Saiba o que movimentou a política nacional hoje.

Vídeos do Lúcio Funaro

O site da Câmara dos Deputados disponibilizou os vídeos da delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro. O material faz parte dos documentos relacionados à segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha Moreira Franco. Na delação, Funaro disse que tanto o presidente da República, quanto Geddel Vieira Lima, receberam propina da Odebrecht. A  afirmação condiz com a versão apresentada pelo ex-diretor Cláudio Mello Filho em sua delação.

Temer reagiu mandando uma carta aos parlamentares se defendendo das acusações e dizendo ser vítima de “uma campanha implacável com ataques torpes e mentirosos” e que há uma “conspiração” para derrubá-lo do cargo. O presidente diz aos parlamentares que “afirmações falsas, denúncias ineptas alicerçadas em fatos construídos artificialmente sustentaram as inverdades que foram divulgadas” e que “a armação está sendo desmontada”.

A divulgação dos vídeos no site da Câmara criou uma atrito entre o presidente da Casa, Rodrigo Maia, e a defesa do presidente, os quais trocaram farpas durante o fim de semana. Maia chegou a chamar o advogado de “incompetente e irresponsável”, após a defesa afirmar que era “evidente que o criminoso vazamento foi produzido por quem pretende insistir na criação de grave crise política no país”. Para aliviar a crise entre Maia e Temer, os interlocutores do governo estão culpando o Supremo Tribunal Federal (STF) pela divulgação dos vídeos, uma vez que o órgão não deixou claro que o material deveria ser mantido em sigilo.

Impeachment de Dilma

A defesa da ex-presidente da República Dilma Rousseff disse hoje (16) que vai usar trechos de depoimentos da delação premiada do empresário e doleiro Lúcio Funaro à Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir a anulação do impeachment da petista, afastada definitivamente do cargo em abril de 2016. Segundo os advogados, as declarações de Funaro confirmam que o afastamento é nulo, pois foi encabeçado pelo então presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e por parlamentares que queriam evitar “a sangria da classe política brasileira”.

Assim, segundo a defesa da ex-presidente, a delação demonstra que “o ex-deputado comprou votos de parlamentares em favor do impeachment”. Por outro lado, os advogados de Cunha afirmaram que “qualquer estudante de direito sabe que delação não se comprova nada” e que tanto Dilma quanto Funaro deveriam provar a compra de “um voto sequer”.

Wesley e Joesley Batista

Justiça Federal de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra os irmãos Joesley e Wesley Batista. Os donos da JBS são acusados de manipulação do mercado financeiro e uso de informação privilegiada. A denúncia contra os dois havia sido feita na terça-feira (10), após a conclusão do relatória da Operação Tendão de Aquiles, que investigou e incriminou os empresários.