A Vale reportou uma queda de 4,6% na produção do minério de ferro no quarto trimestre do ano passado, ao atingir 85,3 milhões de toneladas (Mt), em linha com a estratégia da empresa de priorizar minerais de maior margem e melhoria do portfólio. Os dados estão no relatório de produção da companhia.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:VALE3) nesta terça-feira (28).

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De acordo com a mineradora, essa decisão resultou na diminuição da produção no Sistema Sul, enquanto o S11D, em Carajás, registrou recorde de produção. As vendas totais no trimestre totalizaram 81,2 Mt, uma queda de 10% em relação ao mesmo período de 2023, refletindo a redução nas vendas de produtos de alta sílica para melhorar os prêmios all-in.

A produção de pelotas, por sua vez, totalizou 9,2 Mt no último trimestre, 7% inferior ao mesmo período do ano anterior.

Apesar da queda no minério de ferro, a Vale destacou avanços em outras commodities. No cobre, o complexo de Salobo registrou uma produção anual recorde, enquanto a produção no quarto trimestre somou 101,8 mil toneladas (kt), um aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2023. O desempenho foi impulsionado pelas operações em Salobo, Sudbury e o ramp-up das minas subterrâneas de Voisey’s Bay.

Já no níquel, a produção no quarto trimestre atingiu 45,5 mil toneladas, uma leve alta de 1% em comparação ao ano anterior. Esse crescimento foi suportado pela maior produção em Onça Puma, que passou por uma reforma no alto-forno, e pelo desempenho consistente em Sudbury e Voisey’s Bay, mesmo com a desconsolidação da PTVI. Um marco considerado importante para o segmento foi a conclusão do projeto VBME, que consolida o compromisso da empresa com a expansão de suas operações de níquel.

No segmento de cobre, a Vale registrou um desempenho positivo, com produção de 101,8 mil toneladas (kt) no quarto trimestre, um aumento de 3% em relação ao ano anterior. O resultado foi impulsionado pelo forte desempenho operacional das minas de Salobo, no Brasil, e Sudbury, no Canadá, além do avanço no ramp-up das minas subterrâneas de Voisey’s Bay, também no Canadá.

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VISÃO DO MERCADO

A produção de minério de ferro da mineradora Vale caiu 5% em um ano, totalizando 85,3 milhões de toneladas (Mt), em linha com as estimativas do Bradesco BBI. O declínio foi explicado principalmente pela otimização de seu portfólio (priorizando produtos de margem maisalta) — menor produção no sistema Sul, parcialmente compensada por volumes recordes em S11D. Às 10h16, a ação da companhia subia 0,59%, a R$ 52,96.

Enquanto isso, as vendas de minério de ferro e pelotas caíram 10%, para 81,2 milhões de toneladas (também em linha com o esperado), devido principalmente a uma redução de 7,5 milhões de toneladas nas vendas diretas de produtos de alta sílica.

Para BBI, os resultados reforçam a estimativa de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em US$ 4,0 bilhões. O balanço da mineradora será divulgado em 19 de fevereiro.

O Bradesco BBI reiterou recomendação de compra para as ações da Vale e preço-alvo de US$ 13 por ADR (recibo de ações negociado nos EUA), pois esperam que a melhora do cenário micro e a forte geração de caixa sustentem o preço de suas ações nos próximos meses. Em termo de valuation, VALE3 continua atraente, sendo negociadas a 3,8 vezes o múltiplo Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2025.

O Itaú BBA também disse que os número da mineradora vieram em linha com suas estimativas, com destaque para os preços do minério de ferro que ficaram um pouco acima, mas os preços das pelotas ficaram um pouco abaixo. Nesse contexto, o banco afirmou estar confortável ​​com sua estimativa de R$ 3,875 bilhões de Ebitda no 4T24.

A equipe de research do BBA manteve recomendação de compra e preço-alvo de US$ 12 por ADR.

De modo geral, segundo a Ativa Investimentos, um menor volume de embarques de minérios de ferro acabou de certa forma sendo compensado por maiores prêmios e preços realizados oriundos de uma melhor qualidade do portfolio.

“Mesmo acreditando que os papéis, em geral, continuarão mais sensíveis à estímulos econômicos por parte da China que propriamente à melhora gradual dos fundamentos da empresa, acreditamos que os investidores gostarão de ver a companhia executando bem a sua estratégia pautada em qualidade e esperamos uma recepção positiva do relatório de vendas e produção do 4T24”, comenta a Ativa.

A Ativa Investimentos reiterou recomendação neutra e preço-alvo de R$ 75.

O JPMorgan avalia os dados operacionais da Vale como positivo, uma vez que a mineradora atingiu o maior nível de produção anual desde 2019 e acima da projeção do banco.

Os volumes de vendas da Vale, de 81,2 Mt, ficaram ligeiramente abaixo da estimativa do banco, mas analistas acreditam que isso ocorreu por um motivo positivo. A redução nos volumes foi impulsionada principalmente por uma queda no sistema Sul, com o objetivo de diminuir as vendas diretas de produtos com alto teor de sílica e reduzir as compras de terceiros.

Segundo JPMorgan, essa decisão levou a um aumento de US$ 2,9 por tonelada nos prêmios totais na comparação trimestral. O trimestre também marcou um recorde de produção no S11D, graças às melhorias na estratégia de manutenção e otimização implementadas. Os preços realizados também surpreenderam positivamente—o preço dos finos foi de US$ 93,0/t, 1,1% acima da estimativa do JPMorgan, e o das pelotas, US$ 143,0/t, 0,7% acima do previsto.

O JPMorgan manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 87.

Já o Morgan Stanley acredita que os números operacionais divulgados sugerem um aumento modesto em sua estimativa de Ebitda para o 4T24, de US$ 3,98 bilhões, impulsionado principalmente pelos preços realizados mais altos.

No entanto, o banco americano projeta uma queda em relação ao consenso de Ebitda, de US$ 4,6 bilhões, devido a preços mais baixos, além de um desempenho abaixo do esperado nas remessas de minério de ferro e pelotas.

O Morgan Stanley manteve classificação de compra e preço-alvo de US$ 11,30 por ADR.

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