A Copel alertou, em seu formulário 20-F, entregue à SEC, que o aumento dos pedidos de autorização para a implantação de projetos de geração e energia renovável no país pode afetar negativamente seu negócio de comercialização, o que levou a companhia a incluir o cenário entre seus fatores de risco.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:CPL36) nesta quinta-feira (28).
A Aneel informou que existem cerca de 3 mil pedidos, somando uma capacidade de geração equivalente a 180 GW, o que se aproxima da capacidade instalada total hoje existente no Brasil.
Além da possibilidade de desequilíbrio entre oferta e demanda, a empresa reforçou a existência de riscos relacionados a possíveis alterações nas regras de comercialização e em mudanças na metodologia de cálculo do preço da energia no curto prazo (Preço de Liquidação de Diferenças – PLD).
A Copel pretende divulgar os resultados do 1T22 no dia 11 de maio.
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) registrou lucro líquido de R$ 396,2 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 63,6% na comparação com o mesmo período de 2020.
No entanto, no quarto trimestre do ano, o lucro da elétrica teve uma queda de 64,7% na comparação anual, somando R$ 396,2 milhões.
A receita líquida somou R$ 6,593 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 16,6% na comparação com igual etapa de 2020.
Segundo a Copel, o aumento da receita é reflexo, principalmente, do crescimento de 20,7% na linha “suprimento de energia elétrica”, decorrente, sobretudo, da comercialização dos 360 GWh de energia produzida pela UTE Araucária com preço médio de venda (CVU) superior aos R$ 2.000,00/MWh para o 4T21, ante aproximadamente R$ 438,00/MWh médios no 4T20, além do maior volume de energia vendida em contratos bilaterais pela Copel Mercado Livre.