Dessa forma, a Oi se junta às rivais Claro e Vivo, que começaram a ativar o 5G em São Paulo, Rio e mais algumas capitais do País desde julho, e à TIM, que está começando por algumas cidades do interior. A Vivo também está inaugurando a sua rede 5G nesta semana em Brasília.
Além disso, as teles estão oferecendo o 5G por meio da tecnologia DSS (compartilhamento dinâmico de espectro, da sigla em inglês), que pega “emprestado” um pedaço das faixas de radiofrequência nas quais já trafegam os sinais do 4G.
O 5G DSS representa um avanço na conexão, mas ainda está abaixo da velocidade alta de navegação e da latência baixa, principais vantagens do 5G “definitivo”.
Para isso acontecer, as operadoras dependem do leilão das faixas de radiofrequência a ser realizado pela Anatel na metade de 2021. Só a partir daí o 5G “definitivo” vai deslanchar.
Oi conectou cerca de 300 sites
Para viabilizar o 5G, a Oi conectou cerca de 300 sites (pequenas antenas, no formato de caixas de sapato, em cima dos postes) e os ancorou numa banda dedicada da frequência de 2,1 Ghz. Além disso, o serviço que está sendo lançado hoje oferece velocidade na transmissão de dados que podem chegar a 500 Mbps, segundo a Oi.
Além disso, essa rede proporciona aos clientes melhores experiências em aplicações de banda larga móvel, como serviços de streaming de alta resolução, jogos em tempo real. A rede também permite o acesso às redes sociais com upload de vídeos e fotos de maneira mais rápida.
Falta de smartphones compatíveis com 5G
Em termos de aparelhos, o Brasil tem apenas uma linha de smartphones compatível com o 5G. Trata-se do Motorola Edge. Com o intuito de fazer com que o 5G dê certo, a Oi está vendendo o modelo por R$ 5.499 parcelados em até 12 vezes. Com a popularização do 5G nos próximos dois a três, uma nova leva de modelos deve chegar ao Brasil.
O lançamento da Oi aconteceu poucos meses antes de a operadora realizar o leilão para venda das suas redes móveis, que já tem ofertas vinculantes do consórcio formado pelas rivais TIM, Claro e Vivo, além da Highline do Brasil. Conforme sinalizou o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, o processo de venda das redes móveis não deixará a operadora de fora do futuro do 5G.
“O tráfego do nosso 5G em Brasília passará pela rede de transporte de fibra ótica que a Oi tem e é inigualável, com cerca de 400 mil quilômetros de extensão”, disse Abreu.
Além disso, o executivo completou em sua nota: “Essa rede será fundamental para escoar o tráfego do 5G do mercado como um todo quando a nova tecnologia for plenamente implementada no Brasil, após o leilão do espectro”.
“Como o 5G vai requerer muito mais antenas e, como elas precisarão estar conectadas a uma rede de fibra para dar conta da capacidade colossal de dados que o 5G requer, a rede nacional de transporte de dados da Oi funcionará como principal provedora de infraestrutura no País”, estimou Abreu.