O Ibovespa iniciou a sessão desta terça-feira com uma alta moderada, dividido entre a continuidade na correção iniciada no pregão de ontem e o avanço de ações de peso no índice, como a Petrobras. Os papéis da Vale limitam os ganhos, enquanto Suzano é destaque positivo no início da sessão. Investidores seguem atentos à tramitação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados.
Por volta das 10h36, o Ibovespa avançava 0,30%, aos 110.546 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$18,5 bilhões, considerado mediano.
Os principais índices de mercados de ações norte-americano abriram a sessão em campo negativo. Por volta de 10h32 (de Brasília), o Dow Jones caía 0,35%, a 33.168,37 pontos; o Nasdaq regredia 0,49%, a 12.659,1 pontos e o S&P 500 tinha queda de 0,36%, a 4.178,33 pontos.
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As ON e PN da Petrobras avançavam 1,35% e 1,17%, respectivamente. Os contratos futuros do petróleo Brent subiam 0,91% cotados a US$76,67 por barril.
Já os papéis ON da Suzano ganhavam 3,87%, liderando as altas percentuais do índice, e projetavam um volume de negociação 450% acima da média de 50 pregões. Ontem a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo elevou o preço de venda da fibra em US$30,00 por tonelada a partir de junho, em linha com um movimento de recomposição de estoque por clientes tradicionais chineses.
As Units da Klabin subiam 2,38%, seguindo o bom desempenho apresentado pelas ações de seus pares.
Na ponta oposta, as ON da Vale caíam 1,07%, em linha com o recuo de cerca de 3% do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian na madrugada, que voltou a ser penalizado pelo aumento do pessimismo sobre as perspectivas de demanda na China.
As ações dos frigoríficos, com exceção da Minerva, tinham movimento negativo nesta manhã. As ON da BRF, da Marfrig e da JBS perdiam 1,32%, 0,86% e 0,12%, na mesma ordem.
Ontem, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência zoossanitária no país por 180 dias, após a identificação de oito casos de gripe aviária de alta patogenicidade em aves silvestres. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os casos não alteram o status brasileiro de livre da enfermidade na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
As ações ON da Magazine Luiza, da CSN Mineração e as PN da Bradespar caíam 1,32%, 1,28% e 1,29%, respectivamente, figurando entre as maiores quedas percentuais do Ibovespa nos primeiros negócios.
Momento B3: Sabesp, BMG, Lojas Renner e os principais destaques corporativos desta terça-feira (23)
EMPRESAS
No setor corporativo, a Oi divulgou ontem (22) o balanço do quarto trimestre de 2022, com prejuízo líquido de R$ 17,66 bilhões, bem acima do prejuízo de R$ 3,55 bilhões registrado no mesmo período de 2021. No ano passado, a companhia teve prejuízo líquido de R$ 19,2 bilhões, alta de 85,1% em relação a 2021, quando registrou prejuízo de R$ 10,4 bilhões. O Ebitda de rotina foi de R$ 396 milhões, queda de 75,4% em comparação ao mesmo período de 2021. Já o Ebitda de rotina
das operações brasileiras recuou 76,8%, chegando a R$ 345 milhões. Saiba mais…
BRF e JBS – O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência zoossanitária no país por 180 dias, após a identificação de oito casos de gripe aviária de alta patogenicidade em aves silvestres este mês. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os casos não alteram o status brasileiro de livre da enfermidade na Organização Mundial de Saúde Animal.
Banco do Brasil – A presidente do banco estatal, Tarciana Medeiros, disse que sua gestão não trará mudanças bruscas de rota e que há grande preocupação em não repetir “erros do passado”. Em entrevista, ela defendeu que o BB deve seguir sua vocação de forma sustentável e responsável.
Suzano – A maior produtora de celulose de eucalipto do mundo elevou o preço de venda da fibra em US$30,00 por tonelada a partir de junho, em linha com um movimento de recomposição de estoque por clientes tradicionais chineses, disseram fontes.
Copasa – O governo de Minas Gerais prevê levar o projeto de privatização da companhia de saneamento à Assembleia Legislativa do Estado em seis meses, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Passalio.
Outros mercados
Por volta de 10h54, o índice futuro (BMF:INDM23) operava estável, a 111.165.
O dia é marcado pelas negociações em torno do arcabouço fiscal, na cena local, e pelo debate em torno do aumento do teto da dívida americana, no exterior, temas que devem movimentar o mercado ao longo desta semana.
O processo da votação da nova regra fiscal pode começar ainda hoje, segundo jornal O Globo. Agentes financeiros ficam de olho na aceitação das alterações do texto propostas pelo relator do texto na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP-BA), principalmente sobre os dispositivos que aumentam espaço para gastos do governo no próximo ano.
Dólar e juros sobem sob pressão externa, em sessão de agenda doméstica esvaziada, mas com radar no novo marco fiscal do País, que pode ser votado amanhã. O DXY ganha 0,30%, aos 103,507 pontos, e ante emergentes a moeda americana também sobe. Frente o real, alta é de 0,20%, a R$ 4,9808.
No exterior, a pauta ainda é a discussão sobre o teto da dívida dos Estados Unidos. Membros do Executivo e do Legislativo lutam contra o relógio para chegar a um acordo e, assim, evitar um calote sem precedentes.
Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, mas não conseguiram fechar um acordo para aumentar o teto da dívida. Os investidores ficam apreensivos com essas indefinições, mas Biden garante que não terá calote da dívida.
Os rendimentos das Treasuries americanas subiam nesta manhã. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento para dez anos avançavam 4,2 ponto-base, a 3,761%, enquanto os títulos com vencimento para dois anos tinham alta de 7,8 pbs, a 4,402%.
O impasse nas negociações para elevar o teto da dívida pública americana soma-se a sinalizações de possíveis novos aumentos de juros por autoridades do BC nos últimos dias, antes da ata do Fed, que sai amanhã.
Aqui, os juros futuros avançam moderadamente em toda a curva, com estabilidade na ponta mais curta, em linha com os retornos dos Treasuries (o da Note de 2 anos a 4,39310%; o da Note de 10 anos a 3,75050%).
O investidor confere nesta manhã os índices gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA e o foco aqui é o leilão de NTN-B e LFT.
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O bitcoin (COIN:BTCUSD) e o ether (COIN:ETHUSD) voltaram a subir nesta terça, em meio ao baixo volume de negócios e apesar das dúvidas em relação às negociações em torno do aumento do teto da dívida dos EUA. As negociações seguem com baixa volatilidade, o que costuma preceder momentos de mudança nos patamares de preço dos ativos digitais.
Maior das criptomoeas, o bitcoin retomou o patamar de US$ 27 mil já nos negócios da Ásia. O ether, moeda digital da rede Ethereum, voltou a ser negociado acima de US$ 1.800 ainda na noite de segunda-feira.
O minério de ferro teve mais uma sessão de queda em Dalian e pode impactar as commodities metálicas por aqui.
Os precos dos contratos futuros de petróleo estão em alta de mais de 1% nesta manhã. com a perspectiva de uma queda nos estoques dos Estados Unidos aliado a um aumento sazonal na demanda por gasolina.