Brasil
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA o índice oficial de preços em 2020. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (14) pelo Banco Central (BC) mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 4,21% para 4,35%. Há um mês, estava em 3,25%. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,34%. Quatro semanas atrás, estava em 3,22%.
A mediana das previsões para a Selic no próximo ano seguiu em 3,00% ao ano. Há um mês, estava em 2,75%. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, igual a um mês antes. Para 2023, seguiu em 6,00%, mesmo patamar de quatro semanas atrás. Na semana passada, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o motivo é que as projeções de inflação estão se aproximando das metas perseguidas pelo BC nos próximos anos.
Conforme o relatório, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,40% para queda de 4,41%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 4,66%. Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), em alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava em 3,31%. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 11,50%. No caso de 2021, permaneceu em 2,90%. Há um mês, os porcentuais estavam em 12,00% e 3,00%, respectivamente.
A projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 58,00 bilhões para US$ 57,63 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 57,73 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit seguiu em US$ 56,50 bilhões. Há um mês, estava em US$ 55,10 bilhões. No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 4,22 bilhões para US$ 4,45 bilhões, ante US$ 3,60 bilhões de um mês antes.
Na esteira da queda mais recente do dólar ante o real, o Focus mostrou alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano foi de R$ 5,22 para R$ 5,20, ante R$ 5,41 de um mês atrás. Para 2021, a projeção para o câmbio foi de R$ 5,10 para R$ 5,03, ante R$ 5,20 de quatro pesquisas atrás.
O IBC-Br acumulou baixa de 4,92% no ano até outubro, informou o Banco Central, o porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta baixa de 3,93% nos 12 meses encerrados em outubro. O BC revisou os dados na margem, na série com ajuste. O índice de setembro foi de +1,29% para +1,68%, enquanto o índice de agosto passou de +1,39% para +1,63%, no caso de julho, o índice foi de +3,77% para +2,42%. O dado de junho passou de +5,38% para +5,23% e o de maio foi de +1,68% para +2,15%. Em relação a abril, o BC alterou o indicador de -9,23% para -9,46%. No caso de março, de -5,89% para -6,01%.
A prévia extraordinária das Sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), com dados coletados até o dia 11 deste mês, sinaliza recuo pelo terceiro mês consecutivo da confiança empresarial e dos consumidores em dezembro. Em relação ao número final de novembro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuaria 1,7 ponto, para 93,9 pontos, enquanto o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cairia 4,1 pontos, para 77,6 pontos, menor valor desde junho de 2020.
A balança comercial registrou déficit de US$ 1,120 bilhão na parcial de dezembro até domingo (13), informou o Ministério da Economia nesta segunda-feira (14). O déficit acontece quando as importações superam as vendas externas. Quando ocorre o contrário, é registrado déficit comercial.
No mês, as exportações somam US$ 7,809 bilhões e as importações, US$ 8,93 bilhões, com saldo negativo de US$ -1,12 bilhão e corrente de comércio de US$ 16,739 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 199,365 bilhões e as importações, US$ 149,449 bilhões, com saldo positivo de US$ 49,916 bilhões e corrente de comércio de US$ 348,814 bilhões.
Europa
A produção industrial da zona do euro subiu 2,1% em outubro ante setembro, segundo dados publicados nesta segunda-feira, 14, pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam alta de 1,9% na produção.
Na comparação anual, a indústria do bloco reduziu a produção em 3,8% em outubro. Neste caso, a projeção do mercado era de queda maior, de 4,4%.
A expectativa do banco central da França de uma recuperação de 5% em 2020 e 2021 tem como base o pressuposto de que o efeito total das vacinas será sentido até o final do próximo ano, disse nesta segunda-feira o presidente da autoridade monetária, François Villeroy de Galhau.
A demanda global por petróleo se recuperará mais lentamente em 2021 do que se pensava anteriormente por causa do impacto persistente da pandemia do coronavírus, disse a Opep na segunda-feira, dificultando os esforços do grupo e seus aliados para apoiar o mercado.
A demanda aumentará 5,90 milhões de barris por dia (bpd) no próximo ano, para 95,89 milhões de bpd, disse a Organização dos Países Exportadores de Petróleo em um relatório mensal. A previsão de crescimento é de 350.000 bpd menos do que o esperado um mês atrás.
Em um novo esforço para chegar a um acordo sobre o novo estímulo econômico da Covid-19, uma proposta bipartidária de US$ 908 bilhões deve ser dividida em duas, de acordo com um relatório. A primeira medida seria um pacote de US$ 748 bilhões, incluindo dinheiro para pequenas empresas, aumento do seguro-desemprego federal e distribuição de vacinas.
A segunda medida incluiria alguns dos principais pontos de conflito, como proteções de responsabilidade para empresas e US$ 160 bilhões para governos estaduais e locais. Os pacotes, de acordo com a Reuters, podem ser lançados já na segunda-feira.
Os EUA e o Canadá começaram suas campanhas de vacinação nesta segunda, após a aprovação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) no domingo (13). Profissionais de saúde na linha de frente da Covid-19 devem ser os primeiros a receber vacina.
Os índices asiáticos fecharam na segunda-feira com resultados em sentidos variados, à medida que investidores reagem à perspectiva de início das vacinações nos Estados Unidos. A melhora da confiança dos empresários ajudou as ações japonesas a subir para uma alta de mais de dois anos no início desta segunda-feira. Porém, notícias de outra explosão de um petroleiro no Oriente Médio levantaram preocupações sobre a estabilidade da região. Fechamento: Nikkei (Japão), +0,3%, Hang Seng Index (Hong Kong) -0,44% , Kospi (Coreia do Sul), -0,28%, Shanghai SE (China), +0,66%.