O time de análise do Morgan Stanley avalia que o Magazine Luiza deve se tornar uma companhia líder para além do varejo, por meio da criação e consolidação de serviços de logística, publicidade, finanças e software.

O comunicado foi enviado ao mercado pela empresa (BOV:MGLU3), nesta quinta-feira (04).

O Morgan Stanley projeta que, no cenário mais otimista, o preço-alvo para a varejista é de R$ 37. Nesse cenário, a expansão inclui o crescimento de serviços com margens maiores mais rapidamente do que o previsto.

Seus analistas traçam também um cenário “pessimista”. Nele, o preço-alvo é projetado em R$ 18. Esse cenário considera que o varejo desaceleraria e a transição tecnológica da empresa fraquejaria levando a queda dos resultados .

Já no cenário base do banco, o Magazine Luiza cresce além do mercado de e-commerce e torna-se uma plataforma mais ampla.

O Morgan Stanley manteve a gigante do varejo em sua carteira recomendada de ações da América Latina para fevereiro, com preço-alvo de R$ 28.

Os analistas da instituição financeira destacam a boa performance da empresa durante o período de fechamento de lojas no ano passado e seu ritmo de crescimento em lojas, e-commerce 1P e marketplace 3P como sinalizadores de que a companhia deve seguir ganhando participação de mercado.

O banco salienta como ponto positivo a base logística e de lojas que apoiam a expansão do e-commerce sem uma deterioração significativa de margens.

Entre os riscos, o Morgan Stanley destaca o aumento da concorrência, principalmente da Amazon sobre a América Latina, o que pressionaria o crescimento e as margens, e uma geração de valor menor do que a esperada pela expansão de lojas, entre outros.

Neste ano os papéis da varejista sobem 1,44%. Nos últimos 12 meses a valorização é de 79%.

→ Fundada em 1957, a Magazine Luiza está entre os maiores varejistas do Brasil, oferecendo produtos por meio de multicanais como lojas físicas, lojas virtuais, televendas, e-commerce e redes sociais. Confira a análise completa da empresa com informações exclusivas.

Lucro líquido ajustado de R$ 215 milhões, alta de 70%

A empresa teve um lucro líquido de R$ 215,9 milhões no terceiro trimestre, um aumento de 69,6% sobre o mesmo período do ano passado. Nos acumulado dos nove meses de 2020, o lucro líquido ajustado totalizou R$145,7 milhões. Segundo a empresa, o desempenho foi reflexo do aumento das vendas no comércio eletrônico devido à pandemia.