Segundo relatório divulgado pela Coinvalores, o resultado do 4T17 da Klabin (BOV:KLBN11) indica que a empresa deve continuar com o ritmo de redução do seu endividamento ao longo de 2018, uma vez que as demandas interna e externa do mercado de papel e celulose permanecem favoráveis. O preço-alvo recomendado é de R$ 22,84 para os próximos 12 meses.
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Os analistas Pedro Galdi e Carlos Soares Rodrigues, responsáveis pelo documento, destacam que a alta na receita foi resultado do aumento nos preços internacionais e das vendas de celulose da Unidade Puma. O crescimento nas vendas também fez com que os custos fixos se diluíssem, o que ajudou na alta dos lucros e das margens da empresa.
Por outro lado, as variações cambiais impactaram no resultado financeiro da Klabin, o que pode ser um risco ao longo do ano, já que ela mantém as operações denominadas em moeda estrangeira, ou seja, sujeitas às oscilações do mercado.
“Além disso, a Cia. informou não possuir derivativos contratados para proteção de sua exposição cambial de longo prazo utilizando-se de um plano de vendas com fluxo projetado de receitas na ordem de US$ 1 bilhão anual fazendo com que seus recebimentos possam superar ou se aproximar do fluxo de pagamento destes passivos”, descreve o relatório.
Vale destacar também que 72% do endividamento bruto são denominados em dólar, o que equivale a US$ 4,2 bilhões. Já endividamento líquido da Klabin foi de R$ 11,2 bilhões, mas com a melhora no EBITDA Ajustado (R$ 854,9 milhões), a relação dívida líquida/EBITDA Ajustado caiu para 4,1x no último trimestre.