Petroleiras disparam na B3 com salto do petróleo após ataque de Israel ao Irã
13 Junho 2025 - 10:56AM
ADVFN News
As ações das petroleiras da B3 registraram fortes ganhos na
sessão desta sexta-feira (13) e amenizam as perdas do Ibovespa na
esteira da forte alta dos preços do petróleo por conta do ataque de
Israel ao Irã.
Às 10h15 (horário de Brasília), as ações preferenciais da
Petrobras (BOV:PETR4) subiam 3,40%, a R$ 32,83, enquanto as PETR3
avançavam 3,62%, a R$ 35,49 Brava (BOV:BRAV3) +6,50%, a R$ 21,80);
PetroReconcavo (BOV:RECV3) 1,85%, a R$ 15,43) e PRIO (BOV:PRIO3)
3,05%, a R$ 44,54) também tinham fortes ganhos.
Conforme destaca Vitor Agnello, analista CNPI da CM Capital, a
escalada no conflito entre os dois países elevou o risco
geopolítico no Oriente Médio e reacendeu temores sobre o
abastecimento global de petróleo, sobretudo diante da importância
estratégica da região na produção e no escoamento da commodity.
Em resposta imediata, o Brent referência global para os preços
da matéria-prima registrou alta expressiva, ultrapassando os 76
dólares por barril, com uma valorização intradiária que chegou a
superar os 13%, o maior avanço percentual em um único dia desde o
início da guerra na Ucrânia, em 2022 que estressaram fortemente o
preço por um bom período.
A operação militar israelense teve como alvos instalações
nucleares e bases do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, entre
elas o complexo nuclear de Natanz e estruturas militares nas
regiões de Isfahan e Shiraz. Segundo autoridades israelenses, os
ataques foram uma resposta a recentes provocações iranianas e
representam uma tentativa de desmantelar a capacidade nuclear do
país persa.
Como reação, o Irã lançou dezenas de drones kamikaze contra o
território israelense, alimentando a percepção de que o conflito
poderá se agravar e comprometer rotas essenciais de transporte de
petróleo, especialmente o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca
de um quinto da produção mundial da commodity. “A tensão e
escalonamentos pela região já vinham ocorrendo havia meses, desde o
inicio do conflito com o Hamas e suas vertentes terroristas”,
aponta o analista.
Desa forma, o aumento do risco de fornecimento impactou
fortemente os contratos futuros de petróleo negociados nas bolsas
internacionais.
“No Brasil, a alta do petróleo repercute de forma significativa,
especialmente sobre o desempenho da Petrobras”, ressalta, apontando
que a empresa tem grande parte de sua produção concentrada no
pré-sal, onde o custo de extração gira em torno de 5 dólares por
barril. Assim, a companhia tende a ampliar substancialmente suas
margens de lucro caso os preços internacionais se mantenham
elevados. Estimativas de mercado indicam que, a cada 10 dólares de
valorização do Brent, o fluxo de caixa da estatal pode crescer em
até 5 bilhões de dólares, reforçando sua posição financeira e
potencial de distribuição de dividendos.
Além disso, o aumento nos preços do petróleo tende a influenciar
a política de preços de combustíveis no mercado interno. Após
sucessivas reduções recentes promovidas pela Petrobras nos valores
da gasolina e do querosene de aviação para distribuidoras,
motivadas pela queda anterior da commodity, o novo patamar do Brent
pode gerar pressão para reajustes que impactem diretamente o
consumidor final, avalia.

Informações Infomoney
PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Jun 2025 até Jul 2025
PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Jul 2024 até Jul 2025