O Santander Brasil lançará oficialmente, esta semana, um certificado de depósito bancário (CDB) voltado a empresas que querem fazer o dinheiro que depositam no banco trabalhar por iniciativas ESG (sigla em inglês que diz respeito a boas práticas ambientais, sociais e de governança). Já de partida, o produto tem R$ 110 milhões aplicados.
O comunicado feito pela empresa (BOV:SANB11) nesta segunda-feira (20).
As empresas abrem mão de um pedaço do rendimento da aplicação, que então é destinado ao financiamento de iniciativas com viés ESG no varejo bancário, ou seja, para pessoas físicas ou pequenas e médias empresas. Isso inclui, por exemplo, o financiamento a painéis fotovoltaicos.
O porcentual destinado às iniciativas varia de acordo com cada contrato, bem como o rendimento total da aplicação.
O banco enxerga na iniciativa uma forma de promover esses produtos no ramo de varejo, e também como um modo de ajudar clientes corporativos a destinarem recursos a práticas sustentáveis.
“O CDB Baixo Carbono quebra um paradigma importante, porque mostra que é possível fazer uma boa gestão financeira e, simultaneamente, apoiar a agenda ESG”, diz o diretor de tesouraria do Santander, Luiz Masagão. De acordo com o banco, multinacionais do ramo de bens de consumo já aplicaram recursos no CDB.
Ainda segundo o Santander, podem ser financiados com os recursos provenientes do rendimento das aplicações iniciativas de mobilidade e acessibilidade, empréstimos verdes e projetos de redução de emissões. As linhas de crédito que receberão o apoio passarão por processo interno de validação e classificação.
Nos nove primeiros meses deste ano, o Santander viabilizou R$ 46 bilhões em negócios sustentáveis, volume 70% maior que o do ano passado inteiro, de R$ 27 bilhões.
Santander (SANB11): lucro líquido gerencial de R$ 4,340 bilhões, alta de 12,5%
O Santander Brasil teve lucro líquido gerencial de R$ 4,340 bilhões no terceiro trimestre de 2021, alta de 12,5% em um ano e de 4,1% em um trimestre.
A margem financeira líquida atingiu R$ 10,9 bilhões no 3T21, aumento de 17,6% na comparação ano a ano.
A carteira de crédito ampliada, que inclui outras operações com risco de crédito e avais e fianças, atingiu R$ 526,488 bilhões, incremento de 13,1% em 12 meses (ou 13,3% desconsiderando o efeito da variação cambial). Em relação a junho, avançou 3,2%.
Os ativos totais atingiram R$ 970.041 milhões em setembro de 2021, queda de 1,2% no ano e aumento de 3,1%, quando comparado ao segundo trimestre de 2021. No ano a diminuição foi impactada pela queda na carteira de câmbio e no trimestre pelo aumento em função da variação positiva em TVM e outros créditos.
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