resultados mais fracos na
comparação anual, a SLC Agrícola mantém a expectativa de manutenção
das margens de rentabilidade em patamares elevados neste ano,
segundo o diretor-presidente da companhia, Aurélio Pavinato. “Nossa
expectativa é de manutenção das margens em patamares altos. É isso
o que está acontecendo. Neste primeiro trimestre, não conseguimos
manter exatamente as mesmas margens do ano passado, mas são margens
em patamares altos. É a direção que estamos caminhando neste ano”,
disse Pavinato, ao comentar os resultados obtidos pela empresa no
primeiro trimestre deste ano.
De janeiro a março, a SLC reportou lucro líquido 27,9% menor na
comparação anual do período, de R$ 574,975 milhões. A receita
líquida da empresa caiu 7,9%, para R$ 2,219 bilhões. O Ebitda
(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)
ajustado somou R$ 933,575 milhões no primeiro trimestre do ano,
25,9% inferior ao registrado em igual período do ano passado.
Segundo Pavinato, os resultados no trimestre vieram dentro da
expectativa em virtude de menor faturamento e, consequentemente,
lucro obtido com venda de algodão e milho no período, remanescentes
da safra 2021/22. “Foi o trimestre da colheita da soja e o lucro da
soja veio dentro da expectativa, melhor do que no ano passado. Os
únicos dados inferiores é porque algodão e milho que sobraram da
safra anterior, como foram safras menores, sobraram volumes menores
para entregar neste primeiro trimestre e, por isso, tivemos um
faturamento um pouco menor. O lucro também foi um pouco menor, mas
ainda em patamares muito bons, com margem Ebitda de 42% e margem
líquida de 25,9%”, explicou o diretor presidente da SLC.
Quanto ao resultado operacional do ano, para o qual espera
manutenção das margens de rentabilidade em patamares elevados,
Pavinato destacou que a safra de soja 2022/23 apresentou desempenho
semelhante ao da temporada anterior, mas as colheitas de algodão e
milho superiores na comparação anual, com aumento de produtividade.
“As safras de algodão e milho deste ano serão melhores do que as do
ano passado porque choveu bem em abril e no início de maio,
enquanto no ano passado houve falta de chuva. Tanto para o algodão
primeira e segunda safras quanto milho segunda safra que estão no
campo hoje, estamos com expectativa bem otimista de que teremos
excelente safra. No ano passado, perdemos 20% de produtividade de
milho e de algodão, e neste ano estamos com expectativa de produzir
igual ou acima do projeto”, antecipou.
No comunicado aos investidores, a SLC reportou produtividade de
soja da safra 2022/23 e, 3.908 kg por hectare (-1,7% na comparação
anual). Para algodão de segunda safra, a companhia estima
rendimento 40,9% superior ao do ciclo passado, de 1.839 kg de pluma
por hectare. Em relação ao milho de segunda safra, a SLC espera
produtividade 21,9% superior, em 7,685 kg por hectare. As culturas
de segunda safra serão colhidas pela companhia a partir de
junho.
Em meio à alta produtividade da safra brasileira de grãos
2022/23, ao arrefecimento de preços dos grãos e aos bons níveis de
comercialização do ciclo atual, a SLC não tem pressa em
comercializar os volumes remanescentes da temporada 2022/23,
segundo Pavinato. “Nossa posição de hedge 2022/23 de soja está em
72% comercializada, algodão em 61% e milho em 60% comercializado.
Não temos necessidade de vender o saldo rapidamente agora. Temos
condição de estocar e esperar para vender o saldo no segundo
semestre”, apontou. “Em relação a essa pressão de preços que está
tendo atualmente, no mercado local maior que no internacional, a
expectativa é de que, no segundo semestre, os prêmios do Brasil
retornem aos patamares normais e consigamos preços melhores para o
saldo a vender”, projetou.
O executivo observa que a queda dos preços internacionais dos
grãos, e especialmente dos preços locais, é provocada pela elevada
produção de soja e milho do Brasil. “Os prêmios internos se
reduziram: eram positivos e estão negativos. A produção alta de
soja e milho teve esse efeito direto nos preços”, destacou.
O resultado da empresa (BOV:SLCE3)
referente suas operações do primeiro do trimestre de 2023
foram divulgados no dia 15/05/2023.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
SLC AGRICOLA ON (BOV:SLCE3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
SLC AGRICOLA ON (BOV:SLCE3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024